sábado, 18 de julho de 2015

Jornais peruanos destacam gol do "Depredador" Guerrero no Maracanã


A boa fase de Paolo Guerrero em seu início no Flamengo está sendo acompanhada de perto pelos jornais e sites peruanos. Logo após a vitória rubro-negra por 1 a 0 sobre o Grêmio neste sábado, a imprensa do país destacou o primeiro gol do "Depredador" (apelido do camisa 9 em sua terra natal) no Maracanã com a camisa do time carioca.

"O Maracanã se rende aos pés de Guerrero", diz a manchete do site "Depor.pe", um dos principais da imprensa esportiva no Peru.

Em três partidas pelo Flamengo, Guerrero marcou três vezes. Principal nome do futebol peruano, o atacante estreou pela equipe rubro-negra após ter liderado a seleção do Peru na campanha do terceiro lugar na Copa América.

Confira algumas das manchetes:

jornais peruanos - Guerrero Flamengo x Grêmiojornais peruanos - Guerrero Flamengo x Grêmiojornais peruanos - Guerrero Flamengo x Grêmio


Cristóvão celebra volta das pazes com o Maracanã: "Campeonato exige isso"


Mais do que vencer, existe a importância de se conquistar o resultado positivo dentro de casa. Afinal, sem isso, é impossível conseguir se consolidar com uma sequência de pontos, algo fundamental em um campeonato longo como é o Brasileirão. Essa foi a avaliação feita pelo treinador Cristóvão Borges, diante do fato de que o Flamengo venceu a primeira no Maracanã após três derrotas seguidas dentro do estádio pela competição, ao bater o Grêmio por 1 a 0 neste sábado.

- Nos jogos, principalmente aqui, estávamos com uma vontade muito grande de ganhar. Estávamos jogando pressionados pela nossa posição, pela necessidade de ganhar. Mesmo vindo de uma vitória, precisávamos nos consolidar pra dar seguimento. O campeonato exige isso, e não estávamos conseguindo. 

Cristóvão Borges Flamengo x Grêmio Maracanã (Foto: André Durão) 
Cristóvão Borges busca explicar dificuldade do Flamengo no Maracanã (Foto: André Durão)

Além disso, o treinador tentou explicar o motivo pelo qual o clube não vinha acumulando bons resultados dentro do Maracanã.

- Aqui com a ansiedade, mesmo com apoio da torcida, a gente facilitava o jogo para o adversário. No Brasileiro, quase todo mundo joga no erro do adversário, Não se propõe mais jogo. Há uma busca pelo equilibro, e a gente conseguiu isso em alguns jogos. Faltava fazer isso no Maracanã.

Com a vitória, o Flamengo subiu para o 13º lugar, agora com 16 pontos. Pode perder posições no complemento da rodada, porém, sem risco de volta ao Z-4. O Grêmio, por ora, se mantém em quarto, com 26 pontos. São Paulo e Sport se enfrentam e um deles pode tomar a posição. O Rubro-Negro volta a campo, domingo, às 16h, no Serra Dourada, diante do Goiás.

A íntegra da coletiva:
 
Sem Cáceres e Jonas

O que me agrada é a equipe jogar equilibrada, ter atitude, defender bem, ter a parte ofensiva da mesma forma. Contra o Inter jogamos com três volantes e fomos elogiados por vocês. Time jogou muito bem. O que vale é jogar de forma equilibrada e eficiente. Independentemente da formação, o importante é isso. A busca é essa, independentemente da maneira que joga ou dos jogadores que são escalados.

Guerrero

O Flamengo tem um jogo diferente com ele. O adversário se preocupa mais, claro. Ele impõe respeito e dá uma característica que não temos no elenco. Ele preocupa o adversário e é decisivo. Estávamos esperando isso e sabíamos que conseguiríamos.

Sequência de vitórias

Nosso objetivo é ter uma sequência de vitórias. Estamos precisando no Brasileiro, fora a Copa do Brasil. Para isso temos que melhorar muito. A equipe tem potencial muito grande para isso. A gente vai trabalhar para que aconteça essa evolução. Claro que a gente fica bastante motivado, esperançoso.

Jorge

É um jovem bastante talentoso, tem um jogo maduro. Por isso ele entrou bem. Importante para gente, deu consistência defensiva, apoia bem e está contribuindo bastante. A gente fica contente quando um jovem, cria da casa, consegue jogar.

Erros

Num jogo como esse, estávamos ganhando de 1 a 0, e o Grêmio quis acelerar o jogo. Quando a equipe estiver com o jogo mais maduro, vamos conseguir controlar. Com esse controle, temos que ter posse de bola, mas a gente não consegue mudar o ritmo. Tem que saber a hora de acelerar e a hora de diminuir. Quando a gente coloca a vantagem, tem que saber controlar o jogo. Essa é uma das coisas que temos que corrigir.

Grupo

O time foi bem hoje. O Grêmio, pelo que tínhamos visto deles, encaixamos bem hoje. O Cirino estava passando mal desde a metade do primeiro tempo, com dores de cabeça e por isso saiu. Nesse campeonato, alternâncias de performance acontecem bastante. Não tem equipe definitiva. Até por que tem que ter grupo para ir bem no campeonato, para manter o nível quando substituir o jogador. Já está começando a acontecer isso. É mais importante do que qualquer coisa.

Everton

O Everton foi bem, fez outra função hoje. Jogamos com um triângulo de meio-campo, diferente do que ele está acostumado a jogar. Ele foi bastante obediente taticamente e colaborou demais. No segundo tempo ele voltou a jogar como joga, com a entrada do Arthur. Como o jogo estava duro e difícil, o Arthur no começo errou alguns passes, mas depois se equilibrou.

Emerson leva o terceiro amarelo e desfalca o Flamengo diante do Goiás

O atacante Emerson foi punido com o cartão amarelo por reclamação durante a vitória do Flamengo sobre o Grêmio, neste sábado, no Maracanã. Como foi o terceiro dele no Campeonato Brasileiro, terá de cumprir suspensão automática, desfalcando o time no confronto diante do Goiás, no domingo da próxima semana, pela 15ª rodada da competição. O jogo será realizado no Serra Dourada, às 16h (de Brasília).

Emerson Sheik Flamengo x Grêmio Maracanã (Foto: André Durão) 
Emerson lamenta gol perdido após bobeira da zaga do Grêmio. Atacante não encara o Goiás (Foto: André Durão)

Sem o Sheik, o técnico Cristóvão Borges tem como opções para o ataque Gabriel e Marcelo Cirino, que é o favorito para a vaga. O treinador também pode optar por colocar mais um meio-campista, como Alan Patrick ou Arthur Maia.


Guerrero exalta torcida após estrear pelo Fla no Maraca: "Lindo ambiente"

Gol Guerrero Flamengo x Grêmio Maracanã (Foto: Marcelo de Jesus/Divulgação)Na primeira partida de Guerrero como jogador do Flamengo no Maracanã, 51.055 torcedores viram o peruano decidir a vitória rubro-negra por 1 a 0 sobre o Grêmio, neste sábado, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. A maior parte deles estava lá para fazer festa para o peruano, que correspondeu com uma boa atuação e exaltou a participação nas arquibancadas.

- Feliz. Lindo ambiente. É legal ver a torcida feliz porque o time ganhou. Trabalhamos forte porque sabíamos que o Grêmio seria forte e duro – disse Guerrero, em entrevista à rádio Globo após o apito final.

Foi a primeira vitória do Flamengo após três derrotas seguidas no Maracanã pelo Campeonato Brasileiro. O peruano, que tem marcou – e venceu – em todas as três partidas que fez pelo Flamengo, quis deixar de lado os créditos pessoais e exaltou o grupo como um todo. 

- Trabalho para o time. Fiz um gol para ajudar. Se não tivesse feito, também estaria feliz. O grupo entra em campo para jogar. Acho que o Flamengo tem elenco bom e de qualidade. Tenho certeza que esse time (Flamengo) vai seguir dando alegria.

O gol de Guerrero, no final do primeiro tempo, contou com a participação do zagueiro Marcelo, que agora quer fazer o seu.

- Estamos fazendo bons jogos, os resultados não tem vindo, mas é isso. Tenho sonhado com o gol, mas ele não tem saído. Ele vai sair no tempo certo, mas pude compartilhar com o Guerrero. 

Se contou com a colaboração de um companheiro para marcar, Guerrero também tentou atacar de garçom. Na segunda etapa, deu um presentão para Wallace, que parou na trave. O zagueiro lamentou a chance perdida, mas celebrou a atuação da equipe. Agora, ele quer manter o mesmo nível, mesmo caso Guerrero tenha que deixar a equipe.

- Infelizmente a bola não entrou na minha cabeçada, mas fizemos uma boa partida, independentemente de ter vencido. Temos que manter esse padrão de jogo e vencer com o Guerrero e sem o Guerrero – disse Wallace.

Festa no Maraca: Guerrero marca e dá vitória ao Flamengo sobre o Grêmio


Vitória graças a um chute preciso e de raro oportunismo saído de um camisa 9 candidato a ídolo de um dos maiores clubes do Brasil. Sim, Guerrero, sim, Flamengo. Em sua estreia no Maracanã com a camisa rubro-negra, após 50 dias desde o anúncio da contratação, o centroavante foi o nome do 1 a 0 sobre o Grêmio, neste sábado, pelo Brasileirão. Resultado que fez o time carioca subir na tabela e colocou o G-4 do gaúcho em risco.

