segunda-feira, 22 de março de 2010

Ainda magoado com o afastamento após o Fla-Flu, Pet evita o tema renovação

O ditado popular diz que, para bom entendedor, meia palavra basta. É assim que a entrevista coletiva de Petkovic, nesta segunda-feira, na Gávea, precisou ser interpretada. Praticamente confirmado como titular contra o Tigres, quarta-feira, no Engenhão, o sérvio deu respostas curtas, mas que deixam clara a sua insatisfação com o tratamento que tem recebido no Flamengo em 2010.

Afastado pela diretoria depois de ter saído do Maracanã no intervalo do Fla-Flu da Taça Guanabara, Petkovic ainda demonstra mágoa com o episódio. Apesar disso, deu a entender que quer continuar no clube após o fim de seu contrato, em maio. Mas o sérvio evitou falar abertamente sobre o assunto.

- Se fosse feita essa pergunta (sobre renovação) há um tempo, eu te responderia de uma maneira. Hoje penso diferente. Minha vontade sempre foi muito clara e não preciso repetir – disse Petkovic.


Confira os principais trechos da coletiva do sérvio.


Como você se sentiu fisicamente e tecnicamente contra o Botafogo?

Na parte física eu me senti bem. Ritmo de jogo não foi problema, senti mais pela parte física. Mas não estava casando quando fui substituído. Fisicamente estou 100%.

Alguns jogadores do Flamengo, como Adriano e Love, têm sido criticados por problemas fora das quatro linhas. Como você está vendo isso tudo? Chegou a conversar com eles?

São jogadores experientes e aconteceram algumas coisas polêmicas. Quando nós conversamos, flui naturalmente. Mas cada um lida com seus problemas do jeito que pode, que sabe ou como está sendo orientado. A única coisa que é preciso entender é que todos são seres humanos. No trabalho, nos treinos, não tem tido muita influência, está ocorrendo normalmente. Estamos tentando superar esse problemas. O fato de ele (Adriano) ter feito os gols (contra o Botafogo) ajuda na autoestima, e ajuda a tirar o foco. Foram gols importantes, ele foi feliz. A qualidade dele ninguém questiona. Ele ajudou o time a empatar um jogo que era importante não perder.

Mas você tem dado conselhos ao Adriano?

Adriano não é criança, é um jogador formado, pai de família. Quando ele era novo, a gente se preocupava. Hoje, não. Aparentemente, ele está lidando bem com os problemas que está vivendo. Minha relação com ele é de respeito muito grande, temos carinho um pelo outro, até porque participei da criação dele. Não saímos fora de campo, atá pela diferença de idade, amigos e estilos de vida. Quando tenho oportunidade, às vezes converso com ele. Acho que ele sabe que comigo sempre vai encontrar conselhos diferentes dos demais.

Você está motivado?

Só penso em fazer dentro das quatro linhas o melhor possível. Motivação é uma coisa que vem de dentro, se você está feliz, respeitado ou não respeitado. A torcida sempre me apoiou e quero fazer o máximo para retribuir esse carinho da torcida.

Mas a impressão que dá é que você não é o mesmo Pet do ano passado.

Como eu disse, motivação vem de dentro. Se viesse de fora, seria só da torcida.

Depois de tudo que aconteceu, de você ser afastado, como está o Petkovic?

Estou cumprindo a minha parte, sendo profissional, acatando todas as decisões. Sou uma pessoa muito correta, exerço minha profissão do melhor jeito possível e tento fazer o melhor.

Mas você se sentiu desrespeitado?

Isso é passado. Não vamos falar do passado.

Chegaram a dizer que você foi tratado com pesos e medidas diferentes de outros companheiros. Você achou que foi tratado de maneira mais rígida?

Prefiro não comentar.

Falando de futuro então. Em que pé está a renovação de seu contrato?

Isso é com a diretoria e meu empresário, Josias Cardoso.

Mas qual é a sua vontade?

Se fosse feita essa pergunta há um tempo, eu te responderia de uma maneira. Hoje penso diferente. Minha vontade sempre foi muito clara e não preciso repetir.


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