Uma das figuras mais polêmicas da política do Flamengo é o
presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro, conhecido como Capitão
Léo. Apontado como o principal motivo para a saída de Zico do cargo de
diretor-executivo do Flamengo, o dirigente é um dos poucos no
Rubro-Negro que ainda estão ao lado da presidente Patricia Amorim, cada
vez mais isolada e abandonada pelas correntes políticas do clube.
Surpreendentemente,
no meio do furacão que se transformou o Flamengo na última semana,
Leonardo permanece tranquilo e nem de longe lembra o chefe de torcida
ativo, que se notabilizou pela pressão feita em cima de jogadores e
dirigentes nas crises de outrora.
O motivo da calma? Capitão Léo surpreende mais uma vez:
-
Falam de crise no Flamengo. Crise? Não existe crise. É algo de fora
para dentro. Está tudo normal, salários em dia, um bom time montado, não
tem nada errado - garantiu ao LANCENET! o capitão otimista.
Mas
se a crise é uma farsa, uma imagem errada de quem está fora do clube, o
que estaria acontecendo com o clube mais popular do Brasil?
- A oposição e dissidentes que perderam espaço é que querem tumultuar - acusa o defensor da situação.
O
discurso que dá alívio para os rubro-negros em relação à situação
política, porém, não é o mesmo quando questionado sobre o momento do
time de futebol. Aí, Léo volta a ser o torcedor temido pelas facções
rivais dos tempos de Maracanã.
- Aí a culpa é do treinador. Essa
situação se agravou por causa do empate contra o Emelec. Ele mexeu mal,
trocou atacante por zagueiro. Se tivéssemos vencido, estaria tudo muito
melhor - aponta.
Ex-chefe de torcida, Leonardo Ribeiro dá razão
aos membros da Torcida Jovem que foram na manhã desta sexta-feira ao
Ninho do Urubu atirar pipoca e ovos nos jogadores.
- Acho que eles
estão certos. E isso é bom para alguns jogadores entenderem as coisas.
Jogador respeita mais isso do que a palavra dos dirigentes. Tem de
pressionar mesmo. Os caras estão com os salários em dia e não podem não
se entregar como está acontecendo - criticou Capitão Léo, neste momento
ainda mais torcedor do que presidente de um dos poderes mais importantes
do Flamengo.
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