Com a vitória, a primeira em casa depois de três derrotas consecutivas, o Flamengo subiu para o 13º lugar, agora com 16 pontos. Pode perder posições no complemento da rodada, porém, sem risco de voltar ao Z-4. O Grêmio, por ora, se mantém em quarto, com 26 pontos. São Paulo e Sport se enfrentam e um deles pode tomar a posição. 

Gol Guerrero Flamengo x Grêmio Maracanã (Foto: Marcelo de Jesus/Divulgação) 
Guerrero vibra após marcar gol que deu a vitória ao Flamengo sobre o Grêmio (Foto: Marcelo de Jesus/Divulgação)
 
O Flamengo volta a campo, domingo, às 16h, no Serra Dourada, diante do Goiás. Antes do Brasileirão, o Grêmio tem a Copa do Brasil: desafia o Criciúma, terça-feira, às 21h, no Heriberto Hülse, tendo de reverter o 1 a 0 da semana passada para chegar às oitavas de final. Só no sábado, às 19h30, na Arena, retoma o campeonato de pontos corridos, contra o Sport.

Empurrado pela torcida, o Flamengo começou melhor. O Grêmio não encaixou a marcação, foi envolvido. Sheik carregava a bola, tramava com competência. Canteros perdeu a primeira chance. Grohe fez boa defesa em chute de Guerrero. Só, então, o Tricolor equilibrou. Passou a ter mais posse de bola. Em boa tabela com Luan, Galhardo chutou no travessão. Aí, o peruano desequilibrou: aproveitou rebote do goleiro, após milagre em cabeçada de Marcelo, e abriu o placar. Eram 40 minutos da etapa inicial e o Maraca veio abaixo. 

No segundo tempo, o Grêmio melhorou. Mas faltou efetividade. Pedro Rocha driblou o goleiro, mas chutou para fora. César ainda fez boas defesas, em chutes de falta e de escanteio. Grohe salvou o segundo gol de Guerrero, mas quase deu um a Sheik ao sair mal. Rhodolfo salvou em cima da linha. Wallace ainda cabeceou na trave.

O Flamengo registrou o seu maior público em casa no Brasileirão: 51.055 (44.318 pagantes), para uma renda de R$ 2.070.015,00.



Taça BH Sub-17


Foram definidos neste sábado os confrontos das oitavas de final da Taça BH Sub-17.


 Confira todos os confrontos:

Atlético-MG x Bahia
Avaí x Guaraní-PAR
Botafogo x Coritiba
Flamengo x Grêmio
Vitória x São Paulo
Cruzeiro x Atlético-PR
Goiás x Figueirense

Flamengo 1 x 0 Grêmio

2º tempo

Ficha técnica

Gol: Paolo Guerrero

Público pagante: 44.318 Presente: 51.055
Renda: R$ 2.070.015,00

Cartão amarelo:  Pedro Rocha, Marcelo Hermes, Pedro GeromelMaicon, Marcelo Grohe  (Grê) Emerson(Fla)

Flamengo: César, Ayrton, Marcelo, Wallace e Jorge;  Márcio Araújo, Marcelo Cirino(Arthur Maia) , Canteros e Everton(Gabriel); Emerson e Guerrero.
Técnico:  Cristóvão Borges

O banco do Flamengo: Daniel, Luiz Antonio, Frauches, Armero, Anderson Pico, Jajá, Alan Patrick, Arthur Maia, Almir e Gabriel.
 
Grêmio:   Marcelo Grohe; Galhardo, Pedro Geromel, Rhodolfo e Marcelo Hermes; Walace(Braian Rodríguez), Maicon, Douglas(Fernandinho) e Giuliano; Pedro Rocha( Vitinho)e Luan.
Técnico: Roger Machado

Local: Maracanã
Data: 18/07/2015
Hora: 18h30 (de Brasília)

Transmissão: O SporTV transmite para todo o Brasil (menos RJ). O Premiere e o PFC HD transmitem a partida.


ÁrbitroRicardo Marques Ribeiro (MG-Fifa)
Auxiliares: Marcos Eustáquio Santiago (MG) e Guilherme Dias Camilo (MG).

Mulher de Guerrero vai ao Maracanã e posta vídeo da torcida do Flamengo

Em sua primeira partida com a camisa do Flamengo no Maracanã, Paolo Guerrero contou com uma torcida especial, além dos milhares de rubro-negros espalhados pelas arquibancadas do estádio. De vermelho e preto, Alondra Garcia Miró, mulher do peruano, acompanhou de perto o duelo contra o Grêmio, que teve gol do camisa 9, e até postou um vídeo da torcida do Fla em sua conta no Instagram.

- Vamos meu amor - escreveu Alondra, que mais cedo esteve com o atacante na concentração do Flamengo.

Alondra Garcia Miró, mulher de Guerrero


Alondra Garcia Miró, mulher de Guerrero no Maracanã

Alondra Garcia Miró, mulher de Guerrero

Flamengo anuncia contratação de zagueiro César, que será apresentado na terça


cesar, flamego, zagueiro, reforço (Foto: Divulgação/Flamengo)
O Flamengo anunciou, na tarde deste sábado, a contratação do zagueiro César, que defendia o Benfica, de Portugal. Aos 22 anos, o defensor assinou contrato de empréstimo até o dia 30 de junho de 2016. A apresentação oficial está marcada para a próxima terça-feira, após o treino, no Ninho do Urubu.

- Estou feliz com esta oportunidade, em defender o maior clube do Brasil. Chego para ficar logo à disposição e poder ajudar. O Flamengo tem grandes jogadores, tradição. É um imenso prazer vestir esta camisa - disse César ao site oficial do clube.

Revelado pelo Atlético Sorocaba-SP, o defensor se destacou na Ponte Preta entre 2013 e 2014 antes de ser vendido. Chegou a ser titular no Benfica inclusive em jogos da Liga dos Campeões, mas sofreu com lesões e por isso acabou sendo pouco aproveitado na última temporada. Em recuperação, estava treinando no time B do clube português, com quem tem contrato até o meio de 2019.

Para a zaga, o Flamengo já contava com cinco jogadores: Wallace, Samir, Marcelo, Bressan e Frauches. Mas apenas três estão disponíveis neste momento, já que Samir se recupera de lesão na coxa direita e Bressan está com a seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos.

Alvo para a camisa 10: Flamengo negocia a contratação do meia Ederson, do Lazio


Ederson Lazio (Foto: Divulgação)
Após ter negociações frustradas com diversos nomes, o Flamengo definiu um novo alvo para a camisa 10. Trata-se do meia Ederson, do Lazio-ITA. O clube está negociando a contratação em definitivo do jogador de 29 anos. Ele está concentrado na pré-temporada do time italiano.

O GloboEsporte.com entrou em contato com o empresário de Ederson, o italiano Antonio Caliendo, que disse ter mais de uma opção para o meia.

- Temos muitas opções para o Ederson neste momento. Estamos conversando. Vamos decidir nos próximos dias - afirmou, por telefone.

Se quiser contar com o atleta, o Flamengo terá que correr para fechar contrato, já que a janela de transferências para trazer jogadores do exterior fecha na próxima terça-feira, dia 21 de julho.

Ederson iniciou a carreira no RS Futebol, ainda como amador. Saiu de lá na mesma época que Rodrigo Caetano, hoje diretor executivo do Flamengo e que conduz a negociação, começava no clube sua carreira de dirigente. Como profissional, o meia atuou por Internacional, Juventude, Nice-FRA, Lyon-FRA e por último Lazio, onde está desde 2012. Ele tem no currículo uma convocação para a seleção brasileira em 2010.

Antes de Ederson, o Fla tentou, sem sucesso, nomes como Conca, Montillo, Elias e o colombiano Quintero. A negociação do momento é vista com bastante otimismo nos bastidores do Rubro-Negro.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Boas novas: Cáceres treina, e Samir volta aos trabalhos mais intensos


Peça-chave do sistema defensivo do Flamengo, o volante Cáceres, que levou um tostão na coxa direita durante a vitória por 2 a 0 sobre o Náutico, treinou nesta sexta-feira e tem boas chances de enfrentar o Grêmio, neste sábado, às 18h30, no Maracanã.

Antes de ir a campo, o paraguaio foi submetido a um tratamento. Paulinho, com problema no mesmo local, não treinou ao lado dos companheiros e será reavaliado no sábado.

Samir treino do Flamengo no Ninho do Urubu (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo) 
Samir fez trabalhos mais intensos e está perto de ficar à disposição de Cristóvão (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

Samir, fora do time desde a vitória por 1 a 0 contra o Joinville, no último dia 1ª, voltou a treinar no campo na quinta-feira e nesta sexta já trabalhou de forma mais intensa. O zagueiro de 20 anos apresentava dores no músculo adutor da coxa direita, problema que o fez ser substituído no terceiro minuto da partida contra o JEC.

