segunda-feira, 8 de abril de 2013

Problema muscular faz fantasma das lesões assombrar Carlos Eduardo

O rosto coberto pela camisa ainda limpa e a expressão frustrada na volta ao banco de reservas marcaram a curta participação de Carlos Eduardo no jogo do Flamengo contra o Duque de Caxias, sábado passado, em Moça Bonita. Chamado pelo técnico Jorginho, o meia-atacante substituiu Rodolfo no intervalo, mas ficou apenas dez minutos em campo e nada fez no empate por 1 a 1. Uma fisgada na coxa esquerda tirou o jogador da partida e trouxe à tona um fantasma que o assombra nos dois últimos anos: as lesões. Na tarde desta segunda-feira, ele se reapresenta com os companheiros e será reavaliado pelos médicos para saber a gravidade do problema.    

Carlos Eduardo se apresentou ao Flamengo em 25 de janeiro e assinou contrato de empréstimo de um ano e meio. Na Gávea, recebeu a camisa 10 e a missão de ser o condutor do time. Pouco mais de dois meses depois, o jogador disputou sete partidas, ainda não fez um gol sequer e não é titular. Tenta conquistar a confiança da torcida e justificar toda a expectativa que sua contratação gerou nos rubro-negros.

Aos 25 anos, ele alimenta o sonho de jogar a Copa do Mundo do ano que vem, mas antes precisa dar certo no clube da Gávea. O risco de ter de parar por conta de uma nova lesão devolve a Carlos Eduardo a lembrança amarga das duas temporadas anteriores. De 2010 até o fim do ano passado, disputou só 13 partidas e fez dois gols. A grave tendinite no joelho esquerdo, que resultou numa cirurgia, atrapalhou o jogador na passagem pelo Rubin Kazan, da Rússia.

carlos eduardo flamengo x duque de caxias (Foto: Alexandre Cassiano/Agência Globo) 
Após dez minutos em campo, Carlos Eduardo foi obrigado a sair (Foto: Alexandre Cassiano/Agência Globo)
 
Em entrevista no fim de março, Jorginho analisou o mau momento de Carlos Eduardo e classificou o meia-atacante como um jogador fechado. Chegou a citar que um psicólogo poderia ajudar nesse tipo de caso, possibilidade descartada pelo diretor de futebol Paulo Pelaipe. Após o jogo contra o Duque de Caxias, o treinador disse que Cadu precisa superar as dificuldades no campo.

- Não falei que ele tinha problema psicológico. Fui mal interpretado. Falei que ele era introvertido. Ele precisa de jogo, de jogar. Isso acontece com o atleta, infelizmente. Fica muito tempo parado, não estava aqui na preparação dele. Não sabemos o que foi feito. Mesmo assim é possível que ele tenha uma contusão. Acontece. Não é uma dorzinha aqui ou ali. Ele sentiu um incômodo muscular e não tinha como seguir. 

Ainda no campo, o principal reforço rubro-negro em 2013 lamentou mais um problema e rejeitou a hipótese de que a pressão que vem sofrendo tenha causado o incômodo.

- Estava bem no jogo, confiante, dei um passe para o Rafinha e senti (a coxa esquerda). Creio que não (efeito de problema psicológico). Sei que jogar no Flamengo é pressão e estou acostumado com isso desde pequeno - garantiu, à Rádio Globo, vascaína.

Eliminado da Taça Rio, o Flamengo vai apenas cumprir tabela contra Fluminense, domingo que vem, e Macaé, uma semana depois.



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