domingo, 3 de março de 2013

Bruno quer depor com a camisa do Flamengo

‘Ele se sente protegido com o manto sagrado’, diz advogado do goleiro

Goleiro do Flamengo por quatro anos, de 2006 a 2010, Bruno Fernandes de Souza fez um pedido inusitado à Justiça: comparecer ao Fórum de Contagem (MG), hoje, quando começa o seu julgamento pelo assassinato da modelo Eliza Samudio, vestido com a camisa do clube rubro-negro. O jogador, que responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado da ex-amante, teve a solicitação negada e terá que sentar no banco dos réus com o uniforme vermelho da Penitenciária Nelson Hungria, onde está preso há 2,5 anos.

"O Bruno queria usar o manto sagrado porque se sente protegido com ele", afirmou um dos advogados do ex-capitão do Flamengo, Lúcio Adolfo, que integra a equipe de defesa ao lado de Francisco Simin e Thiago Lenoir.

A juíza Marixa Fabiane Lopes negou o pedido de Bruno, e a decisão não foi contestada pela defesa. "Até concordei porque poderia ficar parecendo que ela estava fazendo um ‘carinho' na defesa", reconheceu Adolfo, que revelou que Bruno teve insônias nas últimas noites antes do julgamento.

Se for condenado por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado, a pena de Bruno pode chegar a 41 anos de prisão. Ex-mulher e mãe das duas filhas do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo também começará a ser julgada hoje. Ela, que aguardou o julgamento em liberdade, responde por sequestro e cárcere privado de Bruninho, o filho do goleiro com Eliza Samudio. Dayanne pode ficar até 8 anos em cana.

Segundo a 'Folha de S. Paulo', goleiro Bruno poderá admitir, pela primeira vez, que sabia da morte de Eliza Samudio. Em seu depoimento, no entanto, ele deverá alegar que seu ex-assessor Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, planejou todo o crime sozinho, de acordo com o jornal. Macarrão já foi condenado a 15 anos de prisão pelo homicídio.

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