O Flamengo enfrenta o Grêmio neste sábado, às 18h30, no Maracanã, em duelo que marcará a estreia de Guerrero como rubro-negro no Rio de Janeiro.

Nem Guerrero nem Cristóvão: Flamengo blinda time, e Ayrton dá coletiva


Nem Guerrero, o protagonista, nem Cristóvão Borges, que habitualmente fala antes dos confrontos de fim de semana. Ayrton foi quem apareceu na sala de imprensa do Ninho do Urubu às vésperas da esperada estreia do peruano no Maracanã, marcada para este sábado, às 18h30, contra o Grêmio. O lateral-direito concedeu sua segunda entrevista coletiva dentro de intervalo de sete dias - já havia falado no último sábado. Resultado: discurso comum utilizado ao extremo. Um dos jornalistas chegou a brincar com o jogador, afirmando que ele havia se tornado o novo "sócio da sala". Flagrantemente constrangido, respondeu: "pois é".

Ayrton Flamengo coletiva (Foto: Fred Gomes) 
Ayrton foi o escolhido para conceder entrevista coletiva no Flamengo nesta sexta-feira (Foto: Fred Gomes)


Perguntado por que o Flamengo não vence em casa - foi derrotado nos últimos três jogos como anfitrião - , apontou a pressa por sacramentar vitórias como inimiga do time.

- Temos tentado dar sempre o nosso melhor, sempre em busca de gols. Estamos saindo para o jogo e o que está acontecendo é que os adversários estão pegando a equipe saindo para o ataque. Aí estamos tomando os gols - explicou.

Pediu atenção aos contra-ataques do Grêmio, time, que em sua visão, explora muito a velocidade.

- É uma equipe aguerrida, como é característica dos times do Sul. Temos que tirar os espaços deles e ficar atentos ao contra-ataques. Não só o Luan é rápido, como os outros meias também. Eles têm muita velocidade, mas não apenas do meio para a frente. É voltar a fazer prevalecer o mando. É maravilhoso jogar ao lado da nação rubro-negra. O Flamengo sempre teve muita força em casa e temos que voltar a explorar isso - prosseguiu.

Confira outros tópicos:

Guerrero

Todos sabem da qualidade do Guerrero, é um jogador diferenciado que chegou ao clube para ajudar muito. Tenho certeza que está muito feliz, com dois jogos em dois jogos. É um ponto de referência, que segura muito bem a bola e faz o pivô muito bem. Está confiante e alegre com a estreia dele em casa, ao lado dessa torcida maravilhosa que o Flamengo tem e que vem para nos apoiar.

Peruano em campo deixa o time mais leve?

Não sei se mais leve, mas mais seguro por ter um ponto de referência na frente e por podermos jogar a bola nele, porque ele segura e com certeza deixa todo mundo tranquilo.

Jogando por Cristóvão Borges?

É um excelente treinador, muito de grupo. Está fechado com a gente, estamos correndo por ele, por nós e pela torcida.

Flamengo x Grêmio já alcança a marca de 32 mil ingressos vendidos

O Flamengo divulgou na tarde desta sexta-feira, em sua conta no Twitter, uma nova parcial das vendas de ingressos para o jogo deste sábado contra o Grêmio, pelo Brasileirão. São 32 mil entradas comercializadas para a primeira partida do atacante peruano Paolo Guerrero diante da torcida rubro-negra.

Angelim vai receber homenagem do Flamengo na partida contra o Grêmio

O torcedor do Flamengo tem mais um motivo para ir ao Maracanã neste sábado para a partida contra o Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro. Além da estreia do peruano Paolo Guerrero diante da torcida rubro-negra, Ronaldo Angelim, ex-zagueiro do clube, será homenageado antes e no intervalo do jogo. A festa acontecerá justamente contra o time que o Magro de Aço fez o gol mais importante da sua carreira, do título do Brasileirão de 2009.

Ronaldo Angelim gol Flamengo x Grêmio 2009 (Foto: Reuters) 
Em 2009, Ronaldo Angelim comemora o gol que garantiu o título do Campeonato Brasileiro ao Fla (Foto: Reuters)

Antes do apito inicial, Angelim vai assinar o Livro de Ouro do Maracanã. A honraria é dedicada a nomes importantes que passaram pelo estádio. No intervalo, o ex-jogador irá ao gramado e receberá uma homenagem da diretoria do Flamengo. Além disso, momento marcantes do Magro de Aço serão exibidos nos telões.

Ronaldo Angelim jogou no Flamengo entre 2006 e 2011. Nesse período ele conquistou a Copa do Brasil de 2006, a Taça Guanabara de 2007, 2008 e 2011, a Taça Rio de 2009 e 2011, o Campeonato Carioca de 2007, 2008, 2009 e 2011 e o Brasileirão de 2009, quando marcou o gol do título.

Sábado tem Mengão na TV

SÁBADO, 18
 
Brasileirão Série A


18h30 Flamengo x Grêmio
Transmissão: Transmissão: SporTV e PFCI (com Júlio Oliveira, Edinho e Raphael Rezende)

Indefinição de recursos ameaça parceria entre Flamengo e JF para Superliga


Maurício Bara Vôlei UFJF (Foto: Rafaela Borges)As negociações entre Flamengo e Juiz de Fora estão em andamento há dois meses. No entanto, a parceria que estava encaminhada para a Superliga Masculina de Vôlei pode demorar mais um pouco para sair. Quem confirma é o diretor técnico da equipe mineira, Maurício Bara. O atraso e a dificuldade na captação de recursos pelo clube carioca, para saber o que poderia investir em uma equipe de voleibol, obrigam os mineiros a iniciar a temporada 2015/2016 por conta própria.

– As conversas estão bem evoluídas. O Flamengo fez um planejamento para viabilizar a parceria, e a gente esperou cerca de dois meses e meio mais ou menos. Como as coisas não mudaram muito, tivemos que decidir (começar a temporada). Nós chegamos a cogitar não jogar a Superliga, mas preferimos ir para dentro de quadra e lutar. Com o problema da captação, nós vamos começar. Se houver alguma mudança durante o processo, temos a ideia de tocar a parceria, mesmo sem a Superliga – declarou Bara, dizendo que o projeto pode crescer de forma natural, começando até com as categorias de base.

O martelo ainda não está batido. A decisão da equipe mineira em iniciar a pré-temporada no dia 1ª de agosto foi por conta de prazos para inscrição da equipe no Campeonato Mineiro e a definição da participação na Superliga Masculina de Vôlei. Na visão de Maurício Bara, esta definição não inviabiliza o projeto junto com o Rubro-Negro e até pode ajudar.

– Acho que não prejudica as conversas, e até pode potencializar. Seria como dizer, “o time está aí”. Estamos conversando, independentemente de Superliga, sobre parceria que envolve outras coisas, como parte acadêmica, por exemplo. A gente pode remodelar o tipo de parceria, vamos ver o que podemos fazer. Para a Superlgia ainda é cedo avaliar. Mas a cada dia que passa, é menos um dia de treinamento, é menos um dia no mercado e fica sim um pouco mais distante. Mas eu vejo isso com naturalidade também. De repente, isso é um processo, que precisamos passar. Com este probleminha na captação, que é nacional, vamos para um plano mais local e tentar captar em empresas locais, por enquanto – comentou.

Equipe de Vôlei Juiz de Fora conversa antes do treino  (Foto: Roberta Oliveira)
Equipe de Vôlei Juiz de Fora conversa antes do treino (Foto: Roberta Oliveira)


Desta forma, o Juiz de Fora já tem mantido conversas com atletas para reforçar a equipe, que deve ter mudanças significativas em relação à ultima temporada, sobretudo por questões orçamentárias.

– A tendência para esta temporada é um orçamento bem menor, com uma queda de aproximadamente de 75%. Vamos tentar fazer uma engenharia financeira para conseguir montar um elenco forte. Estamos passando por um momento difícil no país, em que as relações de trabalho estão sendo readequadas e estamos confiando nisso para ter um time competitivo – destacou Bara, que também confirmou a manutenção de Alessandro Fadul e de boa parte da comissão técnica do Juiz de Fora para a temporada.


"O futebol feminino é esquecido no Brasil". Atletas do Flamengo querem mais


Maycon e Tânia Maranhão futebol feminino Flamengo técnico tenente Abranches (Foto: Jessica Mello / GloboEsporte.com)"Ei, mulher tem de ficar na cozinha, atrás do fogão." Tânia Maria Pereira Ribeiro tem 40 anos. Cerca de 30 deles foram dedicados ao futebol, do começo nos campinhos de bairro ao profissional. Nessas três décadas, passou por vários perrengues. Ouviu poucas e boas, como a frase que abre esta matéria. Não se abalou. Absorveu as críticas e cresceu. Conquistou duas medalhas olímpicas – duas pratas, em 2004 (Atenas) e 2008 (Pequim) – e dois ouros em Jogos Pan-Americanos – 2003 (Santo Domingo) e 2007 (Rio de Janeiro).

Tânia Maranhão, como é chamada, em virtude do seu estado natal, é a nova jogadora do Flamengo – ela é zagueira. Nesta quinta-feira, em evento realizado no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan), no bairro da Penha, Zona Norte do Rio, foi oficializada a parceria entre o Rubro-Negro e a Marinha do Brasil para a disputa dos Campeonatos Carioca e Brasileiro feminino deste ano. As atletas das Forças Armadas vestirão a camisa e representarão o clube nas competições.

