Após receber a partida entre Santos e Flamengo, em maio, e ser
escolhido pelo time rubro-negro para o duelo diante do Coritiba, no
próximo sábado, o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha poderá se
tornar palco de muitos outros jogos do Brasileirão deste ano. Ao menos, é
este o desejo do Governo do Distrito Federal (GDF), que espera receber
10 partidas nos próximos quatro meses.
- Já estamos trabalhando para ter uma agenda fechada até o mês de
outubro com, no mínimo, 10 jogos. Só clássicos. Além de dois grandes
shows (Beyoncé e Aerosmith). Queremos trabalhar para intensificar isso
até o fim do ano. Brasília sempre terá, nos fins de semana, um grande
evento para que as pessoas possam ir com seus filhos se divertir com
segurança - afirmou o secretário extraordinário da Copa no DF, Cláudio
Monteiro.
Em maio, Santos e Flamengo se enfrentaram no Mané Garrincha (Foto: Lula Marques / Secopa-DF)
Com a interdição do Engenhão e a lentidão nas negociações para jogos no
Maracanã, os times do Rio de Janeiro são os principais interessados em
levar partidas para Brasília. De acordo com a tabela da CBF, da sétima
rodada do Brasileirão em diante, todos os jogos com mando de campo de
Flamengo, Fluminense e Botafogo estão sem local definido, o que abre a
possibilidade para que alguns deles sejam marcados para o Mané
Garrincha. O candago do Brasília, que disputa a Série D do Brasileirão,
também já anunciou que pretende mandar algumas partidas no novo estádio
da capital federal.
Até o momento, a arena do DF registra o recorde de público do
Brasileirão deste ano, com 63.501 torcedores no empate em 0 a 0 entre
Santos e Flamengo, na rodada de abertura. A partida também ficou marcada
como recorde de arrecadação em jogos de clubes no Brasil: R$ 6,9 milhões.
- Estamos mostrando para as pessoas que, ao contrário do que diziam, o
estádio não é um elefante branco, e sim uma grande jóia - completou
Cláudio Monteiro.
E como proprietário da "jóia", o GDF tratou de aumentar na última semana a margem de arrecadação pública com a realização de eventos no estádio. A partir do jogo entre Flamengo e Coritiba, o preço para o aluguel do Mané Garrincha será de 13% da bilheteria.
Administração privada
Apesar de estar elaborando uma agenda de eventos para o novo Mané
Garrincha nos próximos meses, o GDF não pretende ser o responsável pela
gestão do estádio. A ideia é que a arena seja passada para a iniciativa
privada por meio de licitação, processo semelhante ao que ocorreu no
Maracanã.
- Estamos mostrando que, mesmo de forma embrionária, é possível
realizar eventos com sucesso no estádio. Neste período, estamos
construíndo um processo licitatório que deve ser realizado antes da Copa
do Mundo - contou o secretário Cláudio Monteiro.
A ideia é que uma empresa especializada na gestão de arenas fique
responsável por atrair eventos para o Mané Garrincha, além de cuidar da
manutenção e pagar uma anuidade ao governo.
Palco da abertura da Copa das Confederações, o novo Mané Garrincha
ainda receberá sete jogos do Mundial de 2014. De acordo com o último
relatório do Tribunal de Contas do Distrito Federal, o custo estimado do
estádio é de R$ 1,4 bilhão. Segundo o governo, o valor é menor: cerca
de R$ 1,2 bilhão.
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