Na vitória diante do Santos no último domingo, o gol foi marcado de um pênalti convertido por Bottinelli,
que pediu para bater e foi alvo de vaias da torcida antes mesmo da
cobrança. Ele balançou a rede, teve seu nome gritado pelos torcedores no
Engenhão, e abriu uma polêmica. Na ocasião, Joel Santana disse que
Renato, que estava sendo vaiado, não quis bater, mas o jogador negou que
tivesse se recusado. No treino deste sábado, em Porto Alegre, Vagner
Love e Bottinelli foram os dois que treinaram o maior número de
cobranças.
Vagner Love treina cobranças de pênaltis no Flamengo (Foto: Janir Júnior / Globoesporte.com)
O aproveitamento de Love e Bottinelli foi bom, a dupla converteu a
maioria das cobranças. Renato se juntou aos dois um pouco depois, mas
cobrou somente alguns pênaltis. Depois, Joel comandou atividade de
jogadas aéreas.
Na última rodada, diante do Santos, o pênalti convertido por Bottinelli
quase virou polêmica. Joel Santana disse que Renato se recusara bater:
- Era para o Renato bater, mas a torcida começou a vaiar o Renato, que
estava fazendo uma boa partida, e ele não quis bater. Renunciou. O Botti
mostrou personalidade, querendo bater, e nós deixamos.
Geralmente dois jogadores escolhem. Esse negócio de pênalti não adianta ficar forçando. Renato não quis bater, ficou pelo Love e Bottinelli. Bottinelli chuta bem, tem uma boa precisão de chute, mas fiquei preocupado. Normal. Mas ele treinou.
Pouco depois da entrevista coletiva de Joel ainda no Engenhão, Renato apresentou versão diferente.
- Achei estranha a reação do Joel. Não tem deteminação de primeiro,
segundo ou terceiro batedor. Só tinha isso com o Ronaldinho e durante o
tempo todo que ele esteve no clube sempre respeitei, nunca tive vaidade
para bater pênalti, faltas, a bola parada em geral. Vi que o Bottinelli
estava com confiança e não quis atrapalhar. Não chegou nenhuma
determinação. Se tivesse que bater, bateria. Como vi o Bottinelli
confiante, achei que realmente ele deveria bater.
Por fim, depois de fazer o gol, Bottinelli disse que teve personalidade.
- Quando peguei a bola, disse ao Vagner que estava confiante, ele disse
que estávamos juntos e consegui bater e fazer o gol. Foi confiança e
personalidade. Jogador nasce com essa personalidade.
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