A publicação lembra que o drama de Adriano começou com a morte de seu pai, em outubro de 2004. A partir daquela época, o 'sucessor de Ronaldo' entrou em depressão e aumentou suas viagens ao Brasil. Em abril de 2009, veio o auge da crise. Adriano deixou a Itália definitivamente e se refugiou na Vila Cruzeiro, favela onde foi criado na Zona Norte do Rio de Janeiro. Sem rumo, convocou uma entrevista coletiva anunciando o fim precoce de sua carreira.
A promessa de vida nova viria no Flamengo. Ao retornar para o clube de seu coração, a revista lembra que o jogador 'se sentia feliz como uma criança de sete anos'. O título brasileiro em 2009 parecia libertá-lo de todos os males. Mas 2010 foi marcado por problemas. Em certo trecho, ao falar da semana de preparação para a final da Taça Rio, o autor escreve: "o treinador rubro-negro conta uma boa piada sobre o jogo contra o Botafogo: está encantado com o trabalho feito por Adriano". No dia da decisão, "Adriano estava grande como um barril", pesando 103 quilos. O texto lembra ainda o pênalti perdido pelo atacante, mas ressalta que o jogador sempre é perdoado pela torcida e pelos companheiros.
A publicação comenta que o Imperador teria sido um dos responsáveis pelo fim dos treinos matinais rubro-negros, para que o jogador pudesse dormir até mais tarde. Relata também as brigas com Joana Machado e traça um perfil da relação do jogador com as favelas. No fim, uma ironia apocalíptica: 'Garrincha morreu em 20 de janeiro de 1983, na merda e sofrendo de alcoolismo, aos 49 anos. Adriano está com 28. A festa vai continuar um pouco mais'.
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