O patrocínio master do Flamengo continua sendo um ponto de interrogação. Quase três meses depois da chegada de Ronaldinho Gaúcho, o departamento de marketing do clube segue em busca de um anunciante. Até agora, em vão. Os valores pedidos já estão bem abaixo dos R$ 30 milhões projetados inicialmente. Os espaços da camisa podem ser fatiados entre duas empresas que somariam um total de R$ 23 milhões. Para piorar, ainda falta a assinatura final do contrato com a TIM, aprovado no último dia 15, que terá a marca estampada nos números da camisa. Os R$ 2 milhões a que o clube tem direito pelo acordo com a empresa de telefonia ainda não entraram nos cofres. Internamente, há forte cobrança sobre o marketing rubro-negro.
Nem Ronaldinho Gaúcho dá jeito: sem patrocinador master, Flamengo passou a estampar o endereço do site oficial na camisa (Foto: Fábio Borges / Vipcomm)
- Continuamos na mesma, com negociações em andamento. Existe dificuldade porque o planejamento das empresas começou em julho ou agosto do ano passado. Os contratos costumam ser negociados a partir de outubro. O Ronaldinho veio em janeiro, estreou em fevereiro. Vai fazer dois meses da estreia agora. A chegada dele supervalorizou o Flamengo - justificou o diretor de marketing do clube, Harrison Baptista.
Vale lembrar que em outubro do ano passado o Flamengo tomou conhecimento de que o contrato com a Batavo não seria renovado.
Vale lembrar que em outubro do ano passado o Flamengo tomou conhecimento de que o contrato com a Batavo não seria renovado.
Inicialmente, o clube pedia cerca de R$ 30 milhões para o patrocinador master. Diante da dificuldade em achar interessados, o departamento de marketing já trabalha com a ideia de vender o espaço principal da camisa por R$ 15 milhões e a barra do uniforme por R$ 8 milhões. O prazo para fechar com uma empresa chegou a ser estipulado para o fim de março, mas já não há uma data para resolver a questão.
Na estreia de Ronaldinho, no dia 2 de fevereiro, o clube faturou R$ 900 mil com os patrocínios pontuais da Visa e da Cielo. Depois, o marketing rubro-negro decidiu estampar o endereço do site oficial do Flamengo na camisa. Na fase final do Campeonato Carioca, o clube venderá novamente o espaço para as partidas decisivas.
- Não acho que esteja demorando. O próprio mercado dita o ritmo - completou Harrison.
O problema é que depois de conseguir um acordo, o novo patrocinador ainda terá que passar pela votação do conselho deliberativo do clube.
Na estreia de Ronaldinho, no dia 2 de fevereiro, o clube faturou R$ 900 mil com os patrocínios pontuais da Visa e da Cielo. Depois, o marketing rubro-negro decidiu estampar o endereço do site oficial do Flamengo na camisa. Na fase final do Campeonato Carioca, o clube venderá novamente o espaço para as partidas decisivas.
- Não acho que esteja demorando. O próprio mercado dita o ritmo - completou Harrison.
O problema é que depois de conseguir um acordo, o novo patrocinador ainda terá que passar pela votação do conselho deliberativo do clube.
Quando contratou Ronaldo, no fim de 2008, o Corinthians ficou quatro meses sem patrocínio master. Acertou alguns contratos pontuais até fechar com o patrocinador principal. Já o São Paulo serve como exemplo positivo. Para a estreia de Rivaldo, o clube fechou com a Visa. Na apresentação de Luis Fabiano, na terça-feira, além do patrocinador master, a camisa já exibia diversas outras marcas.
Em 2010, sem Ronaldinho, o contrato com a Batavo rendeu R$ 22 milhões para o Rubro-Negro. Atualmente, o clube tem garantido R$ 8 milhões do BMG e mais R$ 2 milhões da TIM, valor que ainda não caiu na conta. Sábado, na partida contra o Duque de Caxias, às 18h30m, no Engenhão, a marca ainda não aparecerá no número da camisa.
O clube esperava arrecadar R$ 200 milhões em quatro anos com camisa, licenciamentos e publicidade. Mas as contas começam a não bater.
O clube esperava arrecadar R$ 200 milhões em quatro anos com camisa, licenciamentos e publicidade. Mas as contas começam a não bater.
Considerando os R$ 30 milhões recebidos no ano passado (soma dos contratos com Batavo e BMG) como ponto de partida, a divisão da quantia excedente seria feita da seguinte forma: 50% para Ronaldinho; 30% para o Flamengo e 20% para a Traffic. A parceira do clube na contratação do craque está no mercado em busca de um parceiro e pode faturar também 15% de comissão de agência se intermediar o negócio. Sem o acerto, até o jogador deixa de ganhar dinheiro. A empresa paga a maior fatia dos salários do camisa 10, enquanto o Rubro-Negro arca com R$ 250 mil.
Novos uniformes de viagem estão para ser confeccionados pela Olympikus, mas a fornecedora de material esportivo também aguarda a definição do patrocinador master. Além do patrocínio, o marketing do Flamengo ainda não arrecadou dinheiro com produtos licenciados utilizando a imagem de Ronaldinho Gaúcho. Existem ideias de confecção de bonecos do camisa 10, boinas, entre outros. Todos eles ainda no papel, nenhum nas prateleiras.
Novos uniformes de viagem estão para ser confeccionados pela Olympikus, mas a fornecedora de material esportivo também aguarda a definição do patrocinador master. Além do patrocínio, o marketing do Flamengo ainda não arrecadou dinheiro com produtos licenciados utilizando a imagem de Ronaldinho Gaúcho. Existem ideias de confecção de bonecos do camisa 10, boinas, entre outros. Todos eles ainda no papel, nenhum nas prateleiras.
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