As
últimas semanas se mostraram positivas para as pretensões do Flamengo
em ter sua arena multiuso, que será a casa do basquete e de outras
modalidades, na sede da Gávea. No período, três reuniões foram
realizadas. A primeira marcada pelos vice-presidentes de Patrimônio,
Wallim Vasconcellos, e de Esporte Olímpicos, Alexandre Póvoa, com o
secretário de Esportes do Rio de Janeiro e ex-diretor de futebol do
Rubro-Negro, Marcos Braz. Na segunda-feira, mais um encontro com o
subsecretário administrativo e financeiro da Casa Civil do município,
Guilherme Schleder, e, nesta terça, outro com o prefeito Eduardo Paes.
Em todas as reuniões, o sentimento é de que o projeto "vai andar".
-
Estamos muito confiantes porque o prefeito já se declarou diversas
vezes, publicamente, a favor do projeto, e todos os secretários com quem
conversamos entenderam a necessidade de termos um ginásio de porte
médio na cidade, se possível já pronto para as Olimpíadas. Contamos
agora com eles, já que a cidade olímpica já conta com o Flamengo. Nós
fazemos reuniões periodicamente com as autoridades. Estivemos com o
Secretário Marcos Braz na sexta passada (...) Descrevemos toda a
importância do mesmo para a cidade e de todas as dificuldades que
equipes de alto nível como o basquete do Flamengo e o vôlei da Unilever
(Rio de Janeiro) têm passado por conta da inexistência de um ginásio de
médio porte em plena Cidade Olímpica. O Secretário Marcos Braz nos
recebeu com enorme gentileza e passou a nos prestar total apoio.
Imediatamente marcou uma segunda reunião, na segunda-feira com o
Secretário – Chefe da Casa Civil Guilherme Schleder, para falar dos dois
assuntos. Foi outro ótimo encontro, onde apresentamos todo o histórico e
documentação do projeto. Todos concordaram de como seria importante
viabilizá-lo, rigidamente dentro dos trâmites legais, para que fique
pronto até meados de 2016, para que possa ser usado para o treinamento
de seleções que estejam no Rio de Janeiro. Se houver celeridade na
aprovação, ainda dá tempo. Eles teriam uma reunião em breve com o
prefeito Eduardo Paes para tratarem da questão - respondeu Póvoa, por
e-mail.
Imagem mostra como ficará a quadra da arena multiuso (Foto: Divulgação)
Pndências
Dentre as últimas aprovações de que o clube precisava para o início das
obras, uma já está garantida, a do Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan). Agora, ainda restam quatro liberações para
que o sonho vire realidade: Secretaria de
Urbanismo, CET-Rio, Corpo de Bombeiros e Secretaria do Meio Ambiente.
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Falta a aprovação desses quatro órgãos ligados à Prefeitura e a
expedição do alvará para começarmos as obras imediatamente, em um
projeto que será financiado integralmente por recursos privados - disse
Póvoa, lembrando que o projeto já está correndo na CET-Rio, será
enviado ainda nesta semana aos Bombeiros e só entrará na secretaria de
Meio Ambiente quando as três aprovações anteriores estiverem 100%
fechadas.
Projeto da arena multiuso está mais perto da aprovação (Foto: Divulgação)
Mesmo
no estágio de análise do processo, Marcos Braz também adotou o tom
otimista de Póvoa e disse acreditar que um moderno ginásio, com
capacidade para 3.500 torcedores, será importante para a cidade do Rio
de Janeiro.
- Estou bastante animado. O
prefeito não faz qualquer objeção à arena, mas claro que tudo tem que
ser feito dentro da lei. Não existe pressão, existe conversa. A
secretaria de esportes está levantando toda a documentação para que o
processo caminhe para um final feliz. A questão não é
clubística. Se o projeto fosse do Vasco, eu também ajudaria. O Rio de
Janeiro não tem uma arena deste tipo, que pode ser utilizada para três
esportes (futsal, handebol e basquete). Temos a Arena da Barra, que é
cara, e o Maracanãzinho, que custa R$ 300 mil para um evento simples. O
ginásio do Tijuca, que é agradabilíssimo, infelizmente tem problemas
estruturais. O Rio de Janeiro precisa dessa arena na Gávea - disse o
político, que preferiu não estipular prazo para o surgimento da nova
instalação na sede da Gávea.
