"Perder fora de campo, nunca mais". Assim, Luiz Eduardo Baptista, o
Bap, vice-presidente de marketing, prometeu a manutenção da postura
firme do Flamengo na negociação com o Consórcio Maracanã SA para voltar a
mandar seus jogos no estádio. Após não ficar nada satisfeito com a
oferta inicial do novos gestores do palco da final da Copa de 2014, o
dirigente cogitou até mesmo aproveitar a força da torcida para colocar a
equipe para atuar Brasil afora. Fazer um acordo em que o trio de
empresas vencedor da licitação seja o maior beneficiado, porém, é algo
fora de cogitação.
Durante seminário sobre negócios no futebol no Rio de Janeiro, Bap disse que o Flamengo é mais importante para o sucesso do Maracanã do que o contrário e aguarda uma oferta com condições mais igualitárias para que as conversas encontrem o caminho do acordo.
- Tudo depende das condições. O Flamengo tem consciência absoluta da sua relevância. Ainda que o edital não tenha permitido que os clubes participem do Maracanã, o mundo inteiro sabe que não existe modelo de negócio possível, nem a curto, médio nem a longo prazo, em uma arena como o Maracanã, se o Flamengo não jogar lá. Isso significa dizer que o Flamengo terá uma posição arrogante em relação ao consórcio? De forma alguma. Mas estamos longe de sermos tolos e não percebermos o valor de o Flamengo jogar lá. É a mesma coisa que você pensar: "Vou ter uma arena de espetáculos e não vou colocar a Madonna para cantar aqui". O Flamengo é a Madonna, tem de ser reconhecido como tal, e para fazer um acordo de 10, 15, 20 anos, as coisas têm de estar muito bem combinadas.
Durante seminário sobre negócios no futebol no Rio de Janeiro, Bap disse que o Flamengo é mais importante para o sucesso do Maracanã do que o contrário e aguarda uma oferta com condições mais igualitárias para que as conversas encontrem o caminho do acordo.
- Tudo depende das condições. O Flamengo tem consciência absoluta da sua relevância. Ainda que o edital não tenha permitido que os clubes participem do Maracanã, o mundo inteiro sabe que não existe modelo de negócio possível, nem a curto, médio nem a longo prazo, em uma arena como o Maracanã, se o Flamengo não jogar lá. Isso significa dizer que o Flamengo terá uma posição arrogante em relação ao consórcio? De forma alguma. Mas estamos longe de sermos tolos e não percebermos o valor de o Flamengo jogar lá. É a mesma coisa que você pensar: "Vou ter uma arena de espetáculos e não vou colocar a Madonna para cantar aqui". O Flamengo é a Madonna, tem de ser reconhecido como tal, e para fazer um acordo de 10, 15, 20 anos, as coisas têm de estar muito bem combinadas.
Bap reiterou por várias vezes que a relação de dependência não parte do
Flamengo e deixou claro que propostas não faltam de estádios
interessados em abrigar o clube.
- O Flamengo viveu sem o Maracanã a vida inteira. Tem os sem terra, os
sem banco, os sem carinho, os sem atenção, os sem Maracanã, nos quais se
inclui o Flamengo. O clube não teve o Maracanã até hoje. Então, daqui a
100 anos, se não jogar no Maracanã, o Flamengo continuará a ser o
Flamengo. Se o Maracanã não tiver um clube como o Flamengo jogando lá,
não sei como vai ser daqui a 10 anos. É questão do modelo de negócios,
se você quer uma relação de longo prazo, devem esperar que você queira
repartir as receitas do estádio. Não vamos aceitar ser meramente pagos
para jogar no Maracanã, porque há outros estádios feitos para a Copa que
querem receber o Flamengo. O time seria muito bem aceito onde quer que
jogue. Prefiro ter uma casa, um estádio para chamar de nosso, mas não
vamos fazer nada estúpido para preencher o modelo de negócios de outros.
Apesar das divergências em um contato inicial, o vice de marketing acredita que as negociações podem avançar consideravelmente em breve. Sem especificar qual a proposta do Flamengo, Bap deixou claro que o clube não abrirá mão dos assentos VIPs e camarotes, por exemplo, um dos fatores que mais desagradaram no diálogo inicial.
