segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Ex-árbitro rubro-negro doa quatro bolas históricas para o Museu Flamengo



O Museu Flamengo está na fase final de sua construção, mas já coleciona um acervo de prestígio, com troféus, camisas e diversos outros objetos que fazem parte da história do Mais Querido do Brasil. E esse acervo ganhou mais quatro boas lembraças da bela e vitoriosa trajetória do Mengão. Foram doadas pelo ex-árbitro Aloísio de Oliveira Viug, que é rubro-negro declarado, quatro bolas de diferentes momentos do clube.

As pelotas cedidas foram usadas nas seguintes partidas: 1º jogo da final do Campeonato Carioca de 1986, que terminou empatado em 0 a 0, tendo o Fla vencido o confronto de volta por 2 a 0; Último jogo de Zico vestindo o Manto Sagrado. A partida aconteceu no dia 02 de dezembro de 1989, em Juiz de Fora/MG, e foi disputada contra o Fluminense. O Mengão goleou o rival por 5 a 0 e Zico marcou no seu melhor estilo, numa bela cobrança de falta; Final do Carioca de 1991. O Flamengo venceu o Vasco por 2 a 0, no Maracanã, e conquistou mais um título estadual; Título do Carioca de 2000, também sobre o Vasco. O Mengão venceu por 2 a 1 e conquistou o Bicampeonato. Um ano depois viria o Tri, com o emblemático e sensacional gol de falta de Petkovic.

Aloísio Viug disse que decidiu doar as bolas para o Museu Flamengo por amor ao clube e por querer compartilhar e preservar o "tesouro" que ele tinha em mãos com os mais de 40 milhões de apaixonados pelo Rubro-Negro.

"Sempre guardei tudo com muito carinho. Tive outras bolas de outros jogos que acabei dando. Mas quando eu vi essa iniciativa do Flamengo, de criar um museu com toda a história do clube eu pensei: poxa, essas bolas vão se deteriorar aqui e amanhã meus filhos podem pegar para brincar. Aí, preferi doar, porque é uma coisa que vai ficar para a posteridade, dentro do clube.", conta ele, que tinha essas bolas como troféus em casa.

"Quando a gente apita, pega a bola quando acaba o jogo, mas na verdade a bola pertence ao clube que tem o mando de campo. E normalmente quando acaba uma decisão, eles pegam a bola. Mas eu sempre peguei e guardava, era um troféu que eu tinha. A única coisa que a que a gente carrega do futebol, na verdade, são as lembranças. Então achei que as bolas ficariam melhores dentro do museu do Flamengo", completa.

Viug diz que dois jogos o emocionaram muito como profissional: o de 2000, quando ele aposentara o apito, e o da despedida do ídolo Zico.

"Um jogo que me marcou muito foi a decisão de 2000, que logo em seguida eu encerrei minha carreira. E também o jogo do Zico, que sempre foi um ídolo para o Brasil e não deixaria de ser para mim. Eu tenho em casa a foto do momento que eu marquei a falta, quando o Zico está abaixando para arrumar a bola. Estou de um lado e o Zinho de outro. Guardo essa foto como uma barra de ouro", lembra o ex-juiz.

Não é todo dia que vemos por ai ex-árbitros declarando amor ao clube de coração. Mas para Viug, a paixão pelo Flamengo é imensa. Ele conta que nunca teve problemas em separar o profissional do pessoal e diz que, mesmo com sangue rubro-negro, a imparcialidade era uma marca de seu trabalho.

"Era uma coisa meio complicada. Mas como tinha a ideia de ser um árbitro profissional e chegar à Fifa, o que acabei não conseguindo, eu sempre procurei dentro de campo ser o mais imparcial possível e acho que graças a Deus eu consegui. Apitei grandes jogos do Flamengo", comenta.

Assim como todos os rubro-negros, Aloísio de Oliveira Viug aguarda o término das obras do Museu Flamengo para poder contemplar as glórias do Mengão através do rico acervo do clube. O sentimento final é de felicidade. Viug é mais um torcedor que faz tudo pelo Mais Querido do Brasil.

"Estou feliz por poder dividir um pouco a alegria de ter apitado essas partidas com a torcida, que vai poder visitar o clube e contemplar essas relíquias. Estou louco para conhecer (o museu), porque realmente vai ser uma coisa grandiosa, nível do Clube de Regatas do Flamengo", finalizou.

Aloísio de Oliveira Viug tem 58 anos e é ex-árbitro do quadro da CBF. Ele exerceu a profissão de 1975 até 2001.
 
 

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