sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Mesmo pressionado, Pelaipe diz que, por ele, não sai: ‘Não sou covarde’


Paulo Pelaipe diretor executivo Flamengo (Foto: Janir Junior) Alvo de críticas internas, Paulo Pelaipe, de forma voluntária, se colocou à disposição na tarde desta sexta-feira para conversar com os jornalistas. Com contrato até dezembro, o diretor executivo do Flamengo – apesar de toda pressão – garante que não pedirá o boné antes do fim do ano, quando se encerra seu vínculo. Segundo o dirigente, caso a diretoria não esteja satisfeita, não existe multa rescisória em caso de demissão.

- Não sou covarde, não vou sair por conta própria. Eu jamais sairia. Sempre disseram que teríamos um ano difícil. Não tenho multa rescisória. O dia que não quiserem mais, eu vou sair pela mesma porta que entrei, que é a da frente – afirmou Pelaipe.

Durante a semana, o vice-presidente de futebol Wallim Vasconcellos disse que todos no clube estão pressionados, e que no fim do ano haverá uma reavaliação para saber o futuro do departamento.

Pelaipe tem sido alvo de críticas da torcida, mas embora seja responsável pelo futebol, seu poder é limitado pelas decisões e vetos da cúpula do clube que, além de Wallim, conta com vice-presidente de marketing, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, e Rodrigo Tostes, vice financeiro. Ele, por exemplo, ficou fora da conversa para tentar convencer o técnico Abel Braga a aceitar a oferta do clube. O caso foi conduzido por Bap.

- Diretor executivo não é dono do clube. Ele executa uma política de futebol. E a diretoria tem uma linha de ação. Não diminui (o fato de) a direção conversar com Jorginho, como foi. Com o Mano Menezes. Ou se a direção conversou com Abel. Ah, o Pelaipe não estava, então está fora. Estou cuidado dos jogadores, dando apoio à comissão técnica - desabafou o dirigente, que também garantiu desconhecer uma negociação com Valdivida, do Palmeiras.

- Esse assunto eu desconheço. Não foi falado comigo. Tenho certeza que se tivesse alguma coisa o vice (Wallim) teria me comunicado.

O momento é complicado e o dirigente comentou as trocas de treinadores durante a atual temporada, consideradas por ele próprio acima do normal. O ano começou com Dorival Júnior, e o comando passou por Jorginho e Mano Menezes. Agora, o ex-auxiliar Jayme de Almeida acaba de ser efetivado até o fim do ano.

- Não é normal que em setembro estejamos no nosso quarto treinador. Um não ficou por conta da questão salarial (Dorival Júnior). O Jorginho de 12 pontos fez dois, a pressão estava grande e não deu para ele continuar. Nessa última, fomos pegos de surpresa.


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