No próximo dia 17, o Flamengo será informado pela Olympikus
se a fornecedora cobrirá a proposta milionária de R$ 350 milhões por dez
anos de contrato feita pela Adidas. Essa, pelo menos, é a data com a
qual o clube trabalha para saber se terá um novo parceiro de material
esportivo a partir de 1 de janeiro de 2015.
A atual fornecedora,
entretanto, considera que a data limite é de 25 de agosto. E mesmo tendo
uma diferença de oito dias entre os prazos estipulados, a Olympikus
promete se manifestar antes desse período.
–
Não é um planejamento simples. A empresa tem de levar em conta a
projeção do mercado para depois da Copa, que é quando o novo contrato
vai estar ativo. Mas estamos confiantes de que vai dar tudo certo. O
(Pedro) Grendene esteve na Gávea, conversou com a Patricia e temos só
que colocar no papel agora – explicou Tullio Formicola, diretor do grupo
Vulcabras, que é dona da marca, ao LANCE!.
Ainda não foi
determinado um valor em caso de renovação. Por enquanto, o grupo
trabalha com os dois caminhos lógicos: cobrir a oferta da concorrente ou
deixar o clube após cinco anos.
Outras fontes ligadas à empresa
disseram que ainda haverá uma outra reunião interna este mês antes de
definir sobre o futuro da parceria com o Flamengo.
Dentro do
clube, há uma corrente favorável à Adidas, pois a entrada da empresa
significaria a injeção de dinheiro novo no clube. Entre os pontos
previstos no contrato oferecido, há o pagamento de R$ 25 milhões de
luvas pela assinatura.
A proposta da Adidas ao Flamengo poderá
fazer com que o clube se consolide como detentor do maior contrato de
patrocínio esportivo do Brasil. O valor de R$ 350 milhões por dez anos
é, proporcionalmente, quase duas vezes maior do que os R$ 18 milhões
desembolsados pela Olympikus por ano até 2014, e pouco mais de duas
vezes superior ao acordo do Corinthians com a Nike, de R$ 82,5 milhões
por cinco temporadas.
Grupo nega que crise interfira em renovação
O
grupo Vulcabras, que é dono da marca Olympikus, enfrenta dificuldades
no mercado desde o ano passado. Só no primeiro trimestre deste ano, a
empresa registrou prejuízo de R$ 37,9 milhões. Apesar do faturamento de
R$ 1,5 bilhão em 2011, o grupo chegou a ter uma dívida líquida de 1
bilhão no primeiro trimestre do ano passado. A companhia deixou de
gerar caixa e se endividou com bancos para conseguir capital de giro
nesse período.
A Vulcabras está se reestruturando e faz corte
no quadro de funcionários. Em 2012, só no Rio Grande do Sul, foram 800
pessoas demitidas da empresa.
Nesse contexto, a decisão de
manter ou não Flamengo como parceiro nos próximos anos não está
vinculada ao processo de corte nas despesas.
– O grupo já
detectou os problemas e está fazendo uma reformulação na empresa. E isso
está longe de ser um impeditivo na continuidade da parceria com o
Flamengo. O faturamento do grupo continua alto – explicou Tullio
Formicola, diretor do grupo.
Além da Olympikus, a empresa gerencia as marcas Azaléia, AZ, Dijean, Funny, Opanka, OLK, Reebok e Botas Vulcabras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário