segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Conselho Deliberativo do Fla vota proposta da Adidas nesta quarta-feira


Delair, Flamengo (Foto: Vicente Seda / Globoesporte.com)
O presidente do Conselho Deliberativo do Flamengo, Delair Dumbrosk, confirmou que nesta quarta-feira será votado o contrato de fornecimento de material esportivo da Adidas. O acordo foi renegociado pelo vice de marketing da nova gestão, o presidente da Sky Luís Eduardo Baptista, o Bap, e será assinado pela atual presidente do clube, Patrícia Amorim, e pelo presidente eleito no dia 3 de dezembro, Eduardo Bandeira de Mello.

Segundo Delair, havia urgência porque a Adidas dará férias coletivas aos seus funcionários a partir de sexta-feira, impossibilitando desta forma negociações até o reinício dos trabalhos em janeiro. Também na sexta, venceria o prazo para rescisão com a atual fornecedora, Olympikus, que deverá receber R$ 3 milhões pela rescisão, verba que tem de ser depositada na conta da empresa até o fim da semana.

- Agora o contrato está perfeito. Já foi concluído. Fizeram reuniões em São Paulo, negociaram, acertaram tudo. A coisa tinha de ser feita a quatro mãos. Vão assinar Patrícia e Eduardo - disse o presidente do conselho.

Os novos termos do contrato ainda são desconhecidos. Na proposta original da Adidas, o valor total para o fornecimento por 10 anos era de R$ 363 milhões. Porém, havia cláusulas que limitavam ativos do clube e incomodavam os cartolas. João Henrique Areias, que integrará o departamento de marketing da nova gestão mas ainda não tem cargo definido, participa das tratativas e informou que os últimos detalhes do acordo ainda estão sendo negociados em videoconferências nesta segunda-feira. Ele acredita que até o fim do dia tudo estará finalizado.

O presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro, que analisou os termos do acordo na última terça-feira e propôs um parecer em conjunto com o novo departamento de marketing, apontou fragilidades no contrato oferecido, em entrevista concedida no dia 11 de dezembro. Nesta segunda, ele afirmou ainda não ter conhecimento dos novos termos.

- Eles colocam dentro do contrato todos os direitos de licenciamento, isso é ruim. Temos uma receita aí e tem de compensar isso. O contrato também restringe as propriedades para patrocínio no uniforme, eles vão suprimindo ao longo do contrato, então tem de ter uma compensação. Outra coisa é o comércio na internet também, que passa a ser deles durante dez anos. Ou seja, colocam no contrato vários ativos que aos poucos vai se percebendo que R$ 35 milhões não é tanto assim, tem de renegociar. Vamos pedir prazo para os conselheiros e a nova diretoria analisarem - disse Ribeiro, no dia 11.


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