Relação com a associação de moradores
Contrária
a alguns projetos no local, como o shopping idealizado em 1996 pelo
então presidente do Flamengo Kleber Leite, a associação de moradores do
Leblon não deverá ser um empecilho desta vez. Em conversa com a
reportagem do GloboEsporte.com, a presidente da AMA-Leblon, Evelyn
Rosenzweig, declarou ver com bons olhos a construção da arena, por ter
uma finalidade esportiva. Porém, pede contrapartidas ao bairro.
-
Nós somos contra a construção do shopping, que é finalidade comercial,
desviando da finalidade do terreno. A arena, seja de basquete ou outra, é
uma atividade desportiva e não podemos ser contra. Pode ser algo bom
para o bairro do Leblon, que precisa de revitalização. Mas o bairro
precisa de uma contrapartida. O que o patrocinador vai dar em troca? O
Leblon está caindo
aos pedaços. No entorno do clube tem escuridão, falta de segurança,
escolas precisando de
melhorias, calçadas horrorosas, acesso ruim para as crianças. De
qualquer forma, precisamos entender que o clube também é importante para
o bairro. Ninguém quer uma outra selva de pedra ali (conjunto de
prédios localizado em frente do clube). Vi o videozinho do projeto
inicial, com uma arena fechada, bem feita, modelagem moderna. Vejo com
bons olhos. Mas esse é meu entendimento, não posso falar por todos os
moradores do bairro.
Imagem mostra como ficaria a fachada da arena multiuso do Flamengo (Foto: Divulgação)
Segundo
Póvoa, o Flamengo mantém um relacionamento próximo com a associação de
moradores para mostrar o andamento e os benefícios do projeto para a
região.
- Cabe ressaltar que estamos conversando
periodicamente com as associações dos moradores para mostrar a evolução
do projeto, explicar a sua importância e os enormes benefícios que o
mesmo trará para o bairro. A concepção arquitetônica externa e a
modernidade do equipamento certamente irão fazer daquele ponto mais uma
atração turística na cidade, tão carente de espaços esportivos dessa
estirpe. Lembrar também que, até as Olimpíadas, duas estações de metrô, a
apenas duas quadras do ginásio, estarão em pleno funcionamento e serão
usadas pelo público, como ocorre o acesso a praças esportivas em
qualquer cidade civilizada do mundo, com o mínimo de impacto para o
trânsito (ainda contando com todas as vagas do próprio Flamengo, Lagoon e
dos clubes no entorno), além dos ônibus na Lagoa, Ataulfo de Paiva e
Jardim Botânico.
A arena multiuso, com capacidade para
cerca de 3.500 pessoas, custará cerca de R$ 25 milhões, investimento
que será feito por uma rede de lanchonetes. A contrapartida para o
investidor seria a exploração do ponto comercial privilegiado em todos
os eventos. Ao anunciar o projeto, o clube colocou entre seus objetivos
poder oferecer as novas instalações para delegações envolvidas com as Olimpíadas do Rio, em
2016.
No dia 31 de março de 2015, foram publicadas no Diário Oficial 12 exigências a serem cumpridas pelo Flamengo para poder iniciar as obras. O clube, pouco depois, obteve a liberação do Iphan. Ainda restam, contudo, outros documentos, como o parecer da CET-Rio, que analisará o impacto no trânsito da região.
No dia 31 de março de 2015, foram publicadas no Diário Oficial 12 exigências a serem cumpridas pelo Flamengo para poder iniciar as obras. O clube, pouco depois, obteve a liberação do Iphan. Ainda restam, contudo, outros documentos, como o parecer da CET-Rio, que analisará o impacto no trânsito da região.
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