segunda-feira, 19 de maio de 2014

Cadê o gol? Em branco em quatro partidas, Flamengo carece de poder ofensivo

  Cadê 
o gol? (Gilvan de Souza / Flamengo)Falta futebol, falta criatividade, falta tranquilidade e falta, principalmente, gol. Em um começo de Brasileirão nada animador para o Flamengo, a dificuldade da equipe para superar as defesas adversárias tem chamado a atenção, e o sinal de alerta soa alto no Ninho do Urubu. Em cinco partidas até agora, o Rubro-Negro fez gol em apenas uma - contra o Palmeiras - evidenciando uma carência tanto nas finalizações quanto na criação de jogadas. 

Entre meias e atacantes, Jayme de Almeida e Ney Franco testaram 11 peças diferentes no setor ofensivo neste período (Paulinho, Alecsandro, Mugni, Gabriel, Mattheus, Everton, Nixon, André Santos - improvisado -, Negueba, Arthur e Hernane). Quase nada, porém, deu certo. Com exceção aos 45 minutos finais do jogo com o Palmeiras, quando marcou três dos quatro gols que tem no Brasileirão, o Flamengo tem demonstrado pouquíssimo poder de fogo e é presa fácil para os adversários.

Os próprios números provam isso. Com quatro gols, o Flamengo está empatado com outros quatro times como 13º ataque na competição - apenas Chapecoense, Criciúma e Figueirense balançaram as redes adversárias em menos oportunidades. E o grande causador deste problema parece estar na dificuldade para criar oportunidades. Com 53 tentativas, o Rubro-Negro é somente o 12º time que mais finaliza no campeonato, e o 10º em conclusões na reta do gol, com 31. Dono do melhor ataque, o Cruzeiro tem 10 gols, enquanto o Internacional, com 80 finalizações, é quem mais incomoda os goleiros adversários.

A dificuldade para superar defesas se dá muito pela falta de qualidade no passe demonstrada pelo Flamengo até então. Com 198 bolas perdidas, o Rubro-Negro é o terceiro time que mais erra passes na competição - atrás somente de Botafogo e Fluminense. A dificuldade de encontrar uma peça que organize o jogo no meio-campo é citada a cada partida ruim, e Lucas Mugni, contratado para esta função, não consegue demonstrar regularidade.

Contra o São Paulo, Ney Franco tentou aumentar a capacidade ofensiva da equipe escalando Alecsandro e Hernane juntos, além do suporte de Everton e Paulinho no meio-campo. Não deu certo. Lesionado, o Brocador saiu ainda no primeiro tempo, e Rogério Ceni deixou o Maracanã sem sequer precisar fazer uma grande defesa. O treinador fez uma análise da situação.

- É um pouco de tudo. Por exemplo, no jogo com o São Paulo, que deve ser referência pelo nível do adversário, criamos poucas oportunidades. Isso envolve o aspecto tático, técnico e um pouco de sorte. Tivemos uma boa oportunidade com o Everton, que bateu na trave. Não sei se é questão de sorte ou capricho na finalização. Não podemos ignorar os números e temos que melhorar muito o poder ofensivo. Tomamos um gol em que o Ganso conseguiu escapar da marcação, o segundo nem conto muito, mas defensivamente nos comportamos bem. Faltou força ofensiva. Temos que reforçar o que deu certo e melhorar a parte ofensiva. Se não me engano, foram só cinco finalizações ao gol (contra o São Paulo). É muito pouco para nossos objetivos no Brasileiro.

O início de Brasileirão do Flamengo é pior até mesmo que o de 2013, quando também trocou técnico após a quarta rodada e demonstrou dificuldade para marcar os gols. Na época, após cinco partidas, o time tinha cinco pontos e cinco gols marcados. Desta vez, tem um gol e um ponto a menos, ocupando a decepcionante 16ª colocação.

Em busca de gols e tranquilidade antes da parada para Copa do Mundo, o Flamengo volta a jogar na quarta-feira, diante do Bahia, às 19h30m (de Brasília), no Moacyrzão, em Macaé, pela sexta rodada do Brasileirão.


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