terça-feira, 10 de dezembro de 2013

CBF e dirigentes resolvem que atletas só podem jogar sete partidas por mês

Depois de uma reunião na tarde desta terça-feira, no Rio de Janeiro, a CBF e representantes dos clubes emitiram um comunicado com questões que pretendem levar à frente no futebol brasileiro. Depois das reivindicações feitas pelo Bom Senso FC, movimento criado pelos jogadores que pleiteia melhorias em geral para a categoria, os dirigentes têm se movimentado.

Uma das novidades é que, a partir de 2015, num período de 30 dias, salvo os clubes que venham a disputar as quartas de final, semifinais e as finais da Copa do Brasil e da Libertadores, os jogadores não deverão disputar mais do que sete partidas. Para a implementação destas medidas, a CBF negociou a redução de até quatro datas nos estaduais já a partir do ano que vem.

Os atletas gostariam de limitar um número de partidas por clube no ano, já as equipes querem limitar o número de jogos por jogador. Ao lado do presidente da CBF, José Maria Marin, Vilson Ribeiro de Andrade, mandatário do Coritiba e porta-voz do grupo, disse que os clubes também vão tentar viabilizar o fair play financeiro.

 - O comunicado vem atender o interesse dos clubes e afeta todos os jogadores. A Comissão foi constituída para negociar com o Governo o fair play fiscal para os clubes. Desenvolvemos um trabalho junto com o Ministério, levamos sugestões. Está tramitando no Congresso o Proforte, e estamos visualizado uma nova reunião com deputados, Ministérios do Esporte e da Fazenda. Não falamos em perdão, mas em pagamento de dívidas - disse Vilson de Andrade.

O presidente do Coritiba informou também que as equipes desejam colocar em prática novidades na relação com os atletas, como a remuneração por produtividade, a limitação da comissão de agentes de jogadores nas transações e a alteração da Lei Pelé para preservação dos direitos dos clubes formadores.

- Temos conversado com os representantes do Bom Senso e discutindo pautas. Foram duas reuniões e estamos indo para a terceira. Os clubes estão levantando questões importantes. Dentro disto, a legislação de atletas, suas contusões, remuneração por produtividade, fair play financeiro que abranja as obrigações trabalhistas, fiscais e junto a fornecedores e demais contratos de natureza civil, limitação de comissão de agentes de jogadores por transações de atletas e alteração na Lei Pelé pela preservação dos direitos dos clubes formadores. Acho que vamos chegar a um bom acordo.

Além de Marin e Vilson de Andrade, participaram os presidentes do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, Corinthians, Mário Gobbi Filho, Vitória, Alexi Portela, e Goiás, João Bosco Luiz de Morais.



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