sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Noite histórica termina pegando fogo e com um festival de faltas técnicas

 Estava bom demais para ser verdade. Depois de um primeiro tempo tranquilo, jogado na bola, com lances plásticos e pouquíssimas reclamações de ambos os lados, o jogo 1.000 do NBB entre Flamengo e Brasília, protagonistas da maior rivalidade do basquete brasileiro nos últimos cinco anos, terminou quente, com Alex, Nezinho e o técnico José Carlos Vidal, todos da equipe do Distrito Federal, desqualificados, e nada menos do que nove faltas técnicas aplicadas pela arbitragem, quase todas na segunda etapa.

Apesar do clima de decisão criado pelos 1.654 torcedores do Flamengo que pagaram ingresso e encheram o ginásio do Tijuca, a cordialidade entre os jogadores se manteve durante os 40 minutos. Já com o trio de arbitragem, a coisa ficou feia no finalzinho do terceiro período.

Após reclamar de uma falta marcada por um dos árbitros da partida, Alex reclamou de forma dura e recebeu um falta técnica. Não satisfeito com a punição aplicada ao ala do Brasília, o juiz partiu em direção ao camisa 10 e os se encararam e por pouco partiram para o confronto físico. A partir daí, o trio de arbitragem perdeu o controle do jogo e passou a distribuir faltas técnicas para todos os lado. Foram sete para Brasília e duas para o Flamengo.

As infrações foram tantas, que o time visitante terminou a partida com apenas quatro atletas no banco de reservas, já que Alex e Nezinho foram para o vestiário mais cedo, e sem o técnico José Carlos Vidal, que fez companhia a seus atletas. Assim que a partida acabou, Guilherme Giovannoni, um dos líderes do time do atual tricampeão do NBB, reuniu parte das duas comissões técnicas no centro da quadra após o fim do jogo e fez uma espécie de conferência.

Diante das câmeras e dois microfones, o ala/pivô foi mais econômico que o companheiro Arthur (no vídeo ao lado) nas reclamações e fez questão de parabenizar o time do Flamengo.

- Eu não vou falar nada sobre a arbitragem, basta vocês verem as imagens e tirarem suas próprias conclusões. Mas claro que eu não acho normal um time tomar sete faltas técnicas em um jogo e ter dois jogadores e seu técnico desqualificados da partida. Mas o Flamengo não tem nada com isso, foi muito melhor do que nós e tem mais é que comemorar uma vitória histórica como essa - disse o jogador.

O árbitro Carlos Renato dos Santos, que comentou a partida para o SporTV, saiu em defesa de seus colegas de profissão e disse que eles apenas seguiram as orientações da FIBA.

- O pessoal da FIBA pede que a gente puna com falta técnica jogadores que fazem gestos desrespeitosos ou de deboche após a marcação dos árbitros, e eles apenas cumpriram as ordens. É claro que muitas vezes nós também exageramos, mas os jogadores precisam ter mais a cabeça lugar - afirmou.

Para completar a noite histórica, que já começou sem a execução do hino nacional causado por um problema técnico no sistema de som do Tijuca, a partida terminou com parte dos refletores apagados e os dois times jogando à luz de vela.



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