A primeira investida flamenguista era em torno de R$ 10 milhões pelos 32% dos direitos econômicos do Maestro, mas o clube do Morumbi pediu R$ 25 milhões e praticamente deu o assunto como encerrado. O Rubro-Negro ainda sinalizou com oferta de R$ 15 milhões, mas os tricolores mantiveram a pedida inicial.
Somente nesta quinta-feira é que o Fla conseguiu se aproximar do acordo, ao oferecer os R$ 18 milhões e ver o São Paulo diminuir o montante exigido para liberar sua parcela dos direitos de Ganso. Se chegar aos sonhados R$ 22 milhões, o Tricolor passaria em quase R$ 6 milhões o valor investido para tirar o meia do Santos em 2012 - na ocasião a DIS ajudou os são-paulinos a chegarem nos R$ 23,9 milhões exigidos pelo Peixe.
Embora não seja unanimidade entre os cartolas rubro-negros, Ganso é visto como um nome forte para assumir a camisa 10, ainda guardada mesmo após a chegada de Emerson Sheik. A diretoria do Rubro-Negro, inclusive, deixou claro ao atacante que não lhe deu a peça (eternizada por Zico) porque já estaria engatilhada com um grande nome para a posição de armador. Os cariocas, inclusive, já conversaram com a DIS para saber como os outros 68% dos direitos do armador podem ser negociados.
A diretoria do Flamengo ainda trata a negociação com Ganso como especulação. No entanto, essa tem sido a postura em relação a todas as outras conversas com jogadores de ponta. Prova disso é que as tratativas com Guerrero sempre foram negadas pela cúpula de futebol rubro-negro, mas no fim o atacante peruano fechou com o clube da Gávea.
Pelas novas regras da Fifa para o mercado da bola, empresários e investidores não podem mais ser donos de direitos econômicos. Assim, a DIS precisou estudar com advogados desportivos a melhor maneira de negociar com o Flamengo e com qualquer outro interessado em Ganso. E a alternativa mais razoável, como foi informado ao L! pela empresa, seria formular um contrato cível com o comprador e parcelar o valor pelos 68%.
A DIS e o empresário Giuseppe Dioguardi procuraram o São Paulo para uma reunião, mas ainda esperam a resposta do clube paulista. Há ainda muita cautela em cima de uma transação, já que Ganso não demonstra tanta empolgação por uma nova troca de equipes no futebol brasileiro. O Maestro acredita que esse cenário poderia prejudicar sua imagem e que já tem no Tricolor a melhor estrutura para ganhar títulos e retomar o sonho de jogar na Europa.
Ao mesmo tempo, o camisa 10 já deixou para trás o interesse de alguns clubes do Velho Continente. Os franceses do Monaco foram os únicos a apresentar algo mais concreto, enquanto times da Espanha, Rússia e Itália chegaram a fazer consultas. Segundo o estafe do atleta, apenas a oferta do Monaco seria "razoável". No Brasil, Cruzeiro e Santos também tentaram negócio pelo armador.
Paulo Henrique Ganso tem 25 anos de idade e contrato com o São Paulo até 20 de setembro de 2019. Com a camisa tricolor, o meia disputou 156 partidas e anotou 15 gols. Nesta temporada foram apenas 23 jogos e um tento marcado. No Campeonato Brasileiro, fez tem seis aparições e, se chegar à sétima, não poderá trocar de clube na Série A. Contra a Chapecoense, completaria a marca, mas foi liberado por problemas musculares.
São Paulo e Flamengo têm sido protagonistas nesta janela de transferências. O Tricolor vendeu Rodrigo Caio por cerca de R$ 44 milhões para o Valencia (ESP), Paulo Miranda por R$ 10,4 milhões ao Red Bull Salzburg (AUT) e deve negociar Denilson nos próximos dias por R$ 10,7 milhões ao Al Wahda (EAU). Já os cariocas contrataram Sheik de graça e Paolo Guerrero por R$ 12 milhões de luvas.
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