Maycon (esq.) e Tânia Maranhão posam com o treinador, o tenente Abranches: parceria pelo futebol (Jessica Mello/GloboEsporte.com)

Andréia dos Santos tem 38 anos. Cerca de 20 deles foram dedicados ao futebol. O começo foi mais fácil que o da colega Tânia. Ainda assim, muito difícil. Natural de Lages, em Santa Catarina, a meia Maycon, como é chamada, pouco consegue ver a família, que permanece no interior catarinense. E por ter deixado os estudos de lado para focar-se integralmente no futebol, teme que seu futuro, após aposentadoria dos gramados, seja o mesmo que o de muitas colegas de profissão: esquecidas e com empregos que nada condizem com o esporte.

– Hoje, as jogadoras que deram início ao futebol feminino caíram no esquecimento. Esse tipo de jogadora que tinha de estar lá na CBF, representando o futebol feminino. Mas hoje em dia está no esquecimento, tem de procurar um trabalho que foge totalmente à trajetória da sua carreira, no esporte. Tem de mudar totalmente. Tem umas que viraram motoristas de ônibus (relembre a história de Elane, ex-capitã da Seleção, atualmente motorista do consócio BRT, no Rio), outras estão vendendo lanche na praia... Você olha e pensa: "Puxa, daqui a um tempo eu posso estar assim." O futebol feminino é esquecido no Brasil.

O sonho de ambas é poder continuar trabalhando com futebol quando não mais puderem ser jogadoras. Tânia, aliás, já ajuda jovens de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, onde mora. Ela explica que as meninas pedem para que a "tia" ajude a formar um time de futebol feminino na cidade. Mas quer mais: quer ser treinadora. Em agosto, fará um curso de técnica, pensando no futuro. Maycon, por sua vez, ainda não tem planos concretos, com exceção de um: quer ficar perto da família de vez, acompanhar o crescimento dos sobrinhos e cuidar da velhice da mãe.

– Já tive propostas de ter uma instituição com o meu nome, na minha cidade, em Santa Catarina. Acho que vai ser por esse caminho mesmo. Quero ficar perto da minha família, já que me ausentei por tantos anos. Quero poder curtir a velhice da minha mãe, ver o crescimento dos meus sobrinhos... Meu projeto em mente é estar lá, mas dentro do esporte – conta a meia.

Tânia Maranhão futebol feminino Flamengo (Foto: Jessica Mello / GloboEsporte.com) 
Tânia Maranhão está há cinco anos na Marinha e, agora, atuará pelo Flamengo (Foto: Jessica Mello / GloboEsporte.com)


– Tenho um projeto social em Belford Roxo. Eles me abraçaram lá, pois toda minha família é de São Luís. Trabalho com os garotos da base, com as garotas, que tanto me pediam: "Tia, monta um futebol feminino para a gente." Eu vou fazer um curso agora em agosto, tenho o sonho de ser treinadora de futebol, sim. Porque tudo o que vivemos, o que convivemos, não podemos deixar de lado, também temos de passar um pouco da nossa experiência. Acredito que isso ajuda bastante. O que vemos lá fora são ex-jogadoras como técnicas... Por que não no nosso país dar essa oportunidade para a mulher? A mulher conhece a mulher, e sabemos da sensibilidade das atletas – diz Tânia.

O sonho maior de ambas, no entanto, é poder ver o crescimento do futebol feminino no Brasil. Poder ver que há incentivo, que há apoio. Não ver nas novas jogadoras o mesmo sofrimento pela qual elas e tantas outras passaram. De não ter bons salários, ou quase nenhum salário, de ter de pagar suas próprias passagens para disputar competições, de ter um time em um mês, e no outro... Quem sabe?

– O futebol masculino é uma coisa, o feminino é completamente diferente. O masculino chega mais facilmente onde ele quer, o teto salarial é maior... O feminino, não. Está todos os dias lutando para conseguir se manter no trabalho. Não é nem aumentar salário, porque às vezes você sequer tem salário. Você joga por amor. E você tem de sempre dar mais do que você deu ontem. Já no masculino, o que eu estou dando está bom, meu salário está bom... Não prezamos muito o salário, porque nós não temos isso – fala Maycon.

Tânia disputou seu primeiro Mundial em 1991, o primeiro organizado para a categoria, apenas cinco anos depois da primeira partida da seleção brasileira feminina da história.

– Foi uma época muito difícil. Praticamente pagávamos para jogar. Era sacrificante. Amava o que fazia, tinha a paixão. Tirava do meu bolso mesmo. Pagava passagem de ida e volta. Por isso, dou muito valor ao futebol feminino e acredito que ele irá mudar no meu país. Fico muito triste ao ver as jogadoras que começaram, que foram as pioneiras, caindo no esquecimento.

Confira mais trechos da entrevista:

GloboEsporte.com: O que a parceria com o Flamengo ajuda para vocês e para o desenvolvimento do futebol feminino?

Tânia: (A parceria) claro que ajuda. Aqui, no Rio, vemos que o futebol (feminino) ainda está carente. Em São Paulo, por exemplo, é mais evoluído. Cabe a nós agora, junto com a Marinha e o Flamengo, mostrar que no Rio de Janeiro também tem potência no futebol feminino. O Flamengo agora, mais do que nunca, é meu clube do coração. Estou muito emocionada, feliz para caramba.

Maycon: O suporte do atleta é a família, né? Minha família está muito feliz, porque somos todos flamenguistas e nunca escondi isso. Já joguei em equipes rivais, mas eles sempre souberam que era flamenguista de coração, e nunca fugi da briga, do trabalho. E agora vou poder ter o prazer de vestir minha segunda pele, desde criança. É uma realização, um sonho. Os jogadores têm o sonho de jogar em time grande, não? As jogadoras também sonham em jogar em time grande, em time com as maiores torcidas, como o Flamengo. Vamos honrar essa camisa.

Maycon e Tânia Maranhão futebol feminino Flamengo (Foto: Jessica Mello / GloboEsporte.com)O que ainda é preciso para alavancar o futebol feminino?

Maycon: Precisamos sempre de resultados positivos, vinculados à Seleção. E, hoje em dia, a Seleção não tem mais isso. Foi para o Mundial, não teve resultado positivo, aí acaba complicando ainda mais para nós aqui. Precisamos que as empresas olhem para o futebol feminino, que no futuro haverá um retorno. Não adianta você querer ajudar querendo um retorno imediato. Primeiro, tem de lapidar tudo, para no futuro colher o fruto. Difícil entrar alguém para ajudar o futebol feminino. As atletas acabam tendo de se dedicar ao esporte e não conseguem conciliar o estudo junto, quando você vê, os anos ficaram para trás e você não progrediu. Eu e a Tânia tivemos sorte, e também nosso potencial, claro, por termos servido vários anos na Seleção. A faixa salarial é muito complicada. Na Marinha, é uma ajuda que nos times ultimamente não tem. É um privilégio estarmos aqui, mas temos de lutar a cada dia, a cada ano, para nos mantermos aqui. Só tem atleta de ponta aqui. Então temos de brigar para permanecer, porque tem muita gente querendo entrar também, muita gente boa.

Tânia: Como a Maycon falou, de dependermos dos resultados da Seleção, eu acredito muito, hoje, no projeto que a Fifa está fazendo. Na nossa trajetória dentro da Seleção, tivemos muito êxito, apesar de todos os problemas que aconteciam lá. E não queremos só isso. Queremos ver o futebol no nosso país como é nos Estados Unidos, na Alemanha, porque temos esse potencial. Pedimos que acreditem. E eu sempre digo: não vou parar de lutar pelo futebol feminino. Enquanto Deus me der vida, essa raça, essa vontade que eu tenho, essa dedicação, eu vou brigar pelo futebol feminino.

Por que não temos treinadoras mulheres no Brasil?

Maycon: O machismo barra um pouco, né? Há ex-jogadoras que têm suas escolinhas, têm seus trabalhos, mas não têm a oportunidade de estar lá na Seleção. Um dos motivos pelos quais a seleção feminina não vai para frente, e não estou questionando o treinador que está lá nem a metodologia dele, mas as pessoas que estão lá têm que ser da raiz do futebol feminino, pessoas que passaram por lá, que sabem como é difícil, que conhecem a luta da atleta. Não adianta pegar um super treinador que não consiga entender a atleta. Uma pessoa que seja da raiz, mesmo que seja ajudando na administração, vai saber lidar, vai entender. Mas aí acontece aquelas coisas... O futebol masculino é uma coisa, o feminino é completamente diferente. O masculino chega mais facilmente onde ele quer, o teto salarial é maior... O feminino, não. Está todos os dias lutando, para conseguir se manter no trabalho. Não é nem aumentar salário, porque às vezes você sequer tem salário. Você joga por amor. E você tem de sempre dar mais do que você deu ontem. Já o masculino, o que eu estou dando está bom, meu salário está bom... Não prezamos muito o salário, porque nós não temos isso. Prezamos o que você tem a nos oferecer, o conforto. E esse conforto temos hoje na Marinha. Tudo o que precisamos, temos aqui. E agora fortalecendo com o Flamengo então... (risos) Muitas atletas vão poder realizar o sonho de vestir essa camisa.

