terça-feira, 22 de maio de 2012

Faz muito tempo: último gol de Diego Maurício pelo Fla completa um ano


Faz tempo. Tanto que Diego Maurício nem lembrava. Dia 21 de maio de 2011. Naquele sábado em Macaé, o Flamengo estreava no Campeonato Brasileiro. Campeão carioca invicto, o Rubro-Negro, comandado por Vanderlei Luxemburgo, entrou no nacional como favorito ao título. Na rodada de abertura, contra o Avaí, goleada por 4 a 0 em dia de Ronaldinho Gaúcho endiabrado. Drogbinha entrou e deixou o dele em lance que decretou o placar.

Vinte e um de maio de 2012. De lá para cá, Diego entrou em campo 30 vezes, mas só quatro como titular. Nos outros 26 jogos, na maior parte do tempo disputou poucos minutos. Nesta temporada, foram oito (começou quatro). Gols? Nem pensar. Um ano depois, nem se deu conta de que fazia tanto tempo.

- Nem lembrava disso, não. Lembro do gol, que fiz uma tabela com o Ronaldo e marquei o quarto. Mas não é só um ano sem fazer gol, mas praticamente sem jogar. Você só é visto quando joga pelo menos 45 minutos. Às vezes, em 15 minutos você até tem como fazer alguma coisa, mas na maioria das vezes não dá. É complicado, faz um ano que não faço gol, está sendo uma pressão para mim. Mas pego isso para tentar me motivar para aproveitar as chances que chegarem. As chances não estavam aparecendo, mas agora estão voltando a aparecer. Vou voltar a fazer gol.

diego mauricio flamengo treino (Foto: André Portugal / Vipcomm) 
Diego Maurício arranca com a bola em treino do Flamengo (Foto: André Portugal / Vipcomm)

Desde que se tornou profissional, em 2010, ele disputou 73 partidas e marcou oito vezes. No início do ano, o jogador ficou fora da pré-temporada por conta de uma cirurgia de retirada das amígdalas e correção de desvio de septo. Não entrou na lista de 25 inscritos que o ex-técnico Vanderlei Luxemburgo fez para a Pré-Libertadores e não foi uma das três mudanças que Joel Santana pôde fazer para a fase de grupos (entraram Marcos González, Galhardo e Vagner Love). Com Luxa, a falta de oportunidades também foi provocada por atos de indisciplina. Diego chegou atrasado a treinos por mais de uma vez e acabou punido. Assume os erros e as consequências, como o corte da Seleção Brasileira antes da disputa do Mundial Sub-20.

- Não tenho nada para falar dos treinadores, é o jogador que faz os jogos, nós temos que dar o nosso melhor. Aconteceu mesmo, a responsabilidade é toda minha, não boto culpa nenhuma nos treinadores. Tudo é responsabilidade minha, as coisas aconteceram da forma que eu fiz, mas isso é página virada, tenho que fazer meu trabalho. Essa maré uma hora acaba. Independentemente do treinador, se eu não fizer um bom papel outro jogador vai entrar.

No último sábado, Diego ficou no banco na estreia do time no Brasileirão, mas não participou do empate por 1 a 1, na Ilha do Retiro.

- Estou tentando ganhar espaço, as coisas estão voltando a acontecer. A cirurgia que fiz complicou um pouco. Voltei a jogar só no fim do Carioca, mas não nos classificamos. Não tive chance de jogar a Libertadores. É complicado. Tem que trabalhar, se doar, fazer um ótimo trabalho. Tem qua acatar o que diz o treinador. Estou motivadíssimo. Claro que fico triste quando não jogo, mas vestir a camisa do Flamengo é uma motivação, é o lugar onde nasci, fui projetado. No time em que estou nunca posso perder a motivação.

O Mengão enfrenta o Inter na segunda rodada, sábado, às 18h30m (de Brasília), no Engenhão.

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