sexta-feira, 17 de abril de 2015

Futebol vira escudo da diretoria e tem "análise profunda" por reforços

Às vésperas da semifinal do Carioca com o Vasco, domingo, às 16h, no Maracanã, o Flamengo sabe que, mesmo com os questionamentos ao campeonato, ter mais um troféu na estante nunca é demais. Mas ser campeão não esconderá as carências do time. Perder, invariavelmente, trará questionamentos à tona, mas talvez não o suficiente para abalar os pilares que sustentam o futebol rubro-negro na atual temporada e que servem como escudo para a diretoria, que vive ano de eleições presidenciais. Vanderlei Luxemburgo, o diretor executivo Rodrigo Caetano, o vice de futebol Alexandre Wrobel e o gerente Gabriel Skinner são os principais responsáveis por tocar o carro-chefe do Flamengo, o futebol.

Rodrigo Caetano, Vanderlei Luxemburgo e Gabriel Skiner, Flamengo (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)Internamente, Vanderlei Luxemburgo já deixou claro, por diversas vezes, a necessidade de reforços para o Brasileirão. Mas, para isso, diretoria e departamento de finanças fazem uma análise minuciosa, o que trava algumas negociações e não permite gastos milionários.

- A gente conversa diariamente (futebol). Nós temos o processo das contratações, que é muito claro. Tem o envolvimento também do CEO, que é o Fred Luz, e do departamento financeiro. O processo de contratação do Flamengo requer uma análise profunda, mas basicamente passa pela avaliação técnica do Vanderlei. O que a gente procura é agilizar isso, porque o futebol necessita disso. E tentamos, dentro das nossas possibilidades, manter o sigilo. Não é que sejamos contrários ao trabalho da imprensa, mas muitas vezes o sigilo pode estabelecer um desfecho positivo. Caso contrário, não. Poderia citar outros profissionais que ajudam muito. Nossa conversa diária faz com que a gente tenha um ótimo entendimento - afirmou Rodrigo Caetano.

O diretor executivo, que se juntou a Vanderlei, Wrobel e Skinner na atual temporada, agradece aos companheiros pela recepção que teve no clube e comenta sua atuação junto a eles.

- Passaram rapidamente esses quatro meses e meio de Flamengo. Como fui, de todos esses, o que chegou por último, meu trabalho foi muito facilitado até aqui por contar com uma equipe de trabalho muito boa, com pessoas de muito boa índole, de caráter, e que até o presente momento conhecem mais o Flamengo do que eu. Me facilitaram muito. Para ser mais justo, diria que não são somente esses. Temos uma equipe grande que nos dá suporte. Mas o fato de terem me recebido bem e colaborado fez com que as coisas andassem bem até agora.

Funções e atuações

Com sua personalidade forte, Luxemburgo não tem receio de se expor e acaba servindo de proteção para a diretoria. Rodrigo, além das questões do dia a dia - ele, por exemplo, conseguiu aumento para integrantes fixos da comissão técnica que estavam com salários defasados -, é o principal elo entre Ninho do Urubu e Gávea e faz o trato diário com elenco e negociações; Wrobel - único do quarteto que não tem cargo remunerado - acompanha essas possibilidades de mercado; Skinner está in loco do Ninho.

Luxemburgo Rodrigo Caetano Wrobel Flamengo (Foto: Vicente Seda)- Dentre várias atribuições do dia a dia do departamento, a mais importante é ser o facilitador do trabalho dos atletas, técnico e membros da comissão técnica. Luxemburgo, com toda sua experiência, ajuda muito em todas as áreas do departamento. Não precisamos comentar a parte técnica, sua personalidade e seu comportamento facilitam muito o trabalho da diretoria. Rodrigo Caetano é o elo de ligação entre o departamento e diretoria, apresentando e brigando pelas melhorias que se façam necessárias para o futebol. Responsável por todo o departamento (base e profissional), cuida do orçamento e procura qualificar o grupo dentro de um planejamento traçado anteriormente. Wrobel, junto com o Rodrigo, é a pessoa que negocia as contratações, está em contato direto com o presidente e vice-presidências, relatando e discutindo os pontos importantes que são passados pelo diretor e que são de alta importância para o andamento do trabalho - disse Gabriel Skinner.

O futebol rubro-negro vive dias de calmaria, sem casos de indisciplina. Para o Brasileirão, o desejo é ter um jogador de qualidade e nome no meio-campo, um grande reforço, e sempre passando pelo crivo do corpo diretor da Gávea. Mas o pensamento do momento é a conquista do Carioca. O Fla precisa de um empate para avançar diante do Vasco no fim de semana.

- O sucesso de tudo no futebol está diretamente ligado às vitórias e aos títulos. Hoje, o departamento vive um momento tranquilo, mas não podemos nos iludir e principalmente nos acomodar, afinal, como conhecemos bem o Flamengo, uma derrota e uma perda de título podem colocar todo esse trabalho sob questionamento - completou o gerente de futebol.


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