A diretoria de Eduardo Bandeira de Mello, que assumiu o Flamengo em
janeiro, trabalha com redução de gastos para dar fôlego financeiro ao
clube. Em algumas áreas, como a financeira, o corte chegou a 60% - caso
do departamento financeiro, onde o número de funcionários diminuiu de 28
para 16. Houve ainda redução de gastos de 65% nos esportes olímpicos
(sendo 25% no remo) e 15% no futebol. Os dados foram confirmados pelo
vice financeiro do clube, Rodrigo Tostes. Recentemente, o Flamengo
anunciou ter obtido todas as certidões negativas de débito ao pagar
impostos atrasados e renegociar as dívidas existentes.
Na última semana, foram analisados pela comissão da finanças e
aprovados pelo Conselho de Administração do clube os números do
orçamento para 2013. Para o futebol, estão previstos R$ 97.699.078,00. O
valor ajustado pela nova diretoria para o futebol ficou pouco abaixo do
proposto pela gestão de Patrícia Amorim no fim de 2012, de R$
98.153.126,00.
A receita bruta do Flamengo, já incluindo os contratos com Adidas e
Peugeot, foi orçada em R$ 237.697.005,00, enquanto a receita líquida
prevista é de R$ 227.578.623,00. Consultado, Tostes, não falou em
valores do orçamento, mas explicou que dessa receita são subtraídos
adiantamentos, encargos e despesas para ter uma estimativa do resultado
financeiro no exercício. Logo, os adiamentos praticados pela gestão
anterior do clube não entram no valor da previsão de receita.
Além dos cortes administrativos, no futebol, a diretoria abriu mão de
Vágner Love em troca de perdão da dívida por seus direitos econômicos
com o CSKA, da Rússia, e do alívio na folha salarial do departamento.
Também por esse segundo motivo, Liédson foi liberado para negociar sua
transferência e a comissão técnica liderada por Dorival Júnior foi
substituída por Jorginho e Aílton, com vencimentos bem inferiores aos
antecessores.
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