
As cartas do
jogo eleitoral da Gávea já estão sendo colocadas na mesa. Importante
dentro de campo e bem relacionado fora dele, Vanderlei desponta como um
coringa na disputa. Sem contrato assinado — mas com a permanência
acertada —, o comandante do futebol recebe contatos frequentes de
membros da oposição, mantendo as relações de amizade que herdou de três
passagens anteriores pela Gávea. Entre elas, com a ex-presidente
Patricia Amorim, em quem votou em 2012.
Foi o bom relacionamento
com diferentes lideranças políticas do clube que estancou as críticas
internas após a chegada de Luxemburgo em julho, quando o time era
lanterna do Brasileiro. Se ganhou a trégua, o comandante também foi
pressionado a não exaltar a atual diretoria. O técnico tem adotado
discurso “morde e assopra”, e lida bem com situação e oposição. Além
disso, já deixou claro que não tem, por enquanto, pretensões como
candidato.
O jogo de poder da eleição presidencial terá o pontapé
inicial em dezembro, com a eleição para repor nomes do Conselho
Deliberativo. Nessa disputa, diversas correntes do clube estão
representadas. A chapa branca, União Rubro-Negra, atraiu desde Leonardo
Ribeiro, ex-presidente do Conselho Fiscal, ao ex-presidente Delair
Dumbrosk e os ex-candidatos a presidente Jorge Rodrigues e Lysias
Itapicuru. A chapa azul, Flamengo de Todos, representa o grupo “Só Fla”
de novas lideranças ligadas à atual administração. Rafael Strauch é o
nome mais agregador e a coordenação é de Benny Kessel.
A gestão do
presidente Eduardo Bandeira de Mello ainda não confirmou candidatura à
reeleição na disputa presidencial, mas se vê enfraquecida com os
resultados pífios em campo em 2014.
Os ex-presidentes Márcio
Braga, Hélio Ferraz e Kleber Leite têm posições ainda indefinidas e têm
feito críticas à atual gestão — assim como o presidente do Conselho de
Administração, Maurício Gomes de Mattos.
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