Os
problemas do Flamengo em 2014 vão além do campo de jogo. Para o
zagueiro Wallace, há uma queda no psicológico da equipe, especialmente
após a eliminação da Copa do Brasil para o Atlético-MG (4 a 1 para o
Galo no Mineirão, após vitória do Fla por 2 a 0 no Maracanã) e do empate
em
2 a 2 com o Sport, no domingo, na última rodada disputada do
Brasileirão.
Na visão do jogador, o problema apenas ficou mais visível
nestes últimos dois jogos nos quais reações dos adversários foram permitidas
pelo Flamengo em situações que pareciam controladas a seu favor. Antes mesmo,
durante o Campeonato Brasileiro, ele já havia percebido como time se
abalava em determinados momentos.
- Isso é muito particular de
cada jogador. Com uns mais, outros menos. Depende da maturidade, de ter
um pouco mais de atenção. Posso falar por mim, não pelos demais. No meu
modo de ver, ao longo da competição, sempre que o time sofria um gol,
ficava abalado. Foi assim com Palmeiras, São Paulo... Contra o
Atlético-MG sentimos muito a parte psicológica quando levamos o segundo
gol. É meio rotineiro. Aqui, tem que ser forte, ou então vai sofrer -
avaliou.
Campeão da Copa do Brasil em 2013, ele chegou
até a fazer uma comparação entre os dois times. Para Wallace, o deste
ano é superior tecnicamente, mas perde na parte psicológica.
- O
time do ano passado tinha jogadores mais rodados. Elias, André Santos,
até o Hernane na fase em que estava. Houve muita mudança, questão de
lesão, isso e aquilo. Mais uma vez, não gosto de falar de forma
individual. Ano passado, no aspecto psicológico, o time era mais forte,
mas tecnicamente o deste ano é melhor - disse.
No
elenco atual, há oito jogadores com contrato encerrando no fim do ano:
Léo Moura, Chicão, Marcelo, João Paulo, Pico, Márcio Araújo, Nixon e
Arthur. Faltam apenas cinco rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro.
No entanto, Wallace acredita que a decisão sobre eles já está tomada.
-
São cinco jogos que podem mudar a vida, como também não. Ao longo da
temporada, talvez não tenha passado um treinador tão democrático quanto o
Vanderlei. Falo por mim, pois já fui assim, pois o jogador tem mania de
achar técnico sacana, que não tem oportunidade. A maioria teve, certo
ou errado, mas teve. Quem mostrou, a diretoria já tem noção de quem deve
ficar, assim como a comissão. Esses cinco jogos podem mudar, mas o
importante é durante a competição. É ver técnica e psicologicamente,
quem é homem acima de tudo. Dói porque a gente faz amigos. Cada um segue
seu rumo - finalizou.
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