domingo, 17 de novembro de 2013

Flamengo marca reunião com empresa de Eike, em crise, para realinhar acordo por hotel





A crise financeira que abalou o império do ex-bilionário Eike Baptista ameaça respingar no Flamengo. O clube e a empresa REX, que pertence ao grupo do empresário, se reunirão essa semana para realinhar o acordo de concessão do terreno no Morro da Viúva, no Aterro do Flamengo, que já está sendo explorado para a construção de um hotel de alto padrão, no qual seriam investidos R$ 100 milhões.

O Rubro-negro já ganhou um total de R$ 17 milhões pelo acordo e seguirá recebendo aluguel mensal, mas o cronograma de obras no edifício Hilton Santos, na Avenida Rui Barbosa, com previsão de término em 2016, ainda pode sofrer alterações devido a falta de recursos.

O vice-presidente de patrimônio do Flamengo, Alexandre Wrobel, informou que o clube não deve sofrer consequências imediatas por conta dos problemas da empresa que arrendou o prédio. Segundo o dirgente, não há hipótese de o terreno ser devolvido antes do fim do acordo de 25 anos.

— Nem a curto, nem a médio, nem a longo prazo. Eles não vão devolver. A princípio o prazo de entrega também não muda — disse Wrobel, descartando também a venda do hotel, como foi feito com o Glória pela mesma REX. Como não é a proprietária, a empresa não teria essa autonomia.

O único possível grande prejuízo do Flamengo seria financeiro. Já que, na prática, o terreno ainda está em obras, e o hotel só seria usado pelo clube — que teria dois andares de quartos servindo de concentração — no fim de 2015, portanto ainda fora do horizonte.

Além das luvas do contrato já pagas, o clube receberia mais R$ 5 milhões pela renovação do termo por mais 25 anos. Em caso de atraso da obra por mais de 180 dias sem justificativa prevista no acordo, a REX pagará ao Flamengo o rendimento proporcional do período. O edifício tem hoje 148 apartamentos com 140 metros quadrados cada. Com a reforma, passará a ter 454 quartos.

A reportagem tentou contato com a REX para ter um posicionamento da empresa sobre a reunião, mas ninguém foi encontrado. O Flamengo também não se posicionou com seu departamento financeiro nem jurídico.


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