terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Por gols na Libertadores, Hernane promete versão 'mais maliciosa'

catimba
neles (Alexandre Vidal / Fla Imagem)
No Brasil, Hernane não precisa provar mais nada a ninguém. Artilheiro do país na temporada passada e com quatro gols em três partidas em 2014, já é conhecido pelo faro de gol e conquistou o respeito dos adversários. O desafio agora é além das fronteiras. Aposta do Flamengo para Libertadores, o atacante nunca disputou uma partida fora do Brasil e tem se preparado para não decepcionar. A estreia está marcada: dia 12, contra o León, no México. E o Brocador promete uma versão mais catimbeira para não sofrer com a marcação mais pegada de outras escolas latino americanas. 

No primeiro mês do ano, Hernane procurou se cercar de pessoas que têm experiência com a competição continental e não se privou de fazer um questionário a respeito do que o espera em campo. Até mesmo Jayme de Almeida se preocupou em ter um papo particular para falar das características de marcadores que o Brocador terá pela frente. A postura de Emerson Sheik, do Corinthians, na final da Libertadores de 2012 passou a ser exemplo.

- Converso bastante com jogadores mais experientes, como o Léo Moura. O próprio Jayme também falou comigo. Procuro pegar um pouco de cada um desses para ficar um pouco mais malicioso. Vai ter provocação, lances que acontecem na área. Preciso me preparar o máximo possível para quando o jogo estiver difícil trazer ao menos um ponto ou gol. Isso vai ser importante na Libertadores. Temos que ter catimba. O Emerson Sheik fez isso e muito bem. Vamos tentar mexer no ponto fraco deles e trazer um bom resultado.

Adversário da estreia, o León não vive boa fase no Campeonato Mexicano - é apenas 14º entre 18 times. A informação foi bem-vinda, mas o Brocador não se ilude e espera dificuldades.

- Temos que saber tirar proveito disso, mas não podemos ir para lá achando que vamos ganhar de qualquer jeito.

Se Hernane trabalha para não sofrer com a pressão de uma Libertadores, sua característica principal ele não pensa em mudar: a simplicidade. Os quatro primeiros gols do ano, diante do Macaé, foram marcados com somente um toque na bola. E, sempre que possível, assim continuará sendo.

- O centroavante tem que estar pronto para este último toque. Na área, você é muito bem marcado. O Romário fazia isso muito bem. Não procuro fazer como o Baixinho, que era um craque, excelente jogador, mas preciso ser um bom finalizador. Procuro me espelhar em grandes jogadores, e o Romário é um deles. Fez história por onde passou. Isso de dar somente um toque na bola, quando eu menos esperava a bola sobrava. Pelo meu posicionamento, não tem muito o que fazer. É um toque, ou, no máximo, dominar e finalizar. Pelo pouco que joguei com o Romário no Jogos das Estrelas, vi o posicionamento. Ele sempre estava sozinho para finalizar.

Sem Hernane em campo, o Flamengo defende a liderança na Taça Guanabara na quarta-feira, às 17h (de Brasília), contra o Boavista, em Moça Bonita. O Brocador volta no Fla-Flu de sábado, véspera da viagem para o México. 


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