terça-feira, 2 de julho de 2013

Governo do DF acredita em 10 jogos no Mané Garrincha até outubro


Após receber a partida entre Santos e Flamengo, em maio, e ser escolhido pelo time rubro-negro para o duelo diante do Coritiba, no próximo sábado, o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha poderá se tornar palco de muitos outros jogos do Brasileirão deste ano. Ao menos, é este o desejo do Governo do Distrito Federal (GDF), que espera receber 10 partidas nos próximos quatro meses.

- Já estamos trabalhando para ter uma agenda fechada até o mês de outubro com, no mínimo, 10 jogos. Só clássicos. Além de dois grandes shows (Beyoncé e Aerosmith). Queremos trabalhar para intensificar isso até o fim do ano. Brasília sempre terá, nos fins de semana, um grande evento para que as pessoas possam ir com seus filhos se divertir com segurança - afirmou o secretário extraordinário da Copa no DF, Cláudio Monteiro.

Santos x Flamengo - Estádio Mané Garrincha (Foto: Lula Marques / Secopa-DF) 
Em maio, Santos e Flamengo se enfrentaram no Mané Garrincha (Foto: Lula Marques / Secopa-DF)
 
Com a interdição do Engenhão e a lentidão nas negociações para jogos no Maracanã, os times do Rio de Janeiro são os principais interessados em levar partidas para Brasília. De acordo com a tabela da CBF, da sétima rodada do Brasileirão em diante, todos os jogos com mando de campo de Flamengo, Fluminense e Botafogo estão sem local definido, o que abre a possibilidade para que alguns deles sejam marcados para o Mané Garrincha. O candago do Brasília, que disputa a Série D do Brasileirão, também já anunciou que pretende mandar algumas partidas no novo estádio da capital federal.

Até o momento, a arena do DF registra o recorde de público do Brasileirão deste ano, com 63.501 torcedores no empate em 0 a 0 entre Santos e Flamengo, na rodada de abertura. A partida também ficou marcada como recorde de arrecadação em jogos de clubes no Brasil: R$ 6,9 milhões.

- Estamos mostrando para as pessoas que, ao contrário do que diziam, o estádio não é um elefante branco, e sim uma grande jóia - completou Cláudio Monteiro.

E como proprietário da "jóia", o GDF tratou de aumentar na última semana a margem de arrecadação pública com a realização de eventos no estádio. A partir do jogo entre Flamengo e Coritiba, o preço para o aluguel do Mané Garrincha será de 13% da bilheteria.

 Administração privada

Fotos do tempo durante o jogo no Mané Garrincha, Brasil e Japão (Foto: Janir Junior)
Apesar de estar elaborando uma agenda de eventos para o novo Mané Garrincha nos próximos meses, o GDF não pretende ser o responsável pela gestão do estádio. A ideia é que a arena seja passada para a iniciativa privada por meio de licitação, processo semelhante ao que ocorreu no Maracanã.

- Estamos mostrando que, mesmo de forma embrionária, é possível realizar eventos com sucesso no estádio. Neste período, estamos construíndo um processo licitatório que deve ser realizado antes da Copa do Mundo - contou o secretário Cláudio Monteiro.

A ideia é que uma empresa especializada na gestão de arenas fique responsável por atrair eventos para o Mané Garrincha, além de cuidar da manutenção e pagar uma anuidade ao governo.

Palco da abertura da Copa das Confederações, o novo Mané Garrincha ainda receberá sete jogos do Mundial de 2014. De acordo com o último relatório do Tribunal de Contas do Distrito Federal, o custo estimado do estádio é de R$ 1,4 bilhão. Segundo o governo, o valor é menor: cerca de R$ 1,2 bilhão.

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