sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Patricia pede ajuda à Prefeitura para gratuidades gerarem menos prejuízo

Após a reunião do Conselho Arbitral da Federação de Futebol do Rio (Ferj), na tarde de quinta-feira, que serviu para divulgar regulamento e tabela do Carioca de 2011, ficou definido que os clubes teriam um novo capítulo em pauta na segunda, também na sede da entidade, para tratar de outro assunto inerente à competição: as gratuidades e as meia-entradas nos ingressos.

Em borderôs recentes, lembrou o presidente da Ferj, Rubens Lopes, até incríveis 80% dos bilhetes vendidos não representavam o valor total cobrado. Tudo porque há a distribuição deles para torcedores, há pessoas com benefícios por idade, deficiência física, além de muitos que adquirem sua entrada com carteiras de estudante irregulares.

Ainda não há um plano arquitetado para que tais mecanismos gerem menos prejuízo, mas a presidente do Flamengo, Patricia Amorim, vai pedir ajuda ao poder público na revisão de leis e na opressão de quem as descumpre, e já recebeu o apoio dos clubes rivais.

- Precisamos levar e discutir com o prefeito (Eduardo Paes) essa questão dos ingressos. É importante que ele participe junto a nós dessa reunião. Os preços estão cada vez mais caros porque, infelizmente, é o que se paga pelos elencos caros. Não dá para perder o controle dos valores dos bilhetes, ao mesmo tempo. É fundamental diminuir as gratuidades e benefícios. Tentaremos uma ação conjunta, pois o consumidor também não pode sair prejudicado.

Na visão da dirigente, estima-se que cerca de R$ 3 milhões possam ser perdidos na diferença dos ingressos ao longo do Campeonato Carioca de 2011. Quando questionada se desejava fazer alguma objeção durante o Arbitral, Patricia avisou que se preparará para a reunião de segunda.

- Prefiro deixar para a próxima oportunidade, quando serei mais dura na questão de ingressos.

Exemplo importante

Após confirmar nova promoção para que as mulheres não paguem no jogo de domingo, entre Flamengo e Atlético-PR, em Volta Redonda, ela lembrou que no último compromisso em casa do Rubro-Negro, diante do Corinthians de Ronaldo, só chegou a 9.782 pagantes.

- Não é um público de Flamengo x Corinthians. Entendemos que ainda não há cultura de ir ao Engenhão, mas tememos que as pessoas se afastem do convívio com o estádio. Se você parar para pensar, é um problema sério que precisa ser combatido - destacou.

Vice de futebol do Vasco, José Hamilton Mandarino defendeu a intervenção dos clubes.

- É uma discussão delicada, temos visto que o torcedor vem tendo dificuldades de comparecer aos estádios. Mas não podemos abrir mão de certas coisas. Deve haver o equilíbrio.

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