domingo, 24 de dezembro de 2017

Rueda não dá sinal de vida, e Flamengo começa a listar opções de substitutos





Não há mais nenhuma garantia de que Reinaldo Rueda vai ficar no Flamengo em 2018. Apesar do contrato vigente até agosto, a seleção do Chile se dispôs a pagar a multa em janeiro, quando o técnico se reapresenta ao clube no Rio e vai definir o seu futuro.

O treinador manteve o silêncio nas últimas 48 horas, o que deixou os dirigentes rubro-negros irritados e dispostos a colocar na mesa as opções para o cargo. Paulo Cesar Carpegiani, cotado para coordenador técnico, pode ser considerado para a vaga de treinador, mas outros nomes ainda são discutidos. Até Cuca, que sofre rejeição. 


Ariel Holan, campeão com o Independiente na Sul-Americana, foi oferecido, e é uma opção que corre por fora. Mesmo assim, não há nenhuma negociação, já que Rueda seguia até agora participando do planejamento para o ano de 2018.

Tudo vai depender do primeiro sinal que Rueda der. Na Colômbia para o Natal, e recuperando-se de uma cirurgia de hérnia, o treinador havia sinalizado que se reunira com o presidente da Federação do Chile apenas para conversar e ouvir sobre o interesse. Mesmo assim, garantiu que não sairia. Depois das primeiras informações na imprensa chilena sobre um acordo, ele optou por não se manifestar.

“Continuamos sem receber nenhuma informação sobre o assunto”, indignou-se um dos cartolas do clube. Outro dirigente tratou o assunto como “chato”, e não escondeu o desgaste. A verdade é que a situação de Rueda já não era boa junto a alguns jogadores e comissão técnica. Agora, mesmo que se mantenha no clube, perdeu pontos com a diretoria.


A jornais chilenos, Carlos Velasco, preparador físico que acompanha Rueda há 30 anos, foi cauteloso sobre possível saída do Flamengo.

— Sou empregado do Flamengo e devo respeito ao meu clube e ao meu treinador. Sempre é um reconhecimento ser lembrado para uma seleção nacional, e mais ainda pelo campeão da América, mas a única pessoa autorizada a falar disso é o nosso treinador — desconversou Velasco.

O presidente Eduardo Bandeira de Mello e o vice de futebol Ricardo Lomba afirmaram publicamente que a situação estava sob controle; no entanto, os dirigentes já começam a tratar do plano B. Outros vice-presidentes do Flamengo, completamente alheios ao futebol neste momento, pressionam o núcleo composto por Lomba, Bandeira e os executivos Fred Luz e Rodrigo Caetano a terem uma definição.

Enquanto isso, o presidente da Federação de Futebol do Chile, Arturo Salah, chegou a dar declarações sobre a reunião que teve com Rueda e demonstrou otimismo, embora tenha citado o Flamengo.

“Ele tem compromisso com o Flamengo, mas está muito agradecido e privilegiado de ter a possibilidade de que se considere seu nome. Só falamos de futebol, não de outras coisas. Agora, vamos avançar em outros temas”, disse o dirigente à imprensa local.

Sem Fred, sem ninguém

Enquanto as informações só vêm do Chile, no Flamengo, o clima, que já não era bom pelo fim de ano melancólico, sem resultados relevantes, entra no período entre Natal e Ano Novo com várias incertezas.

Além da situação de Rueda, a confirmação da contratação de Fred pelo Cruzeiro deixou o Flamengo sem uma opção de centroavante de peso. Com a redução da pena de Guerrero na Fifa, a tendência agora é que a diretoria aguarde o julgamento do recurso no Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), em janeiro, para, quem sabe, poder contar com o jogador já na pré-temporada. Se a pena de seis meses for reduzida para três meses, por exemplo, o peruano estaria à disposição no começo de fevereiro. Portanto, apto a defender o clube desde a primeira rodada da Libertadores, dia 28 de fevereiro, contra o River Plate, no Rio.

Até agora, o clube não anunciou nenhum reforço para a próxima temporada. E as operações em curso até aqui tinham a ciência de Rueda. A indefinição pode atrapalhar.




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