terça-feira, 1 de março de 2011

Patrícia Amorim prevê embate com Luxemburgo por causa de Adriano

A possibilidade de rescisão de contrato de Adriano com o Roma-ITA já colocou em polvorosa torcedores e dirigentes rubro-negros. O atacante, um dos principais jogadores na conquista do Campeonato Brasileiro de 2009, já manifestou a sua vontade de um dia voltar para o Flamengo, mas a presidente do clube adota a cautela para falar sobre o assunto. No entanto, em entrevista à Rádio Globo, nesta terça-feira, deixou escapar que pode haver um embate com o técnico Vanderlei Luxemburgo por causa do Imperador.

A presidente e o treinador já tiveram este tipo de divergência quando houve a possibilidade da contratação do goleiro Felipe. Daquela vez, Luxemburgo bancou a contratação do jogador, apesar de Patrícia ter entrado em contato com o presidente do Corinthians, Andres Sanches, e ter sido desaconselhada a contratar o goleiro que estava no Sporting Braga-POR.

- Até que ainda não tivemos um grande embate. Mas, pelo o que estou sentindo, teremos um grande embate daqui a pouco. Pelas noticias que estou vendo, com tanta gente querendo vir para o Flamengo, teremos um grande embate daqui a pouco - disse aos risos a presidente do Fla.

Perguntada se Adriano será contratado novemente pelo Flamengo, a dirigente preferiu tirar o pé da dividida:

- Podemos deixar isso para amanhã? (risos). Na verdade, oficialmente, não. Oficialmente o Flamengo aguarda os acontecimentos. O Flamengo tem um time que foi campão no domingo. Se tiver que vir algum jogador, que venha para somar. Mas primeiro temos que pensar no time que está conosco.

A seguir, outros assuntos tratados pela dirigente na entrevista à Rádio Globo:

Reforços de peso
- Pode ser. Mas, neste momento, na questão orçamentária, não. Se conseguirmos fechar com patrocinadores, pode ser. Mas a escolha de jogador, de posição, fica a critério da comissão técnica. São eles é que vão decidir.

Clube dos 13
- O conceito da criação dos Clube dos 13 é exatamente os clubes discutirem o que é melhor para os clubes e não ficar reféns de nenhuma emissora de televisão ou de ninguém. É importante os clubes terem uma independência e discutir com a CBF um bom modelo, um bom calendário. Conforme o tempo foi passando, principalmente aqui no Rio, passamos a ter um contato frequente. Ficou ainda maior com a ida para o Engenhão. Principalmente com Botafogo e Fluminense. Temos interesses em comum. Como dividir o estádio, como pagar, camarotes. Durante esse processo, havia um desconforto (com o clube dos 13). A discussão começou a ficar muito em São Paulo e achamos melhor discutir primeiro a nossa parte. O Flamengo é o clube de maior audiência, o que mais vende PPV. Essa divisão estava bastante desconfortável para Flamengo e Corinthians há algum tempo. Resolvemos nos juntar com os clubes do Rio. Se o Flamengo ficasse sozinho, poderia até se dar melhor, pois muitas emissoras querem transmitir os jogos do Flamengo. Mas aí perde-se a coisa de grupo. Avançamos tanto nesse sentido...

Reaproximação com a CBF
- Em função da CBF ter reconhecido o titulo de 87 é claro que ao longo do processo acaba tendo uma simpatia. Antes havia um desconforto.

Notícia em relação à Taça das Bolinhas
- Apostaria em amanhã. Mas isso vai acontecer (risos)

Internacionalização da marca Flamengo
- Temos um limite no Brasil. O Flamengo já e a maior marca brasileira, o maior clube, de maior torcida. Mas temos que ter visibilidade em outras praças. É importante tecnicamente, financeiramente, como estratégia de marketing. Temos que buscar esses outros espaços promissores. Principalmente com Olimpíadas e Copa do Mundo no Brasil. Já que os holofotes estão voltados para o Rio de Janeiro, ser o clube mais importante do Brasil tem um valor muito grande, mas queremos alcançar outros mercados.

Jean e a (falta de) medalha
- Tem um valores que não abro. Quem conquista, ganha o jogo, é o jogador, comissão técnica. Os dirigentes, se não atrapalharem, já ajudam muito. Dividir o espaço com os atletas é uma covardia incrível. Percebi que faltou medalha para o Jean e tirei a minha, lógico. E tiraria de qualquer dirigente se estivesse faltado medalha para jogador.

O que é mais complicado, Flamengo ou Câmara de Vereadores?
- Sem dúvida que é o Flamengo. É muito passional, não tem uma lógica, cabimento, racionalidade, é uma coisa completamente apaixonada. As pessoas são contra uma atitude porque são contra. Não querem saber, não querem colocar uma marca na camisa porque acham feio. Mas como vamos pagar as contas? As pessoas se apegam aos cargos no Flamengo. Isso é ruim para o clube, que precisa se programar para o futuro. É importante oxigenar os quadros. Pessoas com bagagens em suas áreas profissionais, uma coisa mais moderna. Senão, ficamos presos ao passado. Temos de ficar presos ao passado com a construção do museu, celebrando os antigos jogadores.

Já foi convidada para ser prefeita do Rio?
- As coisas na vinha vida aconteceram naturalmente. Minha preocupação é construir o meu currículo em cima dos fatos, e não da visibilidade. Ate procuro me preservar muito nessa coisa das entrevistas. Prefiro valorizar os atletas, a comissão técnica. Estou de passagem e tenho a percepção disso. Estou consciente. Se critico tanto os que se apegaram aos cargos, não posso repetir isso.

Reeleição
- Sou muito pragmática nessa questão. Se eu tiver bem avaliada, sou candidata. Se estiver mal avaliada, vou continuar contribuindo no Conselho (Deliberativo). Acho dois mandatos bastante razoável.

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