sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Personalidade de Jorge impressiona Júnior, que pede integração com base



Em tempos de crise econômica, nada melhor do que recorrer à base para superar a falta de opções viáveis financeiramente no mercado. E para o time que tem como lema "craque o Flamengo faz em casa", essa alternativa deve ser sempre uma busca constante. No entanto, no time titular rubro-negro atual, apenas o goleiro Paulo Victor, o zagueiro Samir e o lateral-esquerdo Jorge são absolutos em suas posições e oriundos das categorias de base do clube. 

De acordo com o comentarista Júnior, a maturidade que o jovem lateral de apenas 19 anos apresenta durante as partidas no Campeonato Brasileiro é impressionante. Para o ex-jogador, profundo conhecedor da posição, a entrada de Jorge no time do Flamengo encerrou uma busca de longo tempo. 

Jorge, Flamengo x Bangu (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)- O que mais me impressiona no Jorge é a personalidade que demonstra. Para ele, está jogando nos profissionais como jogava nos juniores, como na seleção sub-20, a mesma coisa. Ele faz as mesmas jogadas, é um cara que conhece a posição. Falo sempre que o jogador quando faz a cobertura em diagonal, nas costas, no quarto zagueiro, é porque o cara conhece a posição. Quem está improvisado, nunca jogou ali, fica esperando para ver o que vai acontecer. O Jorge faz essa cobertura com precisão - comentou o Maestro, no Seleção SporTV.

Também presente no programa, Milton Leite questionou a demora da comissão técnica do Flamengo em fazer a transição de Jorge da equipe sub-20 para o time profissional. Para o narrador, é difícil entender como o Flamengo perdeu tempo em experiências de risco na posição com Anderson Pico, Thallysson e até o colombiano Pablo Armero, quando havia a solução ideal na categoria de base. 

- O Flamengo trouxe o Armero porque acreditava que precisava de um lateral-esquerdo. Ninguém conhecia o Jorge? A minha questão é que o Jorge entrou, é titular absoluto e ninguém sabia do histórico dele na categoria de base? Não tem uma estrutura, um organograma, uma pessoa que passe a informação da base para o técnico dos profissionais? - questionou.

Formado nas categorias de base do Flamengo, Júnior concorda que parece não haver uma integração entre as comissões técnicas do profissional e time sub-20. Para o ex-jogador, a alegação de que há um "risco" em colocar um atleta tão novo não se sustenta, ainda mais levando-se em conta as contratações de qualidade duvidosa para a equipe.

- Pelo menos no caso do Jorge, não existe uma ligação muito forte entre a categoria de base e o futebol dos profissionais. A estreia do Jorge foi na despedida do Leonardo Moura, jogando 15, 20 minutos, e dava para ver no comportamento dele que tinha personalidade. E você não pode pegar um garoto e colocar nos profissionais para ser a solução. Tem que ser uma alternativa. Agora, se já testou tantos outros que não deram certo, por que não testar o garoto da base? Porque, nessa situação, você não está jogando o garoto na fogueira, mas sim, dando uma oportunidade a alguém que já fez alguma coisa nos juniores - concluiu.

 
 
 

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