Tânia: Isso é porque no nosso país ainda tem machismo. Tem preconceito. Na própria CBF... Mas acho que a lavagem que está sendo feita agora, com essas pessoas novas que estão entrando, há um outro pensamento, outra cabeça. E com o apoio da Fifa, esse projeto de levar ex-jogadoras para conversar, trocar ideia, já é um avanço, é algo legal, ajuda. Nossa briga é também por colocar treinadoras no futebol feminino. É o que precisamos. Temos de nos espelhar no que dá certo. Lá fora, temos treinadoras mulheres. Está na hora de brigar por isso, aproveitar que a Fifa está dando essa abertura. Tenho certeza de que vamos conseguir.

Fico muito triste ao ver as jogadoras que começaram, que foram as pioneiras, caindo no esquecimento. Sempre vamos brigar por isso. Elas merecem estar na Seleção, sim. Em uma categoria Sub-15, ou na Sub-20, Sub-17... Elas têm capacidade para isso, com a experiência que elas têm. A Marinha faz correto seu papel aqui, mesclando as atletas. Não pode chegar e tirar toda a experiência que tem no time, como a CBF fez agora. Deixou só Formiga, Marta e Cristiane, e botou todo mundo nova. A experiência conta, sim. Eu mesma falei no Mundial agora: "Gente, a seleção brasileira não vai passar das oitavas de final." Conhecemos, sabemos o que significa um Mundial, já estivemos lá, sabemos como é, como é difícil. Vou brigar sempre pelo futebol feminino, pelas jogadoras que começaram. Elas têm curso de treinadora. E têm de ter oportunidade, sim.

Jogadoras e comissão técnica do time da Marinha e do Flamengo (Foto: Jessica Mello) 
Jogadoras e comissão técnica do time da Marinha e do Flamengo em lançamento da parceria (Foto: Jessica Mello)

E o início de vocês no futebol? Até pouco tempo antes de começarem, tínhamos ainda em vigor a lei que proibia mulheres de jogar futebol (decreto-lei 3.199, de 1941, regulamentado em 1965, e revogado apenas na década de 1980)...

Maycon: Sofremos bastante preconceito. Acho que mais pela ignorância do homem. Hoje em dia foi superada na parte dos torcedores. Pessoas para ajudar ainda são muito poucas. As pessoas entram para ajudar só pensando no que vão receber em troca. Por isso que damos mais valor ainda à Marinha, porque abriu uma porta para nós, que já estávamos esquecidas. Já íamos ter de procurar um outro emprego, e encontramos na Marinha um fôlego a mais para seguirmos na carreira.
 
Tânia:
Escutávamos muito, dentro de campo, coisas como "Ei, mulher tem de ficar na cozinha, atrás do fogão." Só que pegávamos isso e transformávamos em energia positiva. Deixa eles falarem. Um dia vão bater palma para o futebol feminino. Aquilo servia como força, crescimento, para mostrar que a mulher é importante, sim. É o mesmo futebol que o masculino, a diferença é que eles têm mais força e são muito mais valorizados. O futebol feminino está dando, hoje, mais orgulho que o masculino. Porque o que manda neles é o dinheiro, está subindo a cabeça. E no futebol feminino, não. Se você montar um clube e não tiver dinheiro, pode ter certeza de que vamos honrar a tua camisa do mesmo jeito. O que importa é a paixão que temos pelo esporte.

Como é a equipe da Marinha?

Maycon: É uma equipe mesclada. Tem meninas novas, de 20 e poucos anos. E tem as de 40, como a Tânia, e eu, com 38 (risos). As meninas nos escutam bastante, a maioria nos viu jogando, então elas são de perguntar bastante, se preocupam bastante. Se algo está errado, nós falamos, e elas entendem, escutam. É um feedback muito legal. A vida nos ensinou tantas coisas, e elas ainda vão aprender tantas mais. Aprendemos muito com a dor. E elas podem aprender com amor, se souberem ouvir.

Maycon: Para nós, foi uma fase mais difícil do futebol feminino, mesmo sendo a catástrofe que é hoje, nós pegamos uma época em que era mais surrado ainda. Especialmente a Tânia, que pegou o futebol feminino com quase nada. E olha onde parou. Não está bom, sabemos que não está bom. Mas já foi muito pior. O futebol feminino no Brasil é esquecido, cai no esquecimento. A faixa etária da Tânia é das mulheres que mais passaram dificuldades no futebol feminino. Eu passei dificuldade também, mas já comecei subindo degraus. Ela, não. Teve um piso todo ainda a percorrer, para só depois começar a subir degraus. Hoje, as jogadoras que deram início ao futebol feminino caíram no esquecimento. Esse tipo de jogadora que tinha de estar lá na CBF, representando o futebol feminino. Mas hoje em dia,está no esquecimento, tem de procurar um trabalho que foge totalmente à trajetória da sua carreira no esporte. Tem de mudar totalmente. Umas que viraram motoristas de ônibus, outras estão vendendo lanche na praia... Você olha e pensa: "Puxa, daqui a um tempo eu posso estar assim." Foi uma fase muito ruim por que passamos, pois não conseguimos conciliar o futebol e o estudo. Em um mês você estava em um time, em outro mês estava em outro time. O mesmo time estava em uma cidade, aí ia lá, mudava só a camisa, mandava para outra cidade, mantinha o time... Era complicado. Hoje, sabemos que será difícil, porque o nosso estudo ficou muito a desejar.

Como é o calendário da equipe da Marinha?

Maycon: A Marinha sempre tenta fazer parceria com algum clube para nos colocar em atividade. Para ajudar o esporte e nos ajudar. Disputaremos agora o Carioca, o Brasileiro e a Copa do Brasil. Em outubro, tem o Mundial militar, é como as Olimpíadas. Vamos com tudo. Para você ver como a Marinha nos ajuda. Esperou quatro anos para disputar esse Mundial, nos mantendo. Não é só o futebol feminino que passa por isso, é o esporte em geral.

Há quantos anos vocês estão na Marinha?

Maycon: Estou há seis anos. Estou indo para o sétimo. Para mim, é um prazer estar aqui. A Marinha abriu uma porta para o futebol feminino que estava fechada. Então, sempre vemos aqui uma luz no final do túnel. O projeto que temos aqui é maravilhoso. Em clube de futebol feminino, é difícil ter o que temos aqui dentro.

Tânia: Estou há cinco anos. Vou fazer seis anos em fevereiro. A Marinha é o sonho de qualquer ser humano, colocar uma farda. De suma importância, por ter aberto as portas para o futebol feminino. Só temos a agradecer, por tudo o que eles fazem por nós. A estrutura aqui, nem times de primeira ou segunda divisão às vezes, tem. A Marinha está de parabéns pela continuidade do projeto, não só do futebol, mas de vários esportes também. Agora, mais uma alegria que a Marinha nos dá, fazendo esse contrato com o Flamengo.

Com multa em contrato, Pará e Erazo(duas merdas) não encaram seus ex-times no sábado


Pará Flamengo (Foto: Ivan Raupp)
Contratado por empréstimo junto ao Grêmio no início do ano, o lateral-direito Pará não entrará em campo no jogo contra seu ex-time, neste sábado, pelo Campeonato Brasileiro. O contrato prevê uma multa de R$ 500 mil ao Flamengo em caso de utilização do camisa 21. E também haverá desfalque do lado tricolor. O zagueiro Erazo está emprestado ao clube pelo Rubro-Negro, com quem tem vínculo até janeiro, e o contrato tem a mesma multa prevista caso o equatoriano seja utilizado.

O mesmo aconteceria ainda com o zagueiro Bressan, também emprestado pelo clube gaúcho ao carioca, só que ele está com a seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos.

Pará vinha sendo reserva, mas atuou como titular na vitória por 2 a 0 sobre o Náutico, na Copa do Brasil, uma vez que Ayrton já jogou pelo Palmeiras e não pode mais competir por nenhum outro time na competição. O jogador teve boa performance e ganhou um pouco de crédito com a torcida, que recentemente pegou muito no seu pé. Agora Pará sai de cena contra o Grêmio, pelo Brasileirão, e Ayrton deve reassumir o posto. Erazo, por sua vez, foi titular nos últimos jogos do Tricolor.

Com 13 pontos em 13 jogos, o Flamengo ocupa a 15ª posição do Brasileirão e tenta se afastar de vez da zona de rebaixamento. O Grêmio é o quarto da tabela, com 26 pontos, o dobro do Rubro-Negro. Será a estreia de Guerrero no Maracanã. O duelo está marcado para as 18h30 (de Brasília) deste sábado.

Projeto da Sul-Minas com dupla Fla-Flu se espelha em formato da Champions


Copa Sul-Minas (Foto: Divulgação Coritiba)O projeto de reeditar a Copa Sul-Minas com a dupla Fla-Flu ainda é embrionário, mas a ideia é que o torneio seja semelhante ao formato da Champions Legue, a liga dos campeões da Europa, com 12 times e uma final realizada por um jogo e que pode acontecer fora da cidade dos times envolvidos. 

