quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Fla pode viver crise financeira se não for à Libertadores

O desânimo está estampado no rosto do elenco rubro-negro. Na última terça-feira, no primeiro dia de treino após a derrota para o Cruzeiro por 3 a 2, no último domingo, era visível o abatimento dos jogadores ao verem as poucas chances de ser campeão se encerrarem. Porém, o cenário para o Flamengo pode ainda ficar bem mais devastador.

Com duas rodadas para o fim e em quinto no Campeonato Brasileiro, o time pode ter uma próxima temporada terrível se terminar exatamente na posição da tabela que está hoje, fora da zona dos que se classificam para a Copa Libertadores.

E caso isso aconteça, os cofres rubro-negros podem sofrer sérios danos. Aturdida pela crise financeira mundial, que dificulta o clube a conseguir crédito bancário para saldar determinados compromissos, a diretoria enfrenta problemas para renovar o contrato de patrocínio com a Petrobras.

A estatal se negou aumentar o valor do contrato para R$ 20 milhões anuais. Aliás, há quem defenda que o clube deve ficar satisfeito se a empresa renovar nos mesmos valores do contrato atual, de R$ 16,2 milhões.

Com problemas financeiros , ficar de fora da Libertadores significaria alguns milhões a menos no bolso. Para comparar, neste ano, a campeã LDU levou US$ 4,9 milhões para casa nas somas de cotas do torneio. Por isso, caso não se classifique, é provável que o Flamengo perca alguma importante peça do elenco deste ano, mesmo que os contratos atuais estejam longe de acabar.

"Ninguém tem esse poder de segurar o jogador. Se alguém levar o atleta e o mesmo aceitar, estamos de mãos atadas", avaliou Kleber Leite, vice-presidente de futebol.

Mesmo assim, o dirigente acredita que a equipe do ano que vem não será muito diferente da atual.

"Só vamos falar de 2009 assim que o Brasileiro acabar, mas posso adiantar que não vamos alterar muito. As contratações serão cirúrgicas. Não precisamos alterar o elenco, como era há alguns anos atrás. A diferença do clube agora para 2005 é flagrante", avaliou.

Do lado dos jogadores, também há expectativa. Depois de jogar a Libertadores por dois anos seguidos, muitos se preocupam caso o clube não se classifique para a competição continental.

"Temos que conseguir a vaga. A gente tem ciência de quanto é importante para o jogador disputar a Libertadores. É muito bom jogar o torneio. A gente amadurece e cresce como atleta", comentou o lateral-esquerdo Juan, um dos que podem sair ano que vem.

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