segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Rubro-negros contestam pesquisa que aponta valorização corintiana

A pesquisa que aponta o Corinthians como a marca mais valiosa do futebol brasileiro em 2010, publicada nesta segunda-feira, pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, provocou controvérsia na web. Via Twitter, muitos torcedores do Flamengo, clube superado por Timão e São Paulo na pesquisa, questionaram o resultado, alegando que o presidente da Crowe Horwath RCS, empresa que realizou o estudo, é do vice-presidente corintiano, Raul Corrêa da Silva.

Em conversa com o GLOBOESPORTE.COM por telefone, Raul Corrêa explicou que a pesquisa é feita obedecendo critérios absolutamente técnicos e que o Flamengo ficou em primeiro lugar no ano passado. Por isso, não há motivo para contestação.

- São levadas em conta muitas variáveis, inclusive com relação às dívidas dos clubes. No ano passado, o próprio Flamengo ficou em primeiro lugar nessa pesquisa - afirmou.

A metodologia utilizada na pesquisa analisa 18 variáveis. Os valores diretamente relacionados ao cálculo do valor da marca foram consolidados em quatro macro receitas: marketing, estádio, sócios e mídia.

O responsável pela pesquisa, Amir Somoggi, garante a idoneidade do estudo. Ele também lembra que o Flamengo ficou em primeiro lugar de acordo com o mesmo método.

- Não tem como manipular. O Raul é o presidente da empresa, mas eu tenho total isenção. Eu, por exemplo, sou santista. O Santos ficou em situação ruim no ano passado e não melhorou muito neste ano. Quer dizer, só porque eu sou torcedor eu iria manipular dados para que o meu time melhorasse? Não tem sentido. Faço esse estudo há oito anos e não iria colocar em risco o meu trabalho.

Somoggi explica que o Flamengo cresceu com relação à pesquisa do ano passado, mas num ritmo inferior a São Paulo e Corinthians. Em 2009, a marca Flamengo valia R$ 568,1 milhões. Em 2010, R$ 625,3 milhões. O Timão, por sua vez, subiu de R$ 562,6 milhões para R$ 748,8 milhões.

- O que aconteceu é que São Paulo e Corinthians cresceram num ritmo maior. Isso porque estão em São Paulo, que é um mercado muito forte e obtiveram crescimento em diversas receitas. O que nos preocupa com essa pesquisa é contribuir para o crescimento do futebol nacional como um todo - completou Somoggi.



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