Inicialmente, a proposta é que a competição seja realizada no primeiro semestre em 16 datas, com 12 participantes, sendo dois clubes fixos de cada estado participante e mais duas vagas classificatória pelo desempenho dos estaduais. 

No formato, Coritiba, Atlético-PR, Internacional, Grêmio, Cruzeiro, Atlético-MG, Fluminense e Flamengo já estariam no campeonato. As vagas dos times catarinenses ficariam a cargo de definição posterior entre as equipes que estão na Série A. 

Na fase de classificação, a previsão é dividir o torneio em duas chaves de seis times, com todos jogando entre si e mandantes definidos em sorteio. Dessa fase, quatro clubes se classificam de cada lado e disputam as quartas de final (ida e volta), depois semifinal e, por fim, uma final única em uma cidade pré determinada e com um grande show de encerramento. 

O coordenador do projeto e vice-presidente do Coritiba, André Macias, contou que no momento de apresentação do projeto para os clubes, em reunião realizada na última quinta-feira, em Curitiba, todos os dirigentes se mostraram satisfeitos com o regulamento, mas que tudo ainda está muito "cru". 

- O projeto está no início, muitas coisas podem mudar de acordo com as dificuldades que apareçam pela frente. Mas todos os dirigentes se mostraram satisfeitos com a ideia inicial. Não houveram objeções. E isso é muito positivo para que a Copa se torne real - declarou o dirigente. 

Outros detalhes de disputa serão apresentados em uma nova reunião agendada para o dia 24 de julho, na próxima sexta-feira, em Balneário Camboriú, Santa Catarina. A tendência é que neste novo encontro os representantes do Internacional e Grêmio estejam presentes.

Reuniões, WhatsApp e poder no futebol: o Conselho Gestor do Flamengo


Quando Alexandre Wrobel deixou a vice-presidência de futebol do Flamengo, no início de junho, não foi substituído por outra pessoa, e sim pelo chamado Conselho Gestor de Futebol. A medida praticamente eliminou as dúvidas sobre o poder do grupo nessa área. O discurso oficial dá ao diretor executivo Rodrigo Caetano a chancela sobre as principais decisões, mas a realidade foge da teoria. São os integrantes do Conselho - advogados, economistas e administradores - que têm ditado os rumos do futebol rubro-negro.

Respaldados pelos sucessos nas finanças e a redução das dívidas, o grupo esbarra na inconsistência dos resultados no futebol. Desde 2013, foram três diretores executivos, sete treinadores e dois títulos - Copa do Brasil de 2013 e Carioca de 2014. No Brasileirão, flerte constante com a zona de rebaixamento e nenhuma aparição no G-4 em 89 rodadas de comando.


Modo de atuação
 
INFO - Instagram do Flamengo (Foto: GloboEsporte.com)O Conselho Gestor de Futebol se reúne periodicamente para discutir planejamento, orçamento e metas direcionadas ao setor. Além dessas reuniões, os integrantes se comunicam frequentemente por WhatsApp. O grupo, chamado "Conselho Futebol" e com uma camisa do Flamengo como “foto de perfil”, também serve para a tomada de decisões.

De forma oficial, são sete membros: Eduardo Bandeira de Mello (presidente), Rodrigo Tostes (vice de finanças), Fred Luz (diretor geral), Rodolfo Landim (vice de planejamento), Alexandre Póvoa (vice de esportes olímpicos), Alexandre Wrobel (agora apenas membro do conselho) e Rodrigo Caetano (diretor executivo de futebol). Mas o curioso é que Rodrigo Caetano não tem WhatsApp e somente às vezes participa das reuniões.

O regime do Flamengo é presidencialista, mas as decisões em todas as áreas do clube são tomadas em colegiado, sistema anunciado desde o início do mandato de Bandeira, em 2013. Isso faz com que o voto do presidente tenha o mesmo peso do voto do vice de esportes olímpicos, por exemplo, na hora de tomar uma decisão sobre o futebol.

- O Conselho Gestor é uma coisa que existe em todas as empresas. É uma forma de você entregar as decisões estratégicas de uma empresa, no caso o futebol do Flamengo, a um conjunto de conselheiros com competência e que deixam todas as decisões operacionais a cargo do diretor executivo. É o que funciona nas grandes empresas. Por que não vai funcionar no Flamengo? O Rodrigo Caetano é o diretor executivo, e os conselheiros são os que dão conselhos, exercem uma função semelhante à de um conselho de administração numa sociedade anônima. Claro que guardadas as devidas proporções - explicou Bandeira de Mello.

Nas “devidas proporções” citadas pelo presidente apoiam-se as críticas. Em vez de um conselho formado por experts na operação da "empresa Flamengo" - no caso, o futebol -, há torcedores fanáticos de perfis diferentes, mas basicamente ligados à área financeira. Os dirigentes têm pouco conhecimento do pantanoso mercado futebolístico e precisam de ajuda para ambientar-se. O CEO Fred Luz, por exemplo, pediu ajuda ao coaching Fernando Gonçalves, ex-Traffic, para aproximar-se de alguns empresários.

A paixão provoca atitudes drásticas. Em 2013, o então vice de futebol Wallim Vasconellos, com respaldo do Conselho, demitiu Renato Abreu pelo site oficial antes de avisá-lo. A atitude gerou uma ação na Justiça e um acordo pago à vista de R$ 2,5 milhões para encerrar o processo.

A situação causa embaraço a treinadores e diretores executivos. Eles sentem-se desprotegidos e constantemente “queimados” por não terem decisões avalizadas. Um dos profissionais que já passaram pelo clube classificou a relação como “esquizofrênica”.

- Se der certo, mérito do Conselho Gestor. Se der errado, culpa do departamento de futebol - resumiu.

Braço direito do presidente, Rodrigo Tostes é quem mais tem feito a ligação entre o departamento de futebol e a diretoria. Embalado pela grande melhora do clube nas finanças, tem se fortalecido internamente a cada dia mais. Hoje ele é o mais próximo da figura de um vice-presidente da pasta. O problema é que Tostes pouco vai ao Ninho do Urubu, assim como os outros vice-presidentes. Apenas Bandeira e Fred Luz aparecem vez ou outra no centro de treinamento. E isso acabou configurando distanciamento entre o Ninho e a Gávea, sede social do clube.

A saída de Luxa

A maior polêmica entre as partes ocorreu na demissão de Vanderlei Luxemburgo, no fim de maio, quando Wrobel ainda era o vice de futebol. Na ocasião, o treinador teve a saída definida pelo Conselho Gestor de Futebol, sem a participação de Rodrigo Caetano, que só ficou sabendo da decisão ao chegar de viagem com a delegação após a derrota por 2 a 1 para o Avaí. O episódio gerou um grande mal-estar nos bastidores. Fred Luz deu a versão sobre os fatos e negou que o diretor executivo não estivesse de acordo com a demissão.

- Isso não é exatamente assim. Na verdade, todas as questões do futebol são discutidas continuamente. Então, havia discussões sobre o Vanderlei, sim, inclusive sobre a possibilidade de ele sair. Quando houve o interesse do São Paulo, ali foi uma possibilidade de o Vanderlei sair, por iniciativa dele próprio. Em qualquer lugar, você está sempre discutindo sobre as pessoas que você tem. O ideal é manter as pessoas, porque o custo de trocar é muito alto. Perde-se um tempo muito grande. Esse nosso elenco tem uma influência razoável do Vanderlei nas decisões lá atrás. Ele participou das discussões de montagem de elenco. O que a gente ainda não conseguiu foi uma estabilidade no futebol. Mas o Rodrigo se encaixa muito bem dentro desse nosso modelo, no meu ponto de vista. Não é que o Rodrigo não soubesse de nada, não tivesse insatisfação com o Vanderlei. Tinha. O que não tinha era aquela decisão do último momento para tomar. Tinha um conversa em andamento. Nada se decide do dia para a noite. Se o Rodrigo fosse radicalmente contra a saída do Vanderlei... Para tirar o técnico contra a vontade do diretor de futebol, a gente tem que tirar o diretor de futebol, né?

Eduardo Bandeira de Mello Flamengo treino Gávea (Foto: Cahê Mota) 
Bandeira de Mello e Fred Luz, na linha de frente, acompanham treino na Gávea (Foto: Cahê Mota)

Pouco tempo depois da demissão de Luxemburgo, deu-se a saída de Wrobel da vice-presidência de futebol. O Flamengo enviou nota oficial na ocasião, sem dar maiores explicações sobre o assunto. Wrobel, que deixou o cargo principalmente por problemas pessoais, até hoje não tem cargo definido no clube, apesar de ser membro do Conselho Gestor do Futebol. E ele nem pretende assumir outra pasta.

"O Clube de Regatas do Flamengo informa que a partir desta terça-feira (09/06), os trabalhos do dia a dia da vice-presidência de futebol passarão a ser exercidos diretamente pelo Conselho de Gestão do Futebol, com a liderança do presidente Eduardo Bandeira de Mello e do vice-presidente de finanças Rodrigo Tostes e a participação dos vice-presidentes Alexandre Póvoa, Rodolfo Landim e Alexandre Wrobel, além do diretor-geral do Flamengo, Fred Luz, e do diretor-executivo de futebol, Rodrigo Caetano", dizia o comunicado.

