domingo, 19 de janeiro de 2014

Jayme elogia Flamengo 'sem o preparo ideal' e vê vagas abertas para Libertadores


O placar de 1 a 0 sobre o Audax, na tarde deste domingo no Maracanã, fez do Flamengo o único dos quatro grandes do Rio de Janeiro a vencer na primeira rodada do Campeonato Carioca. Só que na visão de Jayme de Almeida, o Rubro-Negro não teve vantagem física em relação aos demais. O treinador reclamou do risco de jogar sem o condicionamento ideal e sob forte calor, mas também viu motivos para elogio e garantiu que os atletas da estreia têm chances de conseguir uma vaga na lista para a Libertadores.

- Foi arriscado botar os meninos sem o preparo ideal. Foi um risco que corremos. Comentamos com eles que seria complicado jogar só com uma semana. O calor do Rio é difícil. Mas a experiência foi válida pelo que os meninos se propuseram a fazer. Enfrentaram o calor, o pouco tempo de trabalho, mas começamos o campeonato vencendo e fizemos uma partida bem razoável. Dividimos o grupo para dar a melhor forma física para os jogadores da Libertadores, mas não quer dizer que esses meninos não tenham chance. Vi muita coisa boa. Falam de reservas, mas se perdêssemos era derrota do Flamengo. Temos esse espírito de unidade e quem entrar vai dar o melhor.

Veja outros temas abordados na entrevista coletiva de Jayme:

Volta dos titulares
- Procuro jogar aberto para não ter dúvida. A ideia, se não acontecer nada de diferente, é botar os jogadores que terminaram o ano como titulares a partir de sábado. Quarta-feira ainda não vai ser uma equipe com contratações e campeões da Copa do Brasil. Vamos dar mais uma oportunidade para os meninos e sábado começamos a trabalhar no Carioca com a equipe que temos como titular, com os mais experientes. A partir de sábado, é força total.

Lista para Libertadores
- Vou ser bem honesto que minha preocupação era preparar esse time para esse jogo. Ainda temos bastante tempo e treinamentos pela frente. A partir daí, vamos montar os 25 da Libertadores.

Vaias para Mattheus
- Não fico falando de jogador individualmente. Acho que o Mattheus fez uma partida boa. Não foi excelente, mas foi boa. A dificuldade foi o gol perdido e a torcida pegou no pé. Faz parte do esporte. Não vejo como grande drama. Foi vaiado porque perdeu um gol feito, tentou tirar um pouco mais do goleiro. É até maldade jogá-lo fora por isso. Temos que ter respeito pelos meninos. Não podemos julgar de uma maneira muito severa.

Atuação compacta
- O Maracanã é muito grande e pedimos para agruparem, ficarem perto um dos outros e não correrem tanto para cansar. Jogamos direitinho, tivemos chances nos contra-ataques. Pelo pouco tempo de trabalho, o time cumpriu o combinado e está de parabéns. Erros, como o do Matthues, acontecem no dia a dia. Não dá para crucificar, só elogiar pela partida que fizeram em um curto espaço de tempo (para treinos).

Gritos da torcida por Carlos Eduardo
- O Carlos Eduardo é um menino que chegou aqui e não jogava há dois anos, a torcida pegou no pé, é difícil, ele sentiu o golpe. Nós que trabalhamos no dia a dia temos muita confiança que possa reverter isso porque é muito bom jogador. Sempre trabalhamos para ele superar isso. Acho que conquisto ou espaço dele no fim do ano e a torcida entendeu que é um cara que nos ajuda muito. Fazendo isso com ele, pode ser um ano muito bom para que ele jogue sem tanta pressão de não poder errar um passe ou chute para ser vaiado e pedir para sair. A torcida entendendo isso, ganhamos muito.

Chuteira colorida de Negueba
- No ano passado, na reta final, alguns atletas receberam essa novidade da fornecedora de material. Eu não vou discutir isso, mas sou da antiga, né?! Chuteirinha preta. As coisas evoluíram. O Negueba estava sem chuteira e pegou a do Hernane, que estava usando assim. Nem foi por ser garoto ou para aparecer. Como um cara mais coroa (risos), sou mais de chuteira pretinha.

O que os turistas viram do Fla em campo
- O Flamengo tem uma coisa que eu acho legal que é o seguinte: independente de quem jogue, o que vai entrar em campo é o Flamengo. Os meninos que estão aqui sabem isso. Quem jogou tentou ganhar o jogo da melhor maneira possível, demonstrou amor e esses meninos estão continuando a construir a história do clube.

Único grande a vencer
- A grande maioria dos times tem colocado alguns jogadores que mais para frente não serão titulares. Naturalmente, o nível fica um pouco mais baixo e não tem o entrosamento também. Precisamos esperar um pouquinho para sentir o campeonato, com cinco seis rodadas. A nossa ideia de fazer assim deu certo nesse fim de semana, fomos o único grande a ganhar, mas é arriscado. Futebol é resultado. Se não vencer, o planejamento passa a ser horroroso e tudo fica errado. Cumprimos o nosso objetivo.

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