Depois de diversas penhoras fiscais no início da gestão de Eduardo
Bandeira de Mello, o Flamengo conseguiu renegociar os débitos e obteve,
nesta terça-feira, a "Certidão conjunta positiva com efeitos de negativa
de débitos relativos aos tributos federais e à dívida ativa da União". E
não apenas isso: o clube também obteve provas de regularidade no Fundo
de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e no INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social). Com isso, para que o Flamengo tenha sua situação
completamente regularizada, faltam certidões da Justiça do Trabalho e da
Fazenda Estadual e Municipal.
A certidão da dívida com o governo federal informa que "constam débitos
relativos a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal
do Brasil com a exigibilidade suspensa" e "débitos inscritos na dívida
ativa da União com exigibilidade suspensa (...) ou garantidos por
penhora em processos de execução fiscal". No fim, é ressaltado que o
documento tem os mesmos efeitos da certidão negativa. A certidão dos
débitos com a União e a prova de regularidade do INSS têm validade até
setembro deste ano. Já o documento do FGTS tem validade apenas até
abril.
Consultado, o presidente Bandeira de Mello confirmou a obtenção da CND,
mas informou que não é a única. Mostrou, no entanto, otimismo em uma
solução breve.
- Precisamos de todas (as CNDs). Está quase, está quase!
As outras certidões a que o presidente se referiu são: prova de
regularidade relativa ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), à
Seguridade Social (CND/INSS) e à Fazenda Estadual e Municipal, além da
Justiça do Trabalho. De acordo com o vice jurídico do Flamengo, Flávio
Willeman, o clube anunciará oficialmente quando tiver todas as
certidões.
- A certidão é verdadeira, mas faltam outras e estamos batalhando para
conseguir. Assim que tivermos todas as certidões anunciaremos - avisou
Willeman.
Com todos os documentos, o Flamengo pode partir para a efetivação de
uma proposta da Caixa Econômica Federal (CEF) para patrocínio master. De
acordo com o atual presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro, a
proposta está nas mãos do clube e o valor anual do contrato é de R$ 35
milhões. No entanto, ele diz que não bastam as certidões para assinar.
- Precisa resolver a questão das contas do clube, que foram reprovadas
pelo Conselho Deliberativo.
Do contrário, qualquer um pode entrar com
uma denúncia no Ministério Público - analisou.Porém, Willeman disse desconhecer qualquer contrato com a CEF e limitou-se a dizer:
- Isso teria de passar pelo jurídico. O departamento jurídico do Flamengo desconhece esse contrato.
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