quinta-feira, 12 de março de 2015

Luxa exalta Paulinho: "Tem que colocá-lo em um freezer descansando"



Vanderlei Luxemburgo celebrou a volta de Paulinho, reforço que havia tratado como uma "contratação". O camisa 26 não entrava em campo desde 3 de setembro de 2014, quando lesionou o joelho na vitória por 3 a 0 sobre o Coritiba. O problema o fez ser operado oito dias depois. Retornou nesta quarta-feira e foi a principal figura nos 2 a 1 sobre o Volta Redonda. Mas a expectativa era de que jogasse apenas 15 minutos, como revelou Luxa.

- Eu falei anteriormente que o Paulinho era uma contratação, a volta dele é uma contratação que já é nossa. É um jogador que muda a direção, a velocidade, gosta de gol, sabe fazer gol. A entrada dele foi por necessidade. Deixei dois meninos dos juniores fora e trouxe o Paulinho contando que ele poderia jogar só 15 minutos. Mas futebol é isso, não tem regra. Ele está motivado. Amanhã (quinta-feira) tem que colocar o Paulinho em um freezer descansando. Volta após seis meses. Tivemos bastante posse de bola e na única bola de contra-ataque que eles tiveram, fizeram o gol. Contra o Botafogo a gente atacou, atacou, e eles acharam a bola. Marcamos à distancia e foi gol. Possibilidade de conquista nesse jogo, não só do resultado, mas de filosofia, do elenco, de reformulação. Ano passado era para sair da confusão a nossa filosofia, esse ano tem que ser diferente. A vitória foi boa, as coisas que aconteceram no jogo também. São situações boas que fazem eu pensar mais para trabalhar - afirmou.

Luxemburgo Flamengo x Volta Redonda (Foto: Cezar Loureiro / O Globo) 
Luxemburgo gostou da postura rubro-negra no segundo tempo (Foto: Cezar Loureiro / O Globo)

O comandante rubro-negro ainda disse ter mexido com o psicológico do time no intervalo, revelando que a experiência trará consequências positivas no decorrer do Carioca. Voltou a defender Lucas Mugni, vaiado no primeiro tempo, e elogiou a defesa.  

Confira a coletiva na íntegra:

Sobre as substituições

Esse negócio de mudança é muito relativo. Um dia você acerta, outro dia você erra. Eu percebi o jogo, achei que tinha que dar uma movimentação maior e correr riscos. Eu fiz as mudanças que achava que tinha que fazer. Quando eu coloquei o Paulinho e o Alecsandro, imaginei que muitas pessoas estariam se perguntando por que eu não começo com o Alecsandro. Mas é justamente por isso, para ter a mudança. Eu gosto de fazer a movimentação com o Cirino e crio no banco estratégias para usar durante o jogo. O Alecsandro é importante para vários jogos.

Posse de bola

Nós tivemos posse de bola, mas não fomos contundentes no primeiro tempo. Era posse de bola para a esquerda, para a direita... Tem que ter uma aproximação maior, tentar uma jogada mais aguda perto da área. A única bola que eles (Volta Redonda) conseguiram fizeram o gol. Quando o time ataca, tem que ter a preocupação de quem estar atrás aproximar a marcação. E tem a falta também. A falta é instrumento do jogo. As pessoas confundem com violência. A sequência de faltas realmente é um antijogo, mas uma falta pertence ao jogo. Às vezes, deixamos de fazer uma falta e acontece um problema no jogo.

Defesa

O Pará é um jogador que não dá sustos. Ele vai ser sempre nota 7. O apoio dele é eficiente, a marcação é eficiente. O Bressan hoje já começou a mostrar a cara, bem posicionado. É um jogador guerreiro, marcou um jogador alto.

Reação do time na virada,

Você tem 90 minutos para ganhar o jogo. O jogo não termina no gol do adversário. Então, o que tivemos hoje foi um crescimento como time. Se você analisar, depois que fizemos o segundo gol, o Paulo Victor fez uma defesa, mas o time conseguiu ser mais contundente. Adiantamos a marcação, começamos a confundir a defesa deles. Só lembro de um passe errado nas costas do Pará que poderia gerar alguma coisa, mas eu não vi a equipe deles tendo facilidade. Tivemos a conquista como grupo.

Diferença de atuação do primeiro para o segundo tempo

Não tem mudança psicológica. Tem jogo de futebol que é difícil você manter a intensidade durante 90 minutos. O técnico tem que perceber algumas coisas, fazer as mudanças que ele acha que tem que fazer. Tocar o emocional dos jogadores também. Tivemos hoje no intervalo a possibilidade de avançarmos como equipe, como grupo. O torcedor saiu satisfeito.

Troca de uniforme

Estava confundindo. Futebol tem superstição, mas não teve nada a ver com isso.

Mais vaias a Mugni

Eu só tirei o Mugni porque o técnico tem que fazer o que tem que ser feito. A primeira bola que ele errou o pessoal vaiou. Se eu mantivesse ele em campo, traria uma intranquilidade. Eu tenho que jogar também com o torcedor. Se fosse um jogador que já está acostumado, eu não estaria nem aí para o torcedor. O Mugni está com uma resistência da torcida. Qualquer passe errado dele, vai ser uma vaia. E tinha jogador errando a mesma coisa do que ele. Foi assim com o Fierro uma vez. Eu chamei o Fierro para entrar, e a torcida vaiou. Falei para ele: "volta e senta lá". Eu não queria que hoje essa resistência da torcida com o Mugni jogasse contra nós.

Características do Paulinho

É um jogador que se encaixa naquilo que eu quero hoje. Velocidade, volta para marcar, futebol tem que ter isso. Tem que ter o drible produtivo também. Um drible muda totalmente a história. Isso é fundamental.


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