terça-feira, 1 de setembro de 2009

No diálogo, Flamengo faz o rascunho da ‘democracia rubro-negra’

Logo na estreia de Andrade no comando do Flamengo, contra o Santos, Adriano aproveitou a preleção do treinador, pegou a caneta, rabiscou a prancheta e virou “técnico” por instantes. A atitude do Imperador não remete à quebra de hierarquia ou a uma espécie de anarquia na Gávea. Era apenas o primeiro passo de um comando compartilhado.

Andrade não tem o perfil de centralizar decisões. Consultar o auxiliar técnico, Marcelo Salles, é praxe. Mas há um canal de diálogo cada vez mais aberto com os líderes do elenco. Sobretudo Bruno, Petkovic e Adriano.

- Não sou o dono da verdade. Gosto de ouvir todo mundo – disse após o treino desta manhã, no CT do Ninho do Urubu.

As conversas internas e a visão de futebol sugeriram mudanças no esquema. Há dois jogos saiu de cena o 3-5-2 e entrou o tradicional 4-4-2. O resultado é satisfatório, ao menos por enquanto. A defesa sofreu apenas um gol. E de pênalti.

Com o aval de Pet
Peça central dentro e fora de campo, o sérvio Petkovic não esconde que fez “peso” para a equipe mudar de tática.

- Sou europeu e partidário do esquema com quatro zagueiros. Felizmente, o nosso time reagiu bem às mudanças – disse, que se recupera de dores na coxa esquerda, mas assegura que estará em campo contra o Atlético-PR, domingo, em Curitiba.

Mas para colocar o 4-4-2 em prática, Andrade precisou conscientizar Léo Moura e Everton sobre a necessidade de não partirem ao ataque de forma desordenada. De qualquer forma, há sempre um volante de prontidão para cobri-los.

- Quando os alas adiantam alguém precisa preencher o espaço. Estou tentando colocar na cabeça dos atletas a importância dessa linha de quatro. Mas não posso violar as características de alguns jogadores, como o Léo Moura – explicou o treinador do Flamengo.

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