quarta-feira, 1 de abril de 2015

Jornalista diz que clubes ajudaram a criar "monstro" e critica Ferj: "Boicota"



Contrariar publicamente a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) tem virado problema para clubes cariocas. Depois da punição ao técnico do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo, o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, foi denunciado pela procuradoria do TJD-RJ devido a declarações dadas em entrevista que teriam desagradado a entidade. Em participação no "Redação SporTV", o jornalista Carlos Eduardo Éboli, da Rádio CBN, fez críticas à Federação, lamentou o que chamou de "lei da mordaça", mas disse que a postura atual da Ferj também se deve aos clubes.

- Ninguém boicota mais o futebol do Rio de Janeiro do que a Federação do Rio de Janeiro, isso é fato. O clube que mais ganha dinheiro com o campeonato estadual é o "Federação Futebol Clube", é o que mais fatura. Os clubes estão deficitários e sempre se comportaram de maneira submissa, nunca se mobilizaram de uma maneira coletiva para esvaziar esse poder da Federação, então os clubes também têm participação grande no "monstro" que foi criado - afirmou.

Éboli afirmou ainda que não viu problemas nas declarações do presidente do Fluminense e considerou a denúncia um absurdo - na entrevista, concedida ao jornal "Extra", disparou contra a Ferj e o presidente da entidade, Rubens Lopes. 

- É um absurdo, a gente já cansou de falar sobre isso, essa lei da mordaça. Em outros tempos até haveria uma coerência, hoje não se admite mais isso. Se eu for falar tudo que penso da Federação... mas não vou falar porque respeito nosso público, mas o presidente do Fluminense não falou nenhuma mentira. Só discordo com relação a arbitragem porque todos times já foram beneficiados e prejudicados, não houve nada até agora sobre a Federação estar prejudicando Flamengo e Fluminense, que são desafetos - completou.

 Peter Siemsen coletiva Fluminense (Foto: Carlos Moraes / Agência Estado) 
 Peter Siemsen, presidente do Flu, foi denunciado após criticar Federação do Rio (Foto: Carlos Moraes / Agência Estado)

O jornalista Roberto Avallone também fez críticas ao autoritarismo imposto pela entidade através do presidente e sugeriu que a preocupação maior deveria ser recuperar o futebol carioca.      

- Sou paulistano, mas sempre fui apaixonado pelo glamour do futebol carioca. De uns tempos para cá fico abismado com o autoritarismo desse senhor presidente (da Federação). Está sempre ao lado do Eurico Miranda (presidente do Vasco), não é isso? Que dupla! O futebol carioca hoje não significa nada, é um grão de areia no futebol brasileiro, é um campeonato deficitário. Vi outro dia que tinha 4 mil pagantes em um jogo do Flamengo. É uma absurdo. E ele xinga ainda os presidentes? - lamentou.

O prazo para que o julgamento do presidente tricolor seja marcado é de 15 dias. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário