quinta-feira, 21 de junho de 2012

Assis deposita R$ 350 mil em juízo e vereadores pedem fim da CPI do Instituto R10

O empresário e irmão de Ronaldinho Gaúcho, Roberto de Assis Moreira, concedeu depoimento nesta quinta-feira na Comissão Parlamentar de Inquérito movida pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre para investigar as contas e os repasses dos contratos assinados entre o Instituto Ronaldinho Gaúcho [IRG] e a prefeitura. Na oportunidade, Assis revelou que depositou em juízo o valor cobrado pelos vereadores que criaram a CPI. A medida visa ganhar tempo para provar que tudo no IRG foi de forma lícita, consciente e tranquila com o intuito de ajudar a comunidade porto-alegrense.


O ex-jogador e agora empresário negou qualquer problema com os convênios firmados para atender e beneficiar jovens carentes da capital do Rio Grande do Sul e lembrou que todos os repasses só foram feitos depois de “rígida sistemática de apresentação de contas”. O empresário também estranhou que a última análise das contas do projeto “Gols e Letras”, apresentadas em março de 2010, tenha sido finalizada somente em março de 2012, já que as demais foram aprovadas por diversas secretarias.

"Nós sempre quisemos que o Município gerisse a parte financeira e pedagógica do trabalho. Quanto à dívida de R$ 354 mil que a Prefeitura está cobrando do IRG por irregularidades nas contas apresentadas pelo instituto, informo que o IRG já depositou em juízo os valores. Garantimos que o ente público jamais terá qualquer prejuízo na relação com o instituto”, afirmou o depoente.

Os papéis que comprovam o depósito serão avaliados pelos integrantes da mesa diretoria nos próximos dias. Vereadores que são contra a CPI pediram o encerramento da comissão alegando que diante da informação do depósito judicial a investigação perdeu o objeto. Porém, o presidente da CPI, vereador Mauro Pinheiro [PT] recebeu o requerimento, mas afirmou que irá indeferi-lo por contrariar as regras da Câmara.

Assis garantiu que o sonho da família de ajudar a população necessitada de Porto Alegre ainda não acabou. Lamentou o fechamento do IRG e declarou que a atitude foi tomada por considerar injusto o Instituto assumir custos com transporte, segurança e manutenção enquanto eram beneficiadas apenas crianças das escolas municipais. "Não vendemos um sonho que não se realizou. O IRG funcionou por vários anos e, talvez com novos parceiros, possa voltar a atuar. Mas as tentativas de mostrar que o IRG não era sério, mexeram conosco", declarou ao site da Câmara de Vereadores de Porto Alegre.


Nenhum comentário:

Postar um comentário