quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Analistas criticam STJD depois de julgamento de envolvidos no Fla-Flu




O julgamento do técnico Abel Braga e do atacante Rafael Moura, ambos do Fluminense, na terça-feira, no Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), foi alvo de críticas do comentarista do Telmo Zanini e de Carlos Eduardo Éboli, da Rádio CBN. No clássico entre o Tricolor e o Flamengo, no dia 9 de outubro, no Engenhão, o treinador foi expulso pelo árbitro Felipe Gomes da Silva e se recusou a sair de campo. O centroavante não foi expulso, ma trocou empurrões como o árbitro e ainda cuspiu na direção do meia rubro-negro Renato Abreu.

Para Telmo Zanini, a pena recebida por Abel Braga (quatro partidas de suspensão) é muito leve e, em outros países, o treinador receberia punições bem maiores.

- Na Itália, o Abel pegaria no mínimo um ano de suspensão. Na Inglaterra, poderia ser punido por mais tempo ainda. O que o Abel fez foi uma desmoralização. Essa punição de quatro jogos é uma palhaçada - comentou, no "Redação SporTV" desta terça.

Carlos Eduardo Éboli atacou o argumento do técnico. Abel Braga alegou que não xingou o árbitro, e sim usou uma expressão comum em Portugal. O treinador já comandou quatro equipes lusitanas.

- Na hora de reclamar com o árbitro ele liga a tecla SAP e está no futebol português? - ironizou.

Rafael Moura foi punido com dois jogos de suspensão. A defesa do Fluminense conseguiu inocentar o jogador da acusação de cuspir em um adversário alegando que não havia provas de que o atacante era o autor do cuspe.

- Repórteres de rádio, televisão, imprensa escrita, todos viram que o cuspe foi do Rafael Moura. Ninguém colocou em dúvida. Isso foi ignorado no tribunal. Depois desse julgamento, todo mundo que cuspir daqui para a frente tem que ser absolvido. O STJD está dizendo para os jogadores 'Cuspam à vontade porque, nessa reta final, a gente não vai punir ninguém' - disse Telmo.

O apresentador André Rizek lembrou que, em 2007, o meia Hugo, do São Paulo, foi punido por 120 dias pelo STJD, após cuspir no volante Goiano, do Paraná.

Tribunal tirou a autoridade do árbitro, diz Éboli
Renato Abreu do Flamengo no STJD (Foto: Thiago Fernandes/Globoesporte.com)

Já Renato Abreu foi punido por duas partidas por ato hostil. O jogador atingiu Rafael Moura com o cotovelo. Durante a partida, o árbitro considerou o lance acidental e não expulso o meia rubro-negro. De acordo com Carlos Eduardo Éboli, o STJD não deveria rever decisões que a arbitragem toma em campo, pois abriria uma brecha para se contestar qualquer outro tipo de decisão do trio:

- O árbitro está perdendo a autoridade. Ele viu o lance e a sua interpretação foi aquela. Para mim, tem que valer. O lance foi visto, analisado e julgado pelo árbitro. Então, quando ele deixar de marcar um pênalti, o tribunal tem que mandar voltar a partida. É a mesma situação.

O meia Souza, do Fluminense, também foi julgado por sua expulsão no Fla-Flu e foi punido por uma partida. A pena já foi cumprida. O árbitro Felipe Gomes da Silva foi punido por 15 dias, por empurrar Rafael Moura. O Flamengo entrará com recurso contra a punição a Renato Abreu.



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