quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Vice de futebol do Fla pede paciência e descarta reforço de peso no Carioca


Wallim Vasconcellos vice diretor de futebol do Flamengo (Foto: Janir Júnior / Globoesporte.com) A temporada do Flamengo está oficialmente aberta. Na manhã desta quinta-feira, os jogadores se apresentaram no Ninho do Urubu para a pré-temporada, que será realizada toda no CT. O presidente Eduardo Bandeira de Mello, o vice de futebol Wallim Vasconcellos e o diretor de futebol Paulo Pelaipe receberam os jogadores e membros da comissão técnica e realizaram a primeira reunião geral da nova gestão. Depois, Wallim concedeu entrevista coletiva. Havia a expectativa de que o dirigente anunciasse alguma novidade sobre a busca por reforços, mas a espera terá de continuar. Até agora, nenhum atleta foi anunciado, e nenhum nome de peso deverá ser contratado durante o Campeonato Carioca. Além disso, Nenê, Eduardo Vargas, Conca e Jorge Henrique, últimas sondagens do Fla, estão descartados.

- Em relação a reforços, a gente continua as negociações com vários atletas, não tem nada fechado, muita gente de férias. Tínhamos a expectativa de fechar uma ou duas negociações entre Natal e Ano Novo, mas não conseguimos. Esperamos que a partir do dia 7 as coisas passem a andar. Existiam algumas negociações acertadas, mas começaram a fazer leilões. Não podemos fazer loucuras, estamos com salários atrasados, (assim como direitos de) imagens, e temos que reforçar. Vamos trazer atletas de qualidade, mas temos de ter paciência para não fazermos mau negócio. Vamos esperar um pouco, para o Carioca, com uma ou duas peças, e conseguiremos um bom desempenho. Nossa meta é a Copa do Brasil e o Brasileiro para que possamos disputar a Libertadores em 2014 - declarou.

O vice de futebol explicou que a dificuldade para contratar tem grande parcela na penhora que o clube sofre da Justiça, e por isso os nomes de peso estão descartados por enquanto, ao menos para o Campeonato Carioca. Mas ele demonstrou otimismo com o elenco atual e se disse confiante em um Flamengo forte em 2013.

- Toda receita que recebemos é penhorada, não consegue nem chegar à conta bancária. Precisamos reforçar o time, vamos trazer três ou quatro reforços para o Carioca, a maioria por empréstimo, pois não temos condições de contratar. No Brasileiro, aí sim, teremos nome de peso. Para o Campeonato Carioca certamente (não haverá contratações de impacto). Vamos contratar jogadores para serem titulares, devem chegar no meio da preparação, mas o Flamengo só entra para ganhar, não tem essa de entrar para disputar. Confiamos no elenco que temos aqui, jogadores de qualidade, vamos fazer uma boa pré-temporada.

Durante a reapresentação, a situação financeira também esteve em pauta na conversa com os jogadores, que esperavam explicações sobre o atraso salarial. O clube deve o mês de novembro, férias e 50% do 13º aos atletas.

- Esse problema da penhora (R$ 27 milhões) é o maior que temos hoje. Estamos trabalhando com os órgãos públicos para tentar fazer acordos para as nossas dívidas. Vários acordos foram feitos, mas não foram cumpridos. Vamos reverter isso, o presidente está empenhado com o (departamento) financeiro para saber o tamanho da dívida, renegociar. Vamos ter dinheiro em caixa com patrocínio da Adidas, com patrocinadores, ações de marketing. Os jogadores não têm culpa. Nós, teoricamente, não temos culpa, mas vamos ter de matar essa bola no peito. Pedimos um pouco de paciência para eles. O que falamos é que a partir de ontem começou um novo Flamengo e não teremos atraso de salários. Vamos resolver, e acredito que tenham entendido. O que pedimos é o esforço deles, isso vai nos ajudar a trazer receita para o clube - explicou.

Flamengo  desiste de Nenê, Vargas e Jorge Henrique

Depois de desistir de tirar Robinho do Milan, da Itália, o Fla também descartou repatriar o meia-atacante Nenê - em fim de contrato com o Paris Saint-Germain, da França - e deixou de tentar trazer o atacante Eduardo Vargas - que deve ser emprestado ao São Paulo pelo Napoli, da Itália. Além disso, desistiu de avançar no caso de Jorge Henrique.

- Nenhum dos dois. Nem Nenê, nem Vargas. Os valores estão fora de cogitação, começaram a fazer leilão e não vamos entrar em leilão. No caso do Jorge Henrique, tive a informação de que ele gostaria de voltar para o Rio. Peguei o telefone, liguei para o empresário dele, Roberto Gomes, para confirmar a informação. Se fosse verdadeira, ligaria para o Corinthians. Não vou negociar com atletas ligados a outros clubes. Ele disse que estaria no Rio e passaria no meu escritório. Quando soube da entrevista dele, tentei contato, ele não respondeu, e a reunião está cancelada. Liguei para o Corinthians, expliquei a situação e eles gostaram da nossa postura.



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