quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Ex-dirigente da Lusa diz que não sabia da suspensão, mas admite falha

O vasco seria o maior beneficiado se tivesse ganho os pontos do Atlético-PR, iria para 47 pontos. Lembrem-se que essa sujeira está entre portugueses(vasco e Portuguesa)

Citado pelo promotor Roberto Senise como um dos cinco membros da diretoria da Portuguesa investigados pelo erro que colocou o atacante Héverton em campo, mesmo suspenso, na última rodada do Brasileiro do ano passado, o ex-vice-presidente de futebol do clube, Roberto dos Santos, se defendeu das acusações e afirmou que seu departamento nunca foi informado que o jogador havia sido punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Ele, no entanto, admite que houve uma falha que comprometeu a manutenção do time na elite.  

A irregularidade fez a Lusa perder pontos no Tribunal, resultando no rebaixamento da equipe para a Série B. Segundo o Ministério Público, que investiga as responsabilidades no caso, além de Santos, o ex-presidente Manuel da Lupa, o advogado Valdir Rocha e outros dois funcionários do departamento de futebol não identificados foram omissos ao não comunicar a comissão técnica que o atleta não poderia ser utilizado contra o Grêmio, na rodada final daquele torneio - uma “omissão coletiva”, segundo Senise, com indícios de ter sido premeditada.  

- Minha função não era se envolver com julgamentos. Houve uma falha, que não foi minha. Se tivessem comunicado o departamento de futebol, o Héverton não teria jogado - disse o ex-dirigente ao GloboEsporte.com. 

Roberto Senise, promotor do MP-SP, comenta investigação do caso Héverton (Foto: Reprodução)

Ele cita o caso do atacante Gilberto, que também foi punido pelo Tribunal no mesmo dia que Héverton, mas sua suspensão foi informada ao técnico Guto Ferreira, que dirigia o time então.

- Quem falhou? Não sei, seria leviano afirmar. Mas provavelmente o (departamento) jurídico - afirmou.
 
Segundo as investigações do MP de São Paulo, Da Lupa, Santos, Rocha e os outros dois colaboradores teriam, propositadamente, omitido a informação de que Héverton estava suspenso – uma pasta com relatórios do tipo era entregue semanalmente à comissão técnica para isso.

- A pasta realmente foi feita sem a informação do Héverton. Mas porque não recebemos (a comunicação) da punição. Estou tranquilo, minha vida e contas estão abertas para quem quiser olhar.  

O antigo cartola pediu provas a Senise, que afirmou que uma das linhas de investigação apura se os nomes sob a mira do Ministério Público teriam recebido dinheiro para causar o erro propositadamente.

- Quem falou isso tem de provar. Se tiver as provas, precisa mostrá-las.

Santos foi braço direito de Manuel da Lupa no tempo em que o ex-mandatário comandou a Portuguesa - primeiro como vice de marketing, depois de futebol. O dirigente foi indicado para compor a chapa única, encabeçada por Ilídio Lico, que venceu as eleições no ano passado. Ele deixou o cargo recentemente - o Conselho Deliberativo define nesta quarta-feira seu substituto.  

- Achei que deveria sair, estava desgastado, a Portuguesa estava sem recursos. Não havia entrosamento com outros membros da diretoria.  

Além da investigação do MP, Santos está na mira do Comitê de Ética do Conselho da Lusa num processo que apura possíveis erros administrativos no mesmo caso.


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