O mesmo Luxa, no fim do ano passado, ainda na gestão do ex-diretor executivo Felipe Ximenes - que fazia parte do tal grupo de WhatsApp -, teve a continuidade no cargo decidida por meio de uma apertada votação do conselho: 4 a 3 a favor da permanência. Meses depois, já na era Caetano, quando foi demitido, o treinador detonou seus gestores.

- A diretoria tem pessoas sérias, mas na relação de propostas ela é complicada. O Flamengo trabalha com grupo de gestores. Nós, eu e o Rodrigo Caetano, contratados, não somos ouvidos. O grupo resolve as coisas e não sabe nada de futebol. Podem ser competentes nas suas empresas. O Caetano fica de pés e mãos atados. Esse grupo veta tudo. Que experiência (os dirigentes) têm em futebol? Eles ganham prêmio, saem no NY Times, mas têm que ganhar prêmio no futebol, e o Flamengo é futebol.

Renovação de contrato esbarra no Conselho

Outro caso ocorrido neste ano foi a frustrada renovação contratual de Samir. Rodrigo Caetano acertou a prorrogação do vínculo do zagueiro, alvo do futebol europeu, e um aumento salarial. As partes redigiram o contrato, mas o Conselho Gestor de Futebol vetou. Caetano desgastou-se com o empresário e com o próprio jogador.

Por motivos semelhantes, Felipe Ximenes, demitido ainda em 2014 após seis meses no cargo, deixou o Flamengo bastante chateado com o Conselho. O fato é que uma simples renovação de contrato passa pelos conselheiros, apesar de já existir um orçamento pré-definido, enquanto algumas decisões são modificadas e irritam jogadores e comissão técnica. Segundo Fred Luz, as decisões do futebol não podem prejudicar outras áreas, principalmente no que se refere à parte financeira.

- O Conselho tem a missão de cuidar para que as decisões do futebol não afetem negativamente outras áreas do clube. Cuidar para que as decisões do futebol sejam consistentes com os objetivos do clube. Você não consegue separar a parte técnica da financeira. O Rodrigo faz um mapeamento do elenco buscando entender as oportunidades de melhoria. Você diminui despesas tirando atletas, e aumenta despesas trazendo outros atletas. A grosso modo, definimos um orçamento para o ano. Mas o ano vai passando, e eventualmente você tem receitas maiores ou menores do que estava prevendo, aí tem revisões de orçamento. Ele sempre sabe quanto poderá gastar se precisar reforçar o time. Agora, quando começa a discutir valores muito relevantes, tanto para compra quanto para venda, nenhuma empresa deixa essa decisão na mão de uma pessoa só. Então, tem um debate, que começa dentro do departamento de futebol. E esses assuntos normalmente são levados ao conselho de futebol. É uma forma de dividir mais, entender melhor como o futebol deseja fazer as coisas. E depois acompanhar o que está sendo feito, se os resultados estão ou não acontecendo de acordo com aquilo que foi programado - afirmou o diretor geral.

Recentemente, um flagra do GloboEsporte.com mostrou uma troca de ideias entre Alexandre Póvoa e Bandeira de Mello. Após uma mensagem em que elogiava a atitude do time na vitória contra o Internacional por 2 a 1, no Beira-Rio, o vice de esportes olímpicos questionou o presidente sobre a legalidade da cobrança de uma multa caso o acordo para a não utilização de Guerrero contra o Corinthians, no último fim de semana, fosse quebrado. Bandeira respondeu ao dirigente indagando se, mesmo que a multa fosse ilegal, valeria a pena comprar a briga, e ponderou ainda se o peruano se sentiria à vontade para jogar nessa situação. Ele afirmou ainda que o clube paulista tinha um bom argumento pelo fato de que se comprometeu a pagar o restante do contrato do jogador, que se encerraria no meio de julho. Guerrero ficou fora do jogo.

Luxemburgo Rodrigo Caetano Wrobel Flamengo (Foto: Vicente Seda) 
Alexandre Wrobel, Vanderlei Luxemburgo e Rodrigo Caetano (Foto: Vicente Seda)
 
Rodrigo Caetano é o terceiro a ocupar o cargo de diretor de futebol desde o início da gestão de Bandeira. Antes dele e de Felipe Ximenes, o responsável pelas tarefas do futebol era Paulo Pelaipe. E este, que ficou um ano e meio na função, também passou por momentos onde não foi consultado pelo Conselho Gestor.

No fim de 2013, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, então vice de marketing e figura das mais influentes no Conselho, procurou Abel Braga e o convidou para ser treinador do Rubro-Negro sem avisar a Pelaipe. E o ex-diretor foi voto vencido na época em que o clube trouxe Jorginho para ser o técnico, em março daquele mesmo ano, uma vez que preferia Alexandre Gallo.

Por causa da irregularidade, Cristóvão Borges corre risco de ser demitido em breve. Ele conta com apoio irrestrito de Bandeira de Mello e Rodrigo Caetano, mas não é unanimidade entre os conselheiros. E, como a maioria é quem decide, o treinador pode não seguir no clube, apesar de ter a confiança das duas figuras que na teoria seriam as mais importantes do futebol rubro-negro.

Os conhecimentos financeiros e administrativos de membros do Conselho Gestor, formado em sua maioria por economistas e advogados com invejáveis currículos, de fato aliviaram muito as contas do Flamengo nos últimos anos. Mas o futebol não apresentou o mesmo resultado positivo e a torcida começa a demonstrar impaciência.

Flamengo planeja retorno de Paulo Victor para o jogo contra o Goiás, dia 26

Paulo Victor está bem perto de retomar seu posto na meta rubro-negra. O goleiro, que fraturou a fíbula da perna direita durante treino no Ninho do Urubu um mês atrás, está evoluindo bem na recuperação, até mais rápido do que se esperava, e já tem trabalhado com bola no campo, aumentando a intensidade de forma gradual. Exames mostraram que a calcificação óssea está completa. Com isso, a expectativa da comissão técnica é que ele retorne ao gol do Flamengo contra o Goiás, no dia 26 de julho, no Serra Dourada, pela 15ª rodada do Brasileirão. A tendência é que o camisa 48 seja liberado para treinar normalmente com o grupo na semana que vem.

Paulo Victor tem treinado com bola no campo (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo) 
Paulo Victor tem treinado com bola no campo (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

PV está fora há sete jogos, e o jovem César teve de assumir responsabilidade em meio à grande pressão vivida pelo Fla, que está em situação ruim no Campeonato Brasileiro. Após algumas falhas e atuações inseguras, César enfim teve uma performance elogiada na última quarta-feira, quando fechou o gol com defesas difíceis e garantiu a vitória por 2 a 0 sobre o Náutico em Recife e a classificação às oitavas de final da Copa do Brasil. Após a partida, o técnico Cristóvão Borges elogiou o goleiro.

Com 13 pontos em 13 jogos, o Flamengo ocupa a 15ª posição do Brasileirão e tenta se afastar de vez da zona de rebaixamento. Neste sábado, ainda com César, o time enfrenta o Grêmio, que por sua vez é o quarto da tabela, com 26 pontos, o dobro do Rubro-Negro. Será a estreia de Guerrero no Maracanã. O duelo está marcado para as 18h30 (de Brasília).

Focado em subir na tabela, Flamengo antecipa concentração para quinta



O Flamengo tem o costume de se concentrar para os jogos na véspera ou até mesmo no próprio dia da partida, como já aconteceu algumas vezes no começo do ano. Para o duelo de sábado contra o Grêmio, no entanto, a concentração foi antecipada para esta quinta-feira à noite. Tudo para aumentar o foco na recuperação dentro do Campeonato Brasileiro.

A delegação chegou ao Rio de Janeiro no início da manhã, após derrotar o Náutico em Recife na noite de quarta, pela Copa do Brasil, e cada um foi para sua casa descansar, uma vez que não houve treino. Mais tarde, eles se encontraram no hotel onde o clube sempre se hospeda, na Barra da Tijuca. Na sexta, todos se deslocarão juntos para o treino no Ninho do Urubu, voltando em seguida para a concentração.

Com 13 pontos em 13 jogos, o Flamengo ocupa a 15ª posição do Brasileirão e tenta se afastar de vez da zona de rebaixamento. O Grêmio, por sua vez, é o quarto da tabela, com 26 pontos, o dobro do Rubro-Negro. Será a estreia de Guerrero no Maracanã. O duelo está marcado para as 18h30 (de Brasília) deste sábado.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Por retomada da química com torcida, Caetano pede carinho aos jogadores


Jorge Gol Náutico x Flamengo Arena Pernambuco (Foto: Jean Nunes/Agência Estado)
Após a vitória de quarta-feira sobre o Náutico e a classificação às oitavas de final da Copa do Brasil, o Flamengo espera enfim engatar uma sequência positiva na temporada. Contra o Grêmio, neste sábado, o time busca também se recuperar em casa no Campeonato Brasileiro - foram seis jogos no Maracanã, com quatro derrotas, uma vitória e um empate. Para isso, o diretor executivo de futebol do Rubro-Negro, Rodrigo Caetano, pede que a torcida tenha mais carinho com os jogadores, que vinham sendo bastante criticados ultimamente.

