sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Wallim revela fim do Conselho Gestor e pede pressão nas urnas por estádio


pressão (Alexandre Vidal/Fla Imagem)O lema do primeiro ano de mandato da Chapa Azul à frente do Flamengo é o da reestruturação. Mas enquanto a equação das dívidas em meio à reformulação do elenco rubro-negro estão na pauta da diretoria, o departamento de futebol também sofre mudanças. Em entrevista ao site Falando de Flamengo, o vice de futebol Wallim Vasconcellos revelou que o Conselho Gestor do clube, formado por Eduardo Bandeira de Mello e alguns de seus vice-presidentes, foi extinto após a renúncia de Flávio Godinho ao cargo de vice de relações externas. Ele deixou a instituição no início de agosto, alegando compromissos profissionais no exterior e por achar que suas opiniões já não eram tão ativas, e foi substituído recentemente por Plínio Serpa Pinto. Segundo Wallim, as reuniões entre a cúpula seguem acontecendo apesar da medida, mas de forma informal.

- Com a saída do Godinho, o Conselho Gestor do Futebol acabou. Oficialmente o conselho gestor do futebol não existe mais, porém para qualquer decisão, mesmo que informalmente, eu opto por compartilhar com Bap (Luiz Eduardo Baptista, vice de marketing), Bandeira e Tostes (vice de finanças). As decisões técnicas são tomadas por mim, Pelaipe (diretor executivo de futebol) e Mano, e compartilhadas com o presidente Bandeira, com o Bap que é a pessoa de marketing que monta os projetos para trazer o profissional, e o Tostes que viabiliza a parte financeira - explicou Wallim, que formava o Conselho Gestor ao lado de Godinho, Bap e Bandeira de Mello.

Outra bandeira da atual presidência é a construção de um estádio na sede do clube, na Gávea. A arena teria capacidade para cerca de 25 mil pessoas e o projeto ganhou força com o imbróglio na relação com o Consórcio Maracanã. Porém, a ideia, uma das plataformas da campanha da Chapa Azul para as eleições do clube, não saiu do papel, já que não houve liberação do governo estadual. Mas Wallim não desistiu do planejado e, convocando a torcida rubro-negra, sugeriu pressão nas urnas para as eleições do Governo do Estado do Rio de Janeiro no ano que vem.

- A Gávea, o Governador já disse que não pode. Não dá autorização para fazer nada aqui. Eu sempre fui a favor, vou bater nessa tecla, que ano que vem sendo ano de eleição, acho que se o Flamengo for contrariado em seus interesses a torcida do Flamengo deve responder nas urnas. Nosso pleito é legítimo. Se é feito para outros e não é feito para o Flamengo, é a única maneira de o Flamengo mostrar sua força, é na hora das eleições. Esta é minha opinião enquanto pessoa física. Se o presidente concorda eu não posso afirmar. Mas eu como pessoa física terei esta postura. Acho que é legítimo termos nosso estádio aqui - defendeu, opinando que ainda com o novo estádio preferiria o Maracanã devido à maior capacidade.

O vice de futebol do Fla também falou pela primeira vez sobre a dispensa de Renato Abreu por motivos de indisciplina. Sem especificar casos específicos, disse que houve uma "mudança comportamental" recorrente do jogador, que "desestabilizava o grupo". E que a diretoria optou pela dispensa do atleta antes do anúncio de Mano Menezes para que não relacionassem a saída a pedido do treinador, que já convocou o apoiador quando esteve à frente da seleção brasileira.

- A questão do Renato foi disciplinar. Já tínhamos decidido internamente que o clube não tinha mais interesse no Renato. Os jogadores tiveram um período de férias, justamente quando contratamos o Mano, que seria apresentado no dia em que os jogadores estavam retornando das férias. Para não acontecer de apresentarmos o Mano e no dia seguinte demitirmos o Renato, e assim criar a notícia de que o Mano dispensou o Renato, o Pelaipe ligou para o procurador do atleta e avisou para ele que o Flamengo não teria mais interesse na permanência do jogador e que esse fato não tem nada a ver com a chegada do novo técnico. O jogador ajudou bastante ao Flamengo, o clube é grato pelo que ele fez, mas o tempo dele aqui acabou. Sem ressentimentos. Conversei com o procurador do Renato sobre a mudança comportamental, que já vinha sendo recorrente, e isso desestabilizava o grupo. Se não temos disciplina em qualquer grupo ou empresa, seguindo as normas e as condutas estabelecidas, certamente teremos problemas.



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