domingo, 4 de janeiro de 2015

Celso Barros confirma papo com Flamengo e deixa claro que admite negociar Conca



Conca, Celso Barros e Ricardo Berna carnaval Rio de Janeiro (Foto: Richard Souza)O presidente da Unimed, Celso Barros, em entrevista à Rádio Tupi, deixou claro que pretende negociar Darío Conca. Confirmou ter se reunido com Rodrigo Caetano e Alexandre Wrobel, diretor executivo e vice de futebol respectivamente do Flamengo, e mostrou-se incomodado com a irredutibilidade demonstrada pelo Fluminense no discurso de não negociar o argentino.

- Fui informado pelo doutor Mário Bittencourt que o Flamengo teria encaminhado uma proposta e que de pronto eles teriam recusado essa proposta. Na realidade, ele não me passou essa proposta, e acho que ele deveria ter me passado. Temos parte dos direitos econômicos do atleta e sempre buscamos honrar os compromissos. Realmente tive conversas com o Rodrigo, que é meu amigo, e o Wrobel, que eu não conhecia, mas que me pareceu uma pessoa muito distinta e elegante. Eles manifestaram (o desejo de contratar Conca) e procuraram o Fluminense. Não tem nada que acertar salário com a Unimed. A Unimed não paga salário ao Conca. Dependendo do que for oferecido ao Fluminense e eles aceitem, eles (Flamengo) têm que discutir salário diretamente com o Conca. Nós não pagamos 13º. Não temos nenhuma obrigação nesse sentido, nosso contrato é de imagem. O jogador não tem carteira assinada conosco - afirmou Celso.

Celso Barros também criticou o Fluminense em função de o clube ter se mostrado firme no propósito de não negociar Conca. Lembrou que a Unimed paga a maior parte dos vencimentos do ídolo.

- Quem paga a maior remuneração do Conca é a Unimed. É muito fácil dizer que não liberam o Conca pagando o que eles pagam. Então é fácil esse discurso. Pelo Fluminense, eles ficariam com o Conca por 15 anos. Vamos ver se eles gostariam de sentar na mesa para discutir essa questão - desafiou.

Celso deixou claro o desejo de "resolver" a questão referente a atletas que recebem a maior parte de seus vencimentos da cooperativa de médicos. Apesar disso, lembrou que o Flu é parte crucial para equacionar a situação do argentino.

- Na realidade, o problema maior é que com essa situação que foi criada com o término do patrocínio - e fizemos isso (o distrato) de forma pensada e discutida com Fluminense à época - sobraram atletas que temos direitos econômicos. Temos interesse em resolver, porque hoje não temos mais nenhuma exposição de imagem na camisa do Fluminense. A situação tem que ser resolvida com o Fluminense, que tem os direitos federativos. O que temos de receber é parte dos direitos econômicos se tiver de receber (no caso da venda) de Corinthians, Flamengo ou de ninguém. Mas é evidente que não temos interesse de pagar jogadores que não nos dão exposição na camisa.

Outra frase de impacto que o ilustra o desprendimento da Unimed com seu antigo parceiro foi usada por Celso para definir as intenções da empresa com os atletas nos quais investe.

- Não é interesse da Unimed morrer abraçado aos jogadores do Fluminense, como se fosse um grande funeral - disse à Rádio Bradesco Esportes.

O dirigente, utilizando-se de um discurso ponderado, negou que haja uma incompatibilidade entre Fluminense e sua antiga patrocinadora, porém não poupou críticas a Peter Siemsen.

- Não existe inimizade nenhuma, estão tentando criar uma vítima nesse processo quando acho que isso não existe. O Fluminense por diversos momentos teve um tratamento com a empresa que nao achei adequado. Aí resolvi não renovar, mas isso não foi resolvido sobre as pendências (referente a participação da Unimed no pagamento dos atletas). O presidente Peter se reuniu com dois executivos da empresa, mas não falou comigo. Ele não fala comigo há mais de um ano. É uma pessoa difícil, está sempre envolvido com outras questões. Isso evidentemente dificulta muito - prosseguiu.

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