Mapa mostra as alterações feitas na Gávea durante o período da Olimpíada (Foto: Tiago Leme)
No mesmo dia em que a nova piscina do clube foi inaugurada,
a diretoria do Flamengo fez questão de destacar o legado que os sócios
rubro-negros terão com a parceria firmada com o Comitê Olímpico dos
Estados Unidos (USOC) para os Jogos de 2016. Com investimento total de
R$ 5 milhões em reformas de ginásios e compra de equipamentos, além de
um programa de marketing e troca de conhecimentos, os americanos
montaram um "quartel general" na sede da Gávea para ser o local de
treinamentos durante a competição. Com um forte esquema de segurança
para receber centenas de atletas de 13 modalidades, o comitê dos EUA vai
limitar acessos e mudar a rotina de funcionamento do clube carioca.
A
partir desta semana e até o final da Olimpíada do Rio de Janeiro,
praticamente metade da área da Gávea ficará sob responsabilidade dos
americanos, que montarão barreiras de fiscalização em determinados
pontos e só permitirão a entrada de pessoas credenciadas por eles. Nem
mesmo funcionários do Flamengo poderão entrar nas instalações cedidas no
acordo feito. Apesar de o USOC não divulgar o esquema de segurança
montado, o espaço do QG americano foi minuciosamente analisado, agentes
devem ficar espalhados pelas ruas próximas, e o estado de alerta será
constante inclusive por causa da preocupação com o terrorismo.
Um
mapa de aviso distribuído aos sócios mostra as alterações no
funcionamento, restrições e as proibições de circulação durante este
período. Entre os locais de uso exclusivo dos atletas dos EUA, estão os
ginásios de basquete, de vôlei, de ginástica artística, o campo de
futebol (que será usado para rugby), quadra de vôlei de praia, academia e
sala para judô.
Ginásio Togo Renan Soares, de vôlei, foi reinaugurado em 2015
As modalidades dos Estados
Unidos que treinarão na Gávea são badminton, basquete, ginástica, judô,
levantamento de peso, natação (mar aberto), pentatlo moderno, remo,
rugby,
futebol, tênis de mesa, triatlo e
vôlei de praia. O país também terá outras bases no Rio, como a Escola
Naval, por exemplo, que receberá o atletismo. As principais melhorias
feitas na sede do Rubro-Negro com a verba financeira dos estrangeiros
foram um novo sistema de ar condicionado nos ginásios, troca da
iluminação, pintura, instalação de novo piso, modernização dos
vestiários e a compra de equipamentos modernos esportivos, de preparação
física e fisioterapia.
O ginásio Cláudio Coutinho, de ginástica artística, foi completamente reformado na Gávea (Foto: Tiago Leme)
Além
dos americanos, o Flamengo também vai receber nos Jogos Olímpicos a
Grã-Bretanha, que vem com uma delegação menor para o local, apenas cinco
modalidades, mas também investiu R$ 1 milhão em reformas. Somando os
dois países, serão cerca de 200 atletas internacionais na Gávea. A nova
piscina olímpica também ficará à disposição dos estrangeiros, será o
único lugar compartilhado entre os dois Comitês, e os sócios não poderão
utilizá-la por enquanto. Por causa do acordo, as aulas das escolinhas
de esporte do clube serão suspensas. Por outro lado, as piscinas
sociais, sauna, quadras de tênis e campo de futebol society permanecerão
abertas normalmente aos sócios, já que não serão usadas pelos
americanos e nem pelos britânicos.
O valor investido pelo Comitê
Olímpico dos Estados Unidos no Flamengo foi de R$ 5 milhões, o que
representa 27% do investimento total de R$ 18 milhões feito em
infraestrutura e equipamentos nos esportes olímpicos do clube nos
últimos três anos e meio. O restante do dinheiro veio de projetos de
leis do incentivo, patrocínios e do próprio caixa flamenguista. Juntando
tudo, incluindo despesas físicas e operacionais, o investimento neste
setor do Fla foi de R$ 78 milhões desde o início de 2013 até agora.
Sala de judô do Flamengo vai ficar à disposição do Comitê Olímpico dos EUA
Sala de judô do Flamengo vai ficar à disposição do Comitê Olímpico dos EUA
Além
de receber americanos e britânicos, a Gávea terá um espaço no prédio
principal destinado à empresa de auditoria Ernst Young durante a
Olimpíada. Já o Ninho do Urubu, centro de treinamento de futebol, estará
à disposição das seleção da Argentina, e recebeu R$ 250 mil do Comitê
Rio 2016 para a reforma de campos e vestiários.
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