sexta-feira, 10 de abril de 2009

Juan e Angelim: mundos distintos unidos pela sintonia da bola

Enquanto Juan, menino de classe média paulistana, jogava bola nas quadras de São Paulo, a milhares de quilômetros da capital paulista, no sertão cearense Ronaldo Angelim se dividia entre os trabalhos na roça e as partidas de futebol em Juazeiro. Realidades diferentes, mas que o mundo da bola uniu.

E como. Os dois dividem o quarto nas concentrações do Flamengo e dentro de campo também se revezam na armação de jogadas pelo lado esquerdo.

- Apesar das criações diferentes que tivemos, ele é do interior e eu da cidade grande, nós combinamos muito. Temos entrosamento dentro e fora de campo - disse.

Os dois fogem um pouco do padrão boleiro. Não gostam de badalação noturna e não ostentam carros esportivos de luxo. E, segundo Juan, até nos simples hábitos eles se dão bem.

- Dividir o quarto com ele é tranquilo. Ele é um cara que gosta de dormir no mesmo horário que eu e não ronca (risos). O Angelim tem aquele jeitão arretado, bruto, mas é uma pessoa ótima. Ele também implica comigo e diz que São Paulo só tem poluição. Mas lembro que ele tem sangue paulista, pois nasceu lá (Angelim é paulistano, mas ficou menos de três meses na cidade, até que seus pais retornassem para o Nordeste) - disse Juan.

Em Belém, o lateral-esquerdo sentiu a falta do companheiro no apoio ao ataque. Porém, no clássico contra o Fluminense, neste domingo, às 16h, a dupla está garantida.

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