- O que acho importante é que ficou uma coisa nítida de que nossos atletas hoje, alguns tantos, carecem de um pouco até de carinho. Ao que me refiro? Os números estão aí. Infelizmente o nível de ansiedade nos impossibilita muitas vezes de buscar logo essa recuperação e faz com que alguns atletas acabem jogando abaixo do seu nível, principalmente nos jogos dentro de casa. Então, peço ao torcedor, que sei que nos acompanha, para que realmente apoie nossos jogadores. Houve muito disse me disse nas últimas semanas, inclusive até uma cobrança pela forma de cobrar. Não estou aqui me justificando, estou simplesmente defendendo os atletas que muitas vezes ficam rotulados por um deslize, por um erro. Que o torcedor tenha a certeza, e falo diretamente para ele, que nós temos um método peculiar. Nossas cobranças e nosso método de trabalho vão permanecer do mesmo jeito que já foram em outros clubes, só que jamais jogando para a galera, sem ficar expondo nossos atletas - disse, após a vitória sobre o Náutico por 2 a 0.

O deslize a que o dirigente se refere é uma foto que vazou na internet com alguns jogadores se divertindo numa festa e com cerveja em mãos em meio à má fase do Flamengo. Aparecem no registro Marcelo Cirino, Pará, Paulinho, Everton e Anderson Pico. Torcedores se revoltaram com a atitude dos atletas e usaram a foto para espalhar cartazes nos muros da Gávea, protestando contra os resultados e as atuações do time. Rodrigo Caetano garantiu que os envolvidos foram cobrados internamente e, em busca da retomada da química entre torcedores e jogadores, pediu para que essa página seja virada.

pichação Gávea Flamengo (Foto: Marcelo Baltar)- Precisamos de todos eles, principalmente aqueles que foram criticados por vazar uma foto. Eles sabem que tiveram o erro, isso foi conversado internamente. Só peço que essa página seja virada de uma vez por todas, porque o Flamengo precisa de todos eles. Todos já têm serviços prestados ao Flamengo e outros ainda vão ter muita história bonita para construir dentro do clube. Então, acho que essa química deve retornar o mais breve possível, porque o Flamengo é forte no Maracanã com o torcedor, e o torcedor tem comparecido até em maior número do que imaginávamos, mas acho que está na hora de recuperarmos essa química entre atletas e torcida. E espero que seja a partir de sábado.

Caetano disse entender o alto nível de cobrança que existe no Flamengo. Ele sabe que a paciência de torcedor é pequena e busca entender também o lado das arquibancadas.

- A cobrança é natural pela expectativa. Se a cobrança já é grande em cima de um clube qualquer, que dirá em cima do Flamengo. É o clube de maior torcida do Brasil, quiçá do mundo. É natural que todos nós que temos cargo de responsabilidade sejamos cobrados. O nosso Campeonato Brasileiro é ruim ainda e, quando os resultados não vêm, carece de uma recuperação imediata. O trabalho do dia a dia nos aproxima dessa recuperação. Mas é natural que o torcedor nem tenha a obrigação de ter a tolerância que nós pedimos.

Negociação por Felipe Melo

O diretor executivo de futebol ainda comentou a negociação frustrada por Felipe Melo. A diretoria do Flamengo chegou a se reunir duas vezes com o volante do Galatasaray-TUR, que havia manifestado desejo de voltar ao Brasil e ao clube que o revelou, mas os valores pedidos por ele ficaram muito além do que o Rubro-Negro pode oferecer.

- Houve a tentativa do Flamengo. É nossa obrigação, pelo jogador que é, pela identificação que tem com o clube. A primeira reunião foi comigo, quando ainda estávamos no Rio, e a segunda teve a participação do presidente e demais membros da diretoria. Todo mundo sabe da filosofia atual do Flamengo, de austeridade e principalmente responsabilidade. E os números ficaram distantes, o que não invalida de forma alguma a tentativa do Flamengo nem o interesse do atleta. Mas neste momento os números são distantes daquilo que a gente pode cumprir.

O Flamengo volta a campo neste sábado, às 18h30 (horário de Brasília), contra o Grêmio, na estreia de Guerrero no Maracanã. O jogo é válido pela 14ª rodada do Brasileirão. O Rubro-Negro ocupa atualmente a 15ª posição do campeonato, com 13 pontos, enquanto os gaúchos estão no quarto lugar, com 26 pontos, o dobro do adversário.

Efeito Sheik e Guerrero: Flamengo bate recorde de sócios-torcedores


guerrero e sheik (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)A contratação de dois jogadores de peso parece ter dado vida nova ao programa de sócio-torcedor do Flamengo. Foram mais de 10 mil adesões após as chegadas de Emerson Sheik e Paolo Guerrero. Nesta sexta-feira, o Nação Rubro-Negra registrou 64.068 associados (às 19h), superando seu recorde anterior, de 64.019, conquistado em abril de 2014, quando o clube estava envolvido na disputa da Libertadores.

No início do mês, em entrevista ao GloboEsporte.com, o diretor de marketing do Rubro-Negro, Bruno Spindel, confirmou que a chegada da dupla, de fato, representou forte impacto no número de associações.

- O anúncio da contratação do Guerrero teve sim um impacto no crescimento, que acreditamos que será ainda maior quando ele começar a jogar. Mas o programa vem com tendência de crescimento desde o início do ano, em janeiro, com o início da temporada. Tivemos diversas iniciativas para isso, desde a reformulação do site oficial no final de 2014, passando pelo Kit Sócio-Torcedor em bancas de jornal, ampliação das experiências exclusivas para os sócios-torcedores e da rede de parceiros de descontos, ações de venda nas dezenas de lojas oficiais do clube, trabalho de telemarketing, mídia mobile e campanhas em redes sociais e outros canais do clube. Tudo isso, junto ao ganho de credibilidade que o Flamengo vem tendo nos últimos anos, somou-se para a consolidação do programa, que mantém seu bom resultado mesmo em momentos mais complicados em campo. E é claro que, quando o torcedor se anima com o time, o impulso é ainda maior - disse Spindel.

Nos últimos quatro meses, abril e maio foram deficitários em adesões, enquanto junho e julho altamente positivos.

"O Guerrero chegou": peruano vira funk já após segundo jogo pelo Flamengo

Adriano, Petkovic, Vagner Love, Ronaldinho Gaúcho e agora Guerrero. O peruano acaba de entrar para o time dos rubro-negros que viraram funk. No desembarque posterior ao seu primeiro jogo pelo Flamengo, no qual marcou e o time venceu o Inter por 2 a 1, torcedores cantavam "Acabou o caô, o Guerrero chegou". Tratava-se de uma paródia à música "O General Chegou", de MC G3.

G3 gostou da nova versão e adaptou a letra original de forma integral. Rubro-negro, o funkeiro aprovou o refrão feito pela torcida.

- Me sinto muito feliz em ver a torcida do Flamengo cantando a minha música para o Guerrero. Ele veio para trazer alegrias para a nossa torcida. Vi nas redes sociais que cantaram no aeroporto quando ele chegou. Achei muito legal.

Guerrero (Foto: Marlon Costa (Pernambuco Press)) 
Guerrero já virou funk poucos dias após a chegada ao Flamengo (Foto: Marlon Costa (Pernambuco Press))
 
Confira a letra:

"Acabou o caô! O Guerrero chegou! O Guerrero chegou!

Já ouvi o barulho da Raça
Que aos poucos vai levantando a massa
Bate o repique e o barulho do surdão
O Maraca estremece com a torcida do Mengão

Com o som da Jovem ninguém vai ficar parado
Nós vamos numa só voz e o Maraca avermelhado
E acabou o caô...

Acabou o caô! O Guerrero chegou! O Guerrero chegou!"

Contrariada com interesse de Fla e Flu em Sul-Minas, Ferj não crê em aval da CBF


Rubens LopesA Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) não aprova a participação de Flamengo e Fluminense em um eventual resgate da Copa Sul-Minas, em movimento iniciado pelo Coritiba. Representantes de clubes do Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul (por conferência) participaram de uma reunião nesta quinta-feira, que também teve enviados da dupla carioca, que vive racha com a entidade estadual.

Embora o vice-presidente do Coxa, André Luiz Macias, diga que ouviu do presidente da CBF, Marco Polo del Nero, que se for bom para os clubes irá aprovar, para os clubes cariocas, que mostraram interesse mas não pertencem ao eixo da competição, a situação pode ser diferente. De acordo com a Ferj, a decisão é da CBF, mas a entidade "acha improvável que a entidade máxima do nosso futebol acompanhe essa ideia".

O presidente da Ferj, Rubens Lopes, recentemente esteve na CBF e almoçou na sede da entidade. Mas a assessoria da Ferj não confirma se foi esse o tema tratado. A entidade reforçou que, de qualquer forma, uma autorização para participar da competição não isentaria Flamengo e Fluminense da obrigação de disputar o Campeonato Carioca e que as sanções por esse tipo de infração seriam "extremamente severas".