sexta-feira, 23 de julho de 2010

Carência de ídolos faz torcida do Fla voltar atenções para Zico

Treino do Flamengo com pequena, mas barulhenta presença de torcedores na tarde desta sexta-feira. Em outros tempos, os olhares seriam para Adriano, Bruno, Vagner Love... Só que o trio está longe da Gávea. Os atacantes voltaram para a Europa, e o goleiro tenta livrar-se da acusação de ser o mandante do desaparecimento da jovem Eliza Samudio. Por mais que Léo Moura e Petkovic tenham seu fã-clube e sempre atraiam gritos histéricos, a realidade do Flamengo é celebrar o passado. E ninguém melhor para personificá-lo do que Zico.

O ex-jogador vive a curiosa vida de ídolo e dirigente simultaneamente. Entre a conversa ao pé-do-ouvido com o treinador Rogério Lourenço e o vestiário tem de haver espaço para atender os fãs.

São fotos, autógrafos, declarações de amor. Nesta sexta, uma torcedora não resistiu e chorou ao tocar no ídolo.

- Vim de Belém para assistir ao treino. Não tem mais o Adriano, mas tem o Zico. Ele é tudo – disse a estudante Flavia França.

Zico sabe da responsabilidade que carrega. Por enquanto, sem o orçamento farto, ainda não conseguiu encontrar forma de trazer novos ídolos. E aproveita para exercitar e ensinar a paixão pelo clube.

Foi o que fez quando uma torcedora arremessou uma camisa rubro-negra da arquibancada para que ele a autografasse.

- Não se pode jogar o manto sagrado dessa forma – reprimiu, com dose de bom humor.

Em fase de reconstrução, o Flamengo enfrenta o Inter neste domingo, no Beira-Rio. O time deve ter as estreias de Jean, Marquinhos e Val Baiano. O primeiro será titular, enquanto os outros dois ficam no banco de reservas.



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