- Vamos saber as cenas do próximo capítulo rapidamente. Temos discutido há algum tempo como o Flamengo vê a situação. Não vamos pagar para jogar, não vamos trazer um retorno de 30%, 40% no investimento de ninguém, onde nenhum modelo de negócios fica em pé sem o Flamengo. Vamos ter de ser tratados como sócios de alguma maneira. Agora, tem sócio de 5% e de 95%. Essa que é a "billion dollar question" (pergunta de um bilhão de dólares). Tem de vender ingresso na quarta e no domingo, quem é dono do estádio vai levar vantagem com os ingressos que eu vender porque vou mobilizar gente e comércio lá. E quando eu não conseguir levar gente lá? Eu perco e quem é dono deixa de ganhar. Tem um lado que participa ou da receita ou ganha pouco. E tem outro lado que não participa da receita e eventualmente pode perder. Perder, a gente pode perder, espero que pouco, dentro do campo. Fora, nunca mais.
Apesar das divergências em um contato inicial, o vice de marketing acredita que as negociações podem avançar consideravelmente em breve. Sem especificar qual a proposta do Flamengo, Bap deixou claro que o clube não abrirá mão dos assentos VIPs e camarotes, por exemplo, um dos fatores que mais desagradaram no diálogo inicial.
- Vamos saber as cenas do próximo capítulo rapidamente. Temos discutido há algum tempo como o Flamengo vê a situação. Não vamos pagar para jogar, não vamos trazer um retorno de 30%, 40% no investimento de ninguém, onde nenhum modelo de negócios fica em pé sem o Flamengo. Vamos ter de ser tratados como sócios de alguma maneira. Agora, tem sócio de 5% e de 95%. Essa que é a "billion dollar question" (pergunta de um bilhão de dólares). Tem de vender ingresso na quarta e no domingo, quem é dono do estádio vai levar vantagem com os ingressos que eu vender porque vou mobilizar gente e comércio lá. E quando eu não conseguir levar gente lá? Eu perco e quem é dono deixa de ganhar. Tem um lado que participa ou da receita ou ganha pouco. E tem outro lado que não participa da receita e eventualmente pode perder. Perder, a gente pode perder, espero que pouco, dentro do campo. Fora, nunca mais.
Durante a apresentação de Mano Menezes como técnico do clube, na Gávea,
Eduardo Bandeira de Mello manteve a mesma linha de raciocínio de seu
vice-presidente. Com a fala mansa que lhe é habitual, o presidente disse
que o Flamengo não solucionará o caso com afobação.
- A negociação prossegue e pretendemos que chegue a um final feliz para todas as partes envolvidas. É uma negociação que requer muito cuidado, é um contrato longo e só podemos nos comprometer se for um excelente negócio para o Flamengo, o que não inviabiliza que seja bom também para os parceiros. Tenho certeza de que chegaremos a um bom termo, mas não podemos nos precipitar. É um contrato que será submetido ao Conselho Deliberativo.
O próximo jogo do Flamengo com mando de campo acontece no dia 6 de julho, contra o Coritiba, pela sexta rodada do Brasileirão. O desejo inicial era mandá-la no Maracanã. O andamento das negociações, por outro lado, faz com que o clube já comece a avaliar propostas de outros estados. Brasília surge como favorito.
- A negociação prossegue e pretendemos que chegue a um final feliz para todas as partes envolvidas. É uma negociação que requer muito cuidado, é um contrato longo e só podemos nos comprometer se for um excelente negócio para o Flamengo, o que não inviabiliza que seja bom também para os parceiros. Tenho certeza de que chegaremos a um bom termo, mas não podemos nos precipitar. É um contrato que será submetido ao Conselho Deliberativo.
O próximo jogo do Flamengo com mando de campo acontece no dia 6 de julho, contra o Coritiba, pela sexta rodada do Brasileirão. O desejo inicial era mandá-la no Maracanã. O andamento das negociações, por outro lado, faz com que o clube já comece a avaliar propostas de outros estados. Brasília surge como favorito.
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