sábado, 21 de maio de 2011

Proibido no futebol, vídeo se torna o tira-teima oficial no showbol

Modalidade derivada do futebol de campo, o showbol vem servindo de experimento para uma das mais antigas e polêmicas reivindicações de praticantes e torcedores do esporte mais popular do mundo: o uso de imagens para tirar dúvidas de arbitragem. Desde o Campeonato Paulista de showbol deste ano, todas as competições da modalidade vêm tendo como regra o uso de vídeo em casos de dúvida ou reclamação. Nas duas partidas da semifinal do Carioca, o VT mudou o destino de duas marcações equivocadas da arbitragem. Neste domingo, América e Flamengo decidem o título, às 12h, com transmissão do SporTV.


Diego Talim o personagem showbol (Foto: Flávio Diláscio / Globoesporte.com)
No jogo entre América e Fluminense, neste sábado, o técnico tricolor Válber questionou a não marcação de um pênalti. No lance, Vaguinho, do América, cortara cruzamento para a lateral, o que seria pênalti pelas regras do showbol. No momento do corte, entretanto, o árbitro Romildo Corrêa entendeu que foi um desvio involuntário, o que acarretaria uma simples cobrança de lateral. Válber protestou e teve sua reivindicação atendida, depois de o árbitro rever o lance no vídeo: pênalti para o Fluminense e gol de Maciel.

A mudança do árbitro gerou protesto dos americanos.

- Essa regra é complicada. O adversário só pode pedir para rever uma marcação da arbitragem no instante do lance. O Válber só foi pedir isso mais de um minuto depois, já que não conseguiram fazer o gol na sequência – reclamou o meia do América, Bruno Reis.

Na outra semifinal, entre Vasco e Flamengo, um lance envolvendo a marcação de um pênalti também gerou a solicitação do vídeo. No primeiro tempo, quando os rubro-negros venciam por 2 a 1, o árbitro marcou um pênalti do vascaíno Leonardo, entendendo que ele cortou um ataque do adversário, jogando a bola pela lateral. A marcação gerou protesto da equipe do Vasco, que exigiu rever o lance em vídeo. Ao ver a jogada, no monitor, o árbitro voltou atrás e deu apenas lateral para o Flamengo.

Dessa vez, quem reclamou foi o defensor rubro-negro Emerson.

- Não teve cabimento o que eles reclamaram, e o árbitro acabou indo no protesto deles. Mas fazer o quê? – afirmou, no momento do lance.

Diretor de marketing do showbol, Diego Talim explica que cada equipe tem direito a um pedido de replay por tempo. Segundo ele, o recurso já foi usado em seis lances deste Carioca.

- Isso é algo que poderia ser implantado no futebol de campo também, pois facilitaria muito o trabalho da arbitragem. Eliminaria também muitas discussões em campo, pois a imagem do vídeo quase nunca deixa dúvidas. Nosso intuito é que essa experiência seja passada para os gramados de futebol, pois assim teríamos resultados mais justos – avaliou.

Questionado sobre a tradição do futebol sobre as eternas discussões de torcedores em torno das marcações polêmicas, ele tratou de se defender.

- Realmente o futebol poderia perder muito de sua graça, pois, quando há um torcedor que se sente injustiçado com a arbitragem, a discussão perdura pela semana inteira. Só que, em compensação, teríamos uma arbitragem mais justa. É hora de pensarmos melhor na evolução do esporte – finalizou ele.



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