terça-feira, 21 de setembro de 2010

Abençoado, Deivid não sonha alto. Já Renato, devoto de São Jorge, pensa no hepta

Deivid recebeu bênção do padre Benedito na semana passada, desencantou contra o Fluminense, mas parece não acreditar em milagres ao dizer que a briga pelo título fica para o ano que vem. Renato também levou banho de água benta com as graças de São Judas Tadeu, marcou belo gol de falta, se revelou devoto de São Jorge, mas sua fé parece mais ligada ao santo das causas impossíveis, já que o meia acredita no título. Entre diferenças de opiniões e devoções, dois empates e uma vitória foram capazes de renovar a fé rubro-negra.

“Foi um alívio grande marcar o gol. Meus amigos me ligaram e tive que responder a eles sobre ter recebido a bênção e feito o gol”, disse Deivid, que, na sexta-feira, teve atenção especial do padre.

Mas a fé que move montanhas e faz até atacante do Flamengo marcar gols parece ter limite para Deivid. “A gente sonha com o título, quem sabe no ano que vem... Agora, as chances são mínimas, o erro tem que ser zero”, declarou o jogador, que disse como o Rubro-Negro deve rezar a missa:

“Olhando para trás, estamos a seis pontos do rebaixamento; para frente, são 11 para o quarto colocado. Temos que somar pontos, sempre com um olho no gato e outro no peixe”.

Renato fez seu primeiro gol desde que voltou à Gávea. De falta, sua especialidade. Na segunda-feira, ao beijar a fita de São Jorge, ele disse ser importante ter fé e aprovou a visita de padre Benedito antes do clássico contra o Fluminense. Mesmo devoto do Santo Guerreiro, o discurso é mais afinado com o das causas impossíveis.

“Dá para falar em título. A palavra rebaixamento não entrou no nosso vocabulário, não pensamos nisso. Vamos por metas: primeiro a zona da Sul-americana e da Libertadores; depois, pensar em título. Vamos construindo degrau por degrau”, disse Renato.

Na quarta-feira, o próximo degrau é contra o Grêmio, em Porto Alegre. Com 27 pontos, o Flamengo é o 15º colocado, seis pontos a frente do Atlético-MG, primeiro time da zona de rebaixamento, e a 17 do líder Corinthians. Entre diferenças de opiniões e devoções, todos têm fé em dias melhores.

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