Em 2010, o STJD absolveu o Duque de Caxias pela escalação irregular do
jogador Leandro Chaves. Ele havia levado um cartão amarelo quando era
jogador do Ipatinga e levou dois pelo Duque de Caxias ao ser transferido
para o clube carioca. Dessa forma, ele deveria cumprir a suspensão
automática, mas o Duque de Caxias alegou que não sabia do primeiro
cartão e escalou o jogador, que só cumpriu suspensão ao levar o terceiro
amarelo com a camisa do Duque.
No mesmo ano, se a mesma regra fosse aplicada ao Fluminense,
que passou por situação semelhante com o jogador Tartá, o clube carioca
poderia perder os pontos por escalar o atleta de forma irregular e
perder o título brasileiro conquistado em 2010 - ele tomou o terceiro amarelo contra o vasco e não poderia jogar contra o Goiás.
Na época, em entrevista ao STJD, Paulo Schmitt defendeu que se fosse
mantida a decisão de campo, mesmo que tecnicamente houvesse a
possibilidade de se retirar pontos do Fluminense.
- Não acredito que haja condição moral, disciplinar, até (de tirar os
pontos do Fluminense). Pode ter (condição) técnica. Técnica, jurídica,
com base em uma jurisprudência. Mas moralidade… rediscutir o título que
foi conquistado no campo de jogo, da forma como foi, agora, abrindo um
precedente… Essa decisão poderia ser em algum momento revista, mas isso
seria um caos - afirmou.
Nessa semana, diante da denúncia de que Flamengo e Portuguesa teriam
escalado os jogadores André Santos e Héverton, respectivamente, de forma
irregular, Paulo Schmitt defendeu os aspectos técnicos dos casos, que
podem rebaixar o time paulista e salvar o Fluminense do rebaixamento
para a Série B.
- Se clubes não puderem perder pontos quando culpados, passa a ideia de
que se faz julgamento político, e não técnico. Se houver interesses
clubísticos em julgamentos e as normas não forem aplicadas de acordo com
o Direito, é a falência das nossas instituições - afirmou o procurador
do STJD na última quarta-feira.
Portuguesa e Flamengo já foram denunciados pela Procuradoria do STJD e serão julgados na próxima segunda-feira,
a partir de 17h, sob o risco de perderem quatro pontos cada um pelas
supostas escalações irregulares. Nesses casos, a Portuguesa estaria
rebaixada à Série B, enquanto o Fluminense se manteria na Primeira
Divisão.
Em resposta às repercussões vistas nas redes sociais, Paulo Schmitt postou comentário em sua conta no Facebook.
Veja na íntegra a mensagem do procurador:
"Amigos, e a quem interessar possa!
Existem várias inverdades circulando na WEB, assim como o caso do atleta do Oeste que a ESPN de forma irresponsável veiculou como sendo igual da Portuguesa e ele jogou albergado pelo efeito suspensivo, sendo inclusive diminuída sua pena de 2 para 1 partida no Pleno. Quanto ao vídeo que circula sobre minha declaração em referência ao atleta Tartá do Fluminense em 2010, trata-se de uma fala descontextualizada, mais se assemelhando a algo montado ridículo. E sobre minha fala na defesa do critério técnico e resultado de campo, como fica? Lógico que deve prevalecer resultado de campo que, vale registrar, tbem é obtido com o cumprimento de penas, doa a quem doer e em qq fase da competição. O jogador em referência, do Fluminense (Tartá) coincidentemente, à época foi julgado, punido pelo tribunal e não cumpriu, como no caso da Portuguesa em 2013? Não e não! E como ficam dezenas de atletas nesse campeonato que desfalcaram suas equipes apenas pelo fato de terem cumprido a lei e suas penalidades? Apenas Flamengo e Portuguesa não cumpriram na série A desse ano lembre-se. Lamentável. Isso é que é critério técnico que qq um deveria defender. Cumprir sua pena. Ah mas a Portuguesa não precisa, afinal ela vai salvar o Fluminense! Sejam os críticos mais criativos, por favor... Não é assim que vão convencer quem julga, pois eu não julgo!!!
"Amigos, e a quem interessar possa!
Existem várias inverdades circulando na WEB, assim como o caso do atleta do Oeste que a ESPN de forma irresponsável veiculou como sendo igual da Portuguesa e ele jogou albergado pelo efeito suspensivo, sendo inclusive diminuída sua pena de 2 para 1 partida no Pleno. Quanto ao vídeo que circula sobre minha declaração em referência ao atleta Tartá do Fluminense em 2010, trata-se de uma fala descontextualizada, mais se assemelhando a algo montado ridículo. E sobre minha fala na defesa do critério técnico e resultado de campo, como fica? Lógico que deve prevalecer resultado de campo que, vale registrar, tbem é obtido com o cumprimento de penas, doa a quem doer e em qq fase da competição. O jogador em referência, do Fluminense (Tartá) coincidentemente, à época foi julgado, punido pelo tribunal e não cumpriu, como no caso da Portuguesa em 2013? Não e não! E como ficam dezenas de atletas nesse campeonato que desfalcaram suas equipes apenas pelo fato de terem cumprido a lei e suas penalidades? Apenas Flamengo e Portuguesa não cumpriram na série A desse ano lembre-se. Lamentável. Isso é que é critério técnico que qq um deveria defender. Cumprir sua pena. Ah mas a Portuguesa não precisa, afinal ela vai salvar o Fluminense! Sejam os críticos mais criativos, por favor... Não é assim que vão convencer quem julga, pois eu não julgo!!!
Paulo Marcos Schmitt
Procurador-Geral / General Prosecuter
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA DO FUTEBOL - STJD
Superior Court of Sports Soccer"
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA DO FUTEBOL - STJD
Superior Court of Sports Soccer"
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