O Flamengo conseguiu uma vitória por 2 a 0 sobre o Bonsucesso sem
fazer muita força. Com a chuva e o pouco público (375 pagantes), o time
parecia sonolento no primeiro tempo, que terminou sem gols. No
intervalo, o técnico Jayme de Almeida chamou a atenção dos jogadores,
fez mudanças na metade do segundo tempo e comemorou a reação.
O resultado deixou o time com a mão no título da Taça Guanabara. Com
mais duas vitórias, o Flamengo se sagra campeão sem depender de outros
resultados. Mesmo assim, Jayme deixou claro que não gostou do que viu em
campo no primeiro tempo.
- No primeiro tempo erramos uma quantidade excessiva de passes
errados e sofremos um pouco pelo lado direito da nossa defesa. Mas
conversamos no intervalo e no segundo tempo melhoramos, principalmente
com a entrada do Nixon e do Negueba. Poderíamos ter forçado mais o
ritmo, mas no geral fomos bem e vamos em busca do título - disse o
técnico do Flamengo.
Jayme de Almeida não ficou totalmente satisfeito com o que viu (Foto: Fábio Castro / Agência Estado)
Jayme ainda falou sobre a volta de Luiz Antonio e fez questão de
exaltar o desempenho de jogadores como o zagueiro Chicão, que vem sendo
reserva durante a temporada, e fez dupla com Samir, justamente o jogador
que o barrou. Para o clássico de domingo, com o Botafogo, a expectativa
é de que o time titular esteja em campo.
Confira a coletiva completa do técnico Jayme de Almeida no Estádio Raulino de Oliveira.
Confira outros trechos da coletiva de Jayme:
Público pequeno
"Acho que a gente tem que, da melhor
maneira possível, se concentrar na partida. Em uma Quarta-Feira de
Cinzas, chovendo, sabia que não teria um grande público. Mas não foi por
isso que o Flamengo não jogou bem e sim pelos aspectos que abordei.
Melhoramos e mudamos o jogo que estava perigoso".
Clássico com o Botafogo
"A gente vai procurar colocar os
melhores. Quem estiver bem vai jogar. Para esse jogo (com o Bonsucesso),
tivemos problema com Elano e Hernane, o Wallace já havia jogado sábado e
quarta-feira e estava com o filho doente. Demos uma tirada no Léo Moura
também. Eles não jogaram, mas a ideia é entrar com um time forte contra
o Botafogo para tentar dar mais um passo para a classificação em
primeiro lugar. Quarta-feira (contra o Bolívar, pela Taça Libertadores),
temos um jogo importante, mas o time precisa de ritmo e só jogando
consegue alcançar".
Planejamento
"Os dois primeiros jogos (do ano) eram fundamentais
para a nossa programação. Em um campeonato de pontos corridos, se não
começar bem é perigoso. Confiamos muito nos meninos e o que nós
arriscamos deu certo. Depois, o time foi bem, não fez uma boa partida
contra o Fluminense, mas era um clássico e acontece. Fomos revezando e
os jogadores corresponderam. É um grupo voltado para o trabalho. Sempre
falei da importância do Carioca. Nunca abrimos mão, mas era importante
começar daquela forma por causa da Libertadores".
Medalhões no banco
"Temos jogadores que são referências. O
Chicão fez uma grande partida, mas porque vem treinando. Se não
estivesse trabalhando não faria essa partida. São nomes campeões de
Libertadores que quando jogam mostram o melhor. Quem ganha é o time".
Alecsandro x Hernane
"Acho que a obrigação de todo atleta é dar
o seu melhor. Temos a felicidade de encontrar profissionais que estão
correspondendo, ficam à disposição, no banco e respeitam o espaço do
outro".
Primeiro lugar na Taça GB
"Fui criado no Flamengo para vencer
sempre. Tem que ter essa vontade. Nem sempre vai conseguir ganhar.
Vencer a Taça Guanabara é importante pois nos dá uma vantagem.
Trabalhamos para isso".
Luiz Antonio
"Primeiro, ele tem que voltar. Saiu e não falou
com ninguém. Todo mundo tentou falar com ele e não dava satisfação. Vou
conversar, pois não sei como está a cabeça dele. É uma coisa complicada.
O Luiz Antonio fazia parte de um grupo, e a gente contava com ele para a
Libertadores e o Carioca. Tivemos que sair no mercado e encontramos o
Márcio Araújo, que já está mostrando o seu trabalho. Espero que a cabeça
dele esteja boa para trabalhar. Não vou tratar mal. É um menino que
conheço desde os 12 anos. Ele precisa ser mais bem orientado, pois
acabou se perdendo nessas promessas de que ficaria livre e deu tudo
errado. Não ganhou ação alguma. A torcida tem que ter paciência. Se ele
entrar e for vaiado